Encontradas em diversos períodos da humanidade, algumas das peças narram guerras, enquanto outras se assemelham à episódios do Testamento
Diversas descobertas arqueológicas são feitas todos os dias. Em sua grande maioria, elas ajudam a compreender o cotidiano de determinados povos antigos, desde sua alimentação, até suas vestimentas e rituais religiosos.
Algumas dessas descobertas, inclusive, remontam aos tempos narrados nos livros da Bíblia. Métodos de crucificação, bençãos e até outros pontos de vista sobre os episódios do Testamento podem ser identificados em algumas das peças encontradas por arqueolólogos.
1. Homem crucificado em Givat Hamivtar
Os conhecimentos sobre o método da crucificação romana não vieram apenas dos escritos bíblicos. Muito do que os estudiosos sabem sobre a prática veio dos restos de um homem crucificado encontrados em Givat Hamivtar, um bairro de Jerusalém.
A descoberta mostrou que, além de ser preso à cruz com pregos nas mãos, como a Bíblia conta, os pulsos do homem foram envoltos por mais pregos entortados, já que suas palmas não aguentariam o peso do corpo. Ainda mais, uma estrutura quadrada prendia os pés da vítima na cruz, como um cinto de madeira.
2. Epopéia de Gilgamesh
Enquanto vasculhava alguns documentos do Museu Britânico, George Smith fez uma incrível descoberta, em 1872. O arqueólogo descobriu peças de uma escavação feita no século 7 a.C. em Nínive. Entre elas, ele identificou uma placa conhecida como Epopéia de Gilgamesh. Nela, o texto inscrito narrava uma inundação.
Utnapishtim, o herói do dilúvio, conta na tabuleta que o deus Ea o alertou sobre a catástrofe iminente e lhe aconselhou a construir um barco. Durante o texto, muitas das narrativas de Utnapishtim se assemelham à história de Noé — coincidência essa que intriga diversos estudiosos bíblicos desde o século 19.
3. Pergaminhos do Mar Morto
Em 1947, uma cadeia de cavernas próximas ao Mar Morto foram os palcos da maior descoberta arqueológica do século 20. Dentro delas, mais de 800 documentos em hebraico foram encontrados — alguns gravados em couro, outros em papiro. Entre eles, 190 pergaminhos bíblicos.
Por mais que muitos dos manuscritos encontrados sejam pequenos fragmentos do Testamento, um livro completo de Isaías foi identificado. Através das análises, foi determinado que alguns pergaminhos datam do século 3 a.C., enquanto a grande maioria remonta aos séculos 1 e 2 a.C..
4. Pergaminhos de Ketef Hinnom
Em meados de 1979, Gabriel Barkay, um arqueólogo israelense estava estudando tumbas funerárias da Idade do Ferro, em Ketef Hinnom, um sítio arqueológico perto de Jerusalém. Durante as escavações, Gabriel e sua equipe encontraram dois rolos de prata junto do corpo enterrado na tumba.
As peças eram pergaminhos de metal e, durante anos, foram desenroladas e traduzidas por estudiosos. O maior dos pergaminhos, que media 7,6 cm, levou três anos para ser desenrolado completamente. Ambos os pergaminhos continham a bênção sacerdotal de Número 6. No fim, as duas peças foram publicadas apenas em 1989 e, hoje, podem ser vistas no Museu de Israel, em Jerusalém.
5. Pedra Moabita
Enquanto caminhava por um mercado em Jerusalém, um missionário encontrou uma tábua de pedra à venda, em 1868. Intrigado, ele percebeu que a peça estava dividida em diversos pedaços, cortada para que pudesse ser vendida à mais pessoas. Datada do século 9 a.C., a placa tinha inscritos em moabita.
Na pedra, estava gravada a frase “Eu sou Messa, filho de Quós, rei de Moabe”. O texto seguinte narrava uma guerra travada em Israel em 850 a.C. sob os olhos do rei de Moabe. A Bíblia também fala sobre a batalha, mas de outra perspectiva. Na placa, Messa destaca suas vitórias, enquanto o Testamento enaltece o movimento de contra-ataque bem-sucedido de Israel.
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