As "Pancadas Misteriosas" das Irmãs Fox

 Em 32 de março de 1848, perto de Rochester, Nova York (EUA), duas irmãs, Katherine e Margaret Fox, com idades de 11 e 13 anos, alegavam que ouviam sons de pancadas inexplicáveis que partiam de um cômodo na casa de fazenda onde moravam. Logo, carruagens alinhavam-se junto a casa com pessoas que vinham testemunhar as irmãs supostamente comunicando-se com o espírito de um vendedor intinerante que havia sido assassinado e que, supunha-se, teria sido sepultado no porão da casa cinco anos antes.

As habilidades de Katherine e Margaret tornaram-se bastante conhecidas e elas embarcaram numa carreira lucrativa como médiuns, realizando seções em salas privadas pelos Estados Unidos e Inglaterra.

A Sra. White estava bem informada sobre elas, pois escreveu em O Conflito dos Séculos, pág. 553 [edição em inglês]:

As misteriosas pancadas com que o espiritismo moderno teve início não foi resultado de truques ou embuste humano, mas ação direta dos anjos malignos, que assim introduziram um dos mais bem sucedidos enganos destruidores de almas.


Após 40 anos, em 1888, depois da primeira visão do Grande Conflito ter sido publicada, as irmãs Fox não mais podiam ocultar a verdade.

Elas produziam os sons de batidas, admitiram, primeiro utilizando uma maçã presa a um barbante que lançavam contra a parede de uma sala escura manipulando o barbante, e mais tarde por simplesmente fazer estalar as juntas dos artelhos. Daí partiram em "giros de exibição" e, por incrível que pareça, atraíam audiências que vinham ver o desempenho delas. People Magazine, 25 de outubro de 1999, pág. 125.

As irmãs admitiram o que muitos céticos já criam-que as batidas eram meramente um ardil bem elaborado incutido sobre pessoas crédulas. Uma das pessoas enganadas foi Ellen G. White. A Sra. White lançou a culpa de sua crença nas "pancadas misteriosas" como sendo o poder sobrenatural de Satanás ao própio Deus. Ela alegou que viu em visão dada por Deus que as batidas eram produzidas pelo poder do Maligno:

24 de agosto de 1850. Vi que as "pancadas misteriosas" eram o poder de Satanás; algumas derivavam diretamente dele, outras indiretamente, através de seus agentes, mas tudo procedia de Satanás. - Primeiros Escritos, pág. 59.
Ela chegou ao ponto de fazer uma profecia a respeito das batidas:
Vi que em breve seria considerado blasfêmia falar contra as batidas, e que se difundiriam mais e mais, que o poder de Satanás aumentaria e alguns de seus dedicados seguidores teriam o poder de operar milagres e mesmo de trazer fogo do céu à vista dos homens. Primeiros Escritos, pág 59.
Essa profecia foi um assinalado fracasso. Não vimos qualquer evidência de jamais ter sido considerado blasfêmia falar contra as pancadas, e conquanto o movimento crescesse em popularidade por um curto período, finalmente se esvaiu. O movimento já estava em declínio antes da admissão pelas irmãs Fox em 1888, e após a morte delas nos anos da década de 1890 prosseguiu em declínio. O movimento espiritualista como um todo se desfez nos anos da década de 20 depois que o popular mágico Harry Houdini expôs numerosos médiuns famosos como embusteiros e fraudulentos.

O que sucedeu com o espiritualismo?

A Sra. White predisse que o espiritismo seria um grande poder que uniria protestantes e católicos para perseguirem os adventistas do sétimo dia por freqüentarem a igreja no sábado. Em 1884, num livro que antecedeu O Conflito dos Séculos, ela escreveu:
O protestantismo estenderá as mãos por sobre o abismo para apanhar a mão do espiritismo; estenderá a mão para segurar as mãos do poder romano, e sob a influência dessas tríplice união, nosso país seguirá as pisadas de Roma em espezinhar os direitos de consciência. Spirit of Prophecy, vol.. 4, p. 405
O cenário descrito pela Sra. White pode ter parecido plausível nos idos de 1880. O movimento espiritualista havia atingido o seu auge por volta de 1870. Contudo, pelo início do século XX as coisas haviam mudado dramaticamente. A comunidade científica deixou de validar os fenômenos espiritualistas, e o movimento declinou e transferiu-se para os arrabaldes da sociedade, onde até hoje se acha. Tanto católicos quanto protestantes, juntamente com muitos secularistas, rejeitam os modernos paranormais, cartomantes e assim por diante. Muitas igrejas protestantes rejeitam a comunicação com os espíritos dos mortos (com base em Lev. 19:31, 20:6; Deut. 18:11,12; 1 Sam. 28; Isa. 8:19; Lucas 16:27-31).


A Confissão de Margaret Fox
Minha irmã Katie foi a primeira a descobrir que por esfregar os dedos podia produzir certo ruído com as juntas e que o mesmo efeito podia ser produzido com os artelhos. Descobrindo que podíamos criar ruídos com nossos pés-primeiro com um pé, depois com ambos-praticamos até poder fazer isso com facilidade quando a sala estava às escuras. Ninguém suspeitava de que fosse um truque nosso pois éramos crianças ainda tão novas. . . . todos os vizinhos julgavam que havia algo, e desejaram descobrir do que se tratava. Estavam convencidos de que alguém havia sido assassinado na casa. Perguntaram-nos a respeito, e praticávamos as pancadas, sendo uma para "sim", três para "não", como passamos fazer daí por diante. Nada sabíamos sobre espiritismo então. O assassinato, concluíram, devia ter sido cometido na casa. Finalmente, encontraram um homem chamado Bell e disseram que o pobre inocente havia cometido um assassinato na casa, e que aqueles sons procediam dos espíritos das pessoas assassinadas. O pobre Bell passou a ser evitado e visto como assassino por toda a comunidade. No que tange a espíritos, nem eu nem minha irmã pensávamos a respeito disso. . . . Tenho visto tanto engano danoso que estou disposta a prestar assistência o quanto puder e positivamente declarar que o espiritismo é uma fraude da pior descrição. Faço isso perante Deus, e minha idéia é denunciá-lo. . . . Estou convicta de que esta declaração, partindo solenemente de mim, a primeira e mais bem sucedida nesse engano, romperá a força do rápido crescimento do espiritismo e comprovará ser tudo uma fraude, hipocrisia e engano". New York World Newspaper, 21 de outubro de 1888.


NO SÉCULO 18, UM PESQUISADOR ACREDITOU TER ENCONTRADO O FÓSSIL DE UMA TESTEMUNHA DO DILÚVIO

 Após estudar teorias que relacionavam os escritos bíblicos com a arqueologia, Johann Scheuchzer revelou seu suposto achado

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https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/no-seculo-18-um-pesquisador-acreditou-ter-encontrado-o-fossil-de-uma-testemunha-do-diluvio.phtml

Pergaminho do livro de Isaías tem dois autores, indica algoritmo

 

Pesquisadores usaram inteligência artificial para analisar um dos Manuscritos do Mar Morto, coletânea histórica que contém as cópias mais antigas da Bíblia Hebraica


Graças ao uso de inteligência artificial (IA), pesquisadores descobriram que dois escribas redigiram o Pergaminho de Isaías, um dos sete Manuscritos do Mar Morto descobertos no final dos anos 1940. A coletânea histórica composta por mais de 900 textos contém, entre outras preciosidades, as cópias mais antigas da Bíblia Hebraica.

Os estudiosos da Universidade de Groningen, nos Países Baixos, registraram a descoberta na revista científica PLOS ONE. Eles analisaram o Grande Pergaminho de Isaías, proveniente da Caverna 1 de Qumran, na Cisjordânia.SAIBA MAIS


Para isso, os experts treinaram um algoritmo que separa a tinta do texto de seu fundo (o couro ou o papiro), criando assim uma “rede neural”, capaz de manter praticamente intactos os traços originais feitos pelos escribas há mais de 2 mil anos.

O processo foi vital para identificar quantos autores fizeram o manuscrito, já que os escribas não assinaram seus nomes. “Isso é importante porque os antigos traços de tinta estão diretamente relacionados ao movimento muscular de uma pessoa e são específicos dessa pessoa”, explica Lambert Schomaker, coautor do estudo, em comunicado.

Com isso, os pesquisadores viram que havia dois autores com maneiras muito semelhantes de escrever – tão semelhantes que as diferenças não eram visíveis a olho nu. Isso sugere que a dupla de escribas talvez tenha estudado em escolas ou ambientes sociais próximos. E mais: é possível que, no passado, tenha sido comum que esses escritores trabalhassem em equipes.

Curiosamente, o pergaminho estudado tinha a letra aleph, ou “a” nos idiomas semíticos, pelo menos 5 mil vezes. O algoritmo comparou todas elas, algo que não seria possível manualmente. Fora que o computador possibilitou uma análise microscópica dos caracteres, que inclui a medida da curvatura das letras e o estudo dos elementos como um todo.

Detalhes dos escrito da coleção de Pergaminhos do Mar Morto (Foto: Maruf A. Dhali, University of Groningen)Salvar

O pergaminho do livro de Isaías tinha 54 colunas de texto, divididas em dois grupos de 27, que comprovaram mais uma vez a presença de dois autores. Em testes, foram adicionados em seguida “ruídos” no fundo para mudar a observação do texto, mas os resultados não mudaram: era mesmo uma dupla de escribas.

Comparando as duas partes, perceberam assim as diferenças sutis nas escritas dos autores. “Também conseguimos demonstrar que o segundo escriba mostra mais variação em sua escrita do que o primeiro, embora sua escrita seja muito semelhante”, conta Schomaker.

Com a descoberta, os pesquisadores pretendem estudar outros pergaminhos. "Este é apenas o primeiro passo", disse Mladen Popović, líder do estudo, ao site Live Science. "(...) Isso abrirá novas possibilidades para estudar todos os escribas por trás dos Manuscritos do Mar Morto e nos colocará em uma posição nova e potencialmente melhor".

MUSEU TURCO EXIBE MEDALHÃO DE OURO DE 1500 ANOS

 


Um artefato valioso, encontrado em 2017 em escavações ilegais está sendo exposto em um dos mais importantes museus da Turquia. Nomeado, ‘Christ Pantocrator Medallion’, o medalhão de ouro é uma das atrações principais do Museu Corum.

O objeto de 1.500 anos apresenta Jesus Cristo com uma bíblia na mão, e é descrito por arqueólogos como “único”. Suas características e detalhes ricos, lhe renderam uma vitrine especial no inventário da instituição.

O arqueólogo Resul Ibis, que analisou o medalhão, comentou sobre a descoberta e sua importância em entrevista à agência Anadolu. “O artefato representa Jesus Cristo segurando a Bíblia em sua mão esquerda e levantando sua mão direita em bênção”.

O pesquisador ainda acrescentou que “esta representação, que costumamos ver em igrejas, ícones e mosaicos, está pela primeira vez em uma moeda de ouro, gravada em pedra najaf em uma filigrana de ouro”.

Para o arqueólogo, o artefato era uma forma de adorar as figuras sagradas, mantendo viva a memória de símbolos religiosos e uma estratégia poderosa na conversão de pessoas pagãs.

Sobre arqueologia


Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.


O triste terrorismo de Estado praticado por Israel

 As imagens e mensagens de meus amigos palestinos chegavam a cada minuto e devastavam meu coração.

Por que bombardear um prédio residencial em Gaza, um lugar já devastado, já destruído por Israel e considerado a maior prisão a céu aberto no mundo?

Por que Israel continua perpetuando e intensificando o Apartheid e o terrorismo de Estado contra mulheres e crianças palestinas?

Assim como eu, como Roger Walters, Umberto Eco, Saramago e muitos outros escritores e artistas ativistas pela paz não encontram respostas para os atos de Israel.

Derrubou-se o Muro de Berlim, mas se levantaram outros muros como o que Israel levantou para dividir o povo palestino. Os ataques, a destruição e as morte em Gaza, Cisjordânia e Líbano, e as ameaças permanentes levaram Israel a transformar-se em um Estado terrorista, utilizando ataques onde as maiores vítimas são mulheres e crianças.

As perguntas feitas por meu coração e minha mente e as perguntas feitas pelo gigante Perez Esquivel, vários anos e centenas de assassinatos de palestinos depois, permanecem sem respostas.

por Lucia Helena,  é jornalista e escritora

Israel é um Estado ilegítimo, criminoso e genocida!

 70 anos da Nakba, o fatídico dia da limpeza étnica do povo palestino, quando quase 1 milhão de de palestinos foram expulsos de suas casas. E Israel “celebrou” esse dia massacrando 59 palestinos e ferindo centenas. E isso após já matar outras centenas nos últimos meses.

Tenham certeza de uma coisa: Se qualquer outro país estivesse matando centenas de pessoas há meses já teria sido invadido pelos EUA. Por muito menos países são acusados de violar direitos humanos e sofrem pesados embargos ou mesmo intervenções “humanitárias”.

Mas é Israel. O país que é o centro de uma rede lobista internacional que suborna, intimida ou converte políticos e empresários, para que permaneçam apoiando Israel, mesmo quando Israel está evidentemente em erro.

Mulheres, crianças, idosos, cristãos, muçulmanos, ninguém está a salvo dos massacres perpetrados pelo Estado de Israel desde que eles começaram o seu projeto de limpeza étnica para garantir o estabelecimento de uma Grande Israel do Nilo ao Eufrates.

Hoje, por exemplo, Israel ataca a Síria dando cobertura para grupos terroristas sob a justificativa de a Síria ter atacado alvos nas Colinas de Golã. Mas as Colinas de Golã são elas próprias territórios sírios ocupados ilegalmente por Israel.

Israel possui um projeto expansionista e genocida que não deixará pedra sobre pedra no Oriente Médio. Boa parte das armas encontradas com o ISIS, o Al-Nusra, a Al-Qaeda e outros grupos do mesmo tipo são de origem israelense. Israel fornece as armas que matam cristãos e muçulmanos na Síria e no Iraque.

Neocons ocidentais, boa parte deles ligados a correntes pseudo-religiosas neopentecostais, defendem Israel como se disso dependesse algo de sua religião. Esses neocons fornecem dinheiro, armas, tecnologia e apoio diplomático ao Estado de Israel.

Mas em uma Grande Israel só haverá lugar para pessoas de outras religiões como escravas ou cidadãs de 2ª classe. O projeto da Grande Israel deve ser esmagado. Disso depende a liberdade e a vida de milhões de inocentes no Oriente Médio.

Governo de Israel está confiscando as propriedades e templos de Igrejas Cristãs

 

Terra Santa: líderes cristãos denunciam intenção do governo de confiscar propriedades eclesiásticas

Uma carta com as assinaturas de Teófilo III (patriarca ortodoxo grego de Jerusalém), Nurhan Manougian ( patriarca apostólico armênio de Jerusalém) e do padre Francesco Patton ofm (Custódio da Terra Santa), denunciam mais uma vez a tentativa de confiscar as propriedades eclesiásticas em Israel.

Cidade do Vaticano

A intenção de uma lei israelense de tentar confiscar propriedades eclesiásticas em Israel não foi cancelada e nem arquivada: este projeto, que continua com seu processo de aprovação, configura-se como "um ataque sistemático e sem precedentes contra os cristãos da Terra Santa", capaz de violar "os direitos mais básicos" e minar "o tecido delicado das relações". "Construído há décadas entre comunidades cristãs locais com o Estado judeu.

É o que escrevem líderes cristãos, responsáveis pela gestão compartilhada do Santo Sepulcro, em uma carta enviada a Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, na qual pedem ao premier israelense para que "aja rapidamente e decisivamente para bloquear o projeto cuja promoção unilateral forçará as Igrejas a responderem da mesma maneira ".

A carta traz as assinaturas de Teófilo III - o patriarca ortodoxo grego de Jerusalém -, Nurhan Manougian - o patriarca apostólico armênio de Jerusalém - e do padre Francesco Patton ofm, Custódio da Terra Santa.

A mensagem dos três líderes cristãos parece fazer ressurgir a controvérsia com o governo israelense, que no final de fevereiro, constringiu as igrejas locais a usar como forma de protesto o "fechamento" do Santo Sepulcro, do domingo 25 à terça-feira, 27 de fevereiro.

Na época, o projeto de lei que havia provocado a reação dos líderes cristãos, visava garantir ao governo israelense a possibilidade de confiscar as propriedades eclesiásticas que no passado haviam sido alugadas por longos períodos - até 99 anos - ao Fundo Judaico Nacional, e que nos últimos tempos os mesmos eclesiásticos, para lidar com suas dívidas, teriam vendido para grandes grupos imobiliários privados.

O Parlamento israelense tem trabalhado durante algum tempo neste projeto de lei, autorizando a expropriação destas terras pelo Estado de Israel, com o objetivo de remover estas propriedades de possíveis disputas legais, para proteger os proprietários de casas e edifícios construídos neste período nessas terras.

Em fevereiro, os líderes das Igrejas locais suspenderam os protestos depois que o governo israelense prometeu iniciar negociações com as partes eclesiásticas preocupadas com a polêmica em questão. Agora, os três signatários da carta a Netanyahu relatam que souberam pela mídia que o projeto de lei por eles contestado, não foi arquivado, e está prestes a ser submetido ao Comitê Ministerial para aprovação futura.

A parlamentar israelense Rachel Azaria, responsável pelo projeto de lei, respondeu às preocupações dos líderes eclesiásticos. De acordo com Azaria, o projeto de lei visa apenas proteger os moradores que moram em casas construídas em terras pertencentes às Igrejas, subtraindo essas propriedades a possíveis especulações.

A parlamentar ressaltou ainda que o novo projeto de lei visa oferecer salvaguardas gerais para a proteção de pequenos proprietários de casas em terras potencialmente sujeitas a disputas legais, sem conter referências específicas a propriedades eclesiásticas.

(Agência Fides)

FEPAL: Nota pública sobre os crimes de Israel em Jerusalém

Frente aos trágicos acontecimentos em Jerusalém, capital da Palestina, e em todo o país, bem como dos bombardeios criminosos a Gaza, que já fazem dezenas de mortes, crianças incluídas, e centenas de feridos, esta Federação Árabe Palestina do Brasil vem a público para manifestar:

1. Rechaçamos as ações de Israel de limpeza étnica na Palestina, especialmente em Jerusalém, expulsando moradores do bairro Sheikh Jarrah, habitado por palestinos expulsos de suas casas em 1948, para assentar em seus lugares novos beneficiários deste processo continuado de despovoamento da Palestina;

2. Acusamos Israel de premeditar a violência para integral judaização de Jerusalém, como restou claro na brutal repressão aos cristãos, incluindo sacerdotes, impedindo-os de acesso à Igreja do Santo Sepulcro para a cerimônia do Fogo Sagrado, no início do mês, e o bloqueio, no início do Ramadã, do Portão de Damasco, que dá acesso à Esplanada das Mesquitas;

3. Denunciamos, assim, o metódico plano israelense de despalestinização de Jerusalém e de sua descristianização e desislamização, em curso a mais tempo, porém agora evidente, roubando a Cidade Sagrada de mais de 3 bilhões de fiéis cristãos e muçulmanos;

4. Renovamos a denúncia de que o sionismo é a mais repulsiva forma de racismo nos dias atuais e que Israel é um regime de apartheid, conforme apontam documentos da ONU, de outras organizações internacionais e de diversas ONGs de direitos humanos, dentre elas Human Rights Watch e B’Tselem, a maior israelense do gênero, crime apurado pelo Tribunal Penal Internacional, somado aos de guerra e de lesa humanidade;

5. Por fim, apelamos às autoridades, organizações da sociedade civil e ao povo brasileiro que denunciem os crimes de Israel na Palestina e apoiem a luta do povo palestino para seguir vivendo em paz em sua terra, o Estado da Palestina, com Jerusalém sua capital.

Palestina Livre a partir do Brasil, 11 de maio de 2021, 73º ano da Nakba.

FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

Ualid Al Kobari

Presidente da FEPAL


 

BOLSONARO - O CARNICEIRO DO BRASIL


 Prezado cretino, estúpido, mesquinho, canalha, genocida, miliciano, bandido, torturador, assassino, corrupto, lorpa, indigno, miserável, sórdido, pulha, odioso, patife, hediondo, alma sebosa, ignaro, mentecapto, incompetente, retorcido, pelintra, inconsequente, insano, pornográfico, bexiguento, vândalo, filho da cloroquina, inominável, coisa ruim, medonho, delinquente, sanguinário, gatuno, gosma, labrego, mefistofélico, ajudante das trevas, peçonhento, cascavel, energúmeno, lacaio, patife, vil, hediondo, pacóvio, mariconço, pústula, smeagol, jurupari, capacho, fausto, beócio, aborto, secretário do capiroto, enxacoco, insensível, psicopata, borderline, fronteiriço, ladrão, vígaro, palhaço da côrte, palonça, infame, tinhoso, bolsonaro, caramulhoso, filho da mãe, nazifascista, indigesto, empatafoda, ‘fi do capeta’, monstruoso, bunda mole, desqualificado, pífio, desestruturado, labroste, fardola, moleque, rupestre, embusteiro, déspota, cruel, estuprador de galinhas, sarcástico, viciado, nazista, demônio servil, nefasto, Hitler das bananas, impostor, estrume, verme, podre, insano, dissimulado, reles, mentecapto, escroto, aberração, pelanca seca, sádico, putéfia, desumano, fascista, trevoso, pusilânime, destruidor, trafulha, imprestável, ditador, múmia, perverso, jabiraca, mau caráter, jagunço, iníquo, putrefato, não-ser, camufango, predador, sabotador, mórbido, baixo clero, vagabundo, aberração, tribufu, tenebroso, biltre, sacripanta, endemoniado, louco, paquiderme, boçal, facínora, fascistóide, crápula, megalomaníaco, doutrinador, abjeto, carcará, pilantra, lheguelhé, rábula do pântano, mastronço, zorba, chorume, capitão enxofre, demoníaco, traficante, trombalazanas, saloio, parasita, cafajeste, sicofanta, morfético, mequetrefe, cara de cu à paisana, sacripanta, xenófobo, descarado, frouxo, trauliteiro, gárrulo, boga, ignóbil, cacóstomo, nojento, reptiliano, nonada, basculho, tirano, grosseiro, vulgar, homúnculo, misógino, machista, néscio, cramulhāo, indizível, arrenegado, pé-de-pato, falsário, víbora, tisnado, troglodita, canho, sem-gracejos, mafarro, sujo, temba, cāo, não-sei-que-diga, bostífero, ranhoso, o azarape, pseudomacho, aporofóbico, apedeuta, farsante, biltre, bosta, macarongo, nódoa, incola do aquém, nababo, salafrário, zé-ninguém, asqueroso, frio, egoísta, chulo, manipulador, imbecil, sem escrúpulos, ganancioso, calhorda, lambéconas, satânico, rato, obnóxio, inseto, parvo, beócio, metástase retardada da ditadura, monstro, lixo não reciclável, rastejante, ensebado, homofóbico, racista, tóxico, catarrento, embuste, quadrilheiro, abestado, mentiroso, ogro, sociopata, obtuso, escoburto, íngua, procusto, execrável, mandrião, capão, trouxa, indecente, sátiro, sete pele, aluado, bronco, asselvajado, aberração de um óvulo infecundo, labrego, inenarrável, lúcifer, maldito, desalmado, anticristo, besta, excrescência, pústula, velhaco, estopô parido, impiastro, anomalia, traste, repulsivo, pestilento, lazarento, filho do cão com a pomba gira, necroso, inepto, imprestável, carniça, ladino, bocório, mal afamado, indecoroso, soez, ribaldo, reles, sacana, tranca, bandalho, trapaceiro, hipócrita, marginal, fútil, anti-ser humano, desmiolado, cabeça de bagre,venenoso, desgraçado, meliante, basculho, abutre, herege, jurupari, capacho, fausto, nauseabundo, patusco, espicondrífero, platelminto, trampolineiro, histrião, maléfico, picareta, desleal, colérico, prepotente, irascível, lixo, cabrunco, verdugo, estelionatário, fétido, contraventor, leviano, coiso, elenão, ditocujo, asshole, filhote de cruz credo com deus me livre, obsceno, fuleiro, escória, escumalha, nulidade, xexelento, torpe, vigarista, charlatão, pervertido, esgoto, gillipollas, cabrón, malparido, pandemônio, infeliz, mocorongo, estrambólico, asno, carniceiro, mofento, ojerizento, incapaz, acéfalo, maldito, nepotista, arregão, saco de lixo,

Nós repudiamos BOLSONARO - O CARNICEIRO.

Reflexão do Dia - Evangelho Segundo Marcos 9:2-10

A reflexão de hoje é o texto tradicionalmente chamado de “Transfiguração do Senhor”. Utilizarei o relato do Evangelho segundo Marcos. A transfiguração é um episódio de grande relevância para a vida das comunidades cristãs de todos os tempos. Podemos dizer que é uma das páginas mais ricas de teologia dos evangelhos.
Para uma correta compreensão é necessário situar o seu contexto, trata-se do episódio que sucede à profissão de fé de Pedro na região de Cesareia, e imediatamente ao primeiro anúncio da paixão. Daí, podemos concluir que se trata de uma resposta de Jesus à incompreensão dos discípulos em relação ao seu caminho de doação da vida.

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou a um alto monte, onde ficaram a sós. Ali ele foi transfigurado diante deles. Marcos 9:2
O indicativo “seis dias depois” faz referência ao último acontecimento narrado, isto é o primeiro anúncio da paixão seguido da contestação de Pedro. “Seis dias depois” de ter anunciado a sua morte, Jesus mostra aos discípulos a vida em plenitude; o homem e a mulher foram criados no sexto dia agora Jesus manifesta o ser humano em sua máxima dignidade e plenitude.
Jesus levou três discípulos: Pedro, Tiago e João, os mais próximos e íntimos.
No alto da montanha, Jesus “transfigurou-se diante deles” , ou seja, Jesus passou por uma metamorfose, diante da incredulidade em aceitar a morte, Jesus antecipa para eles o resultado da paixão: a manifestação gloriosa do Filho do Homem.


Suas roupas se tornaram brancas, de um branco resplandecente, como nenhum lavandeiro no mundo seria capaz de branqueá-las. Marcos 9:3
Não apenas o rosto brilhou, mas todo o seu ser, inclusive suas roupas A luz é sinal do que é novo, à medida em que o Reino ai sendo implantado, tudo se renova.

E apareceram diante deles Elias e Moisés, os quais conversavam com Jesus. Marcos 9:4
Esses personagens representam a Lei e os profetas, respectivamente. Os discípulos contemplam, mas somente Jesus conversa com Moisés e Elias. Esse detalhe é importante pois indica que a partir de Cristo a Lei e os profetas encerram-se, chegam ao fim. Jesus é o único critério de interpretação da Escritura: o Antigo Testamento só tem sentido se passar por Ele. Por isso, Moisés e Elias nada tem a nos dizer devemos escutar somente a Cristo.


Então Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias" Marcos 9:5

Pedro comete dois erro, pois novamente procura uma maneira de tirar a cruz do caminho de Jesus e mostra apego à tradição mosaica ao afirmar que faria três tendas "uma para ti, uma para Moisés, e outra para Elias”.
Pedro insiste com a antiga tradição, está seguindo Jesus, mas ainda coloca a Lei no centro da vida.

A seguir apareceu uma nuvem e os envolveu, e dela saiu uma voz, que disse: "Este é o meu Filho amado. Ouçam-no! Marcos 9:7
O imperativo “escutai-o” é dirigido principalmente a Pedro, ainda propenso a escutar mais a Moisés e a Lei que a Jesus. Moisés e Elias, ou seja, a Lei e os profetas, já disseram o que tinham a dizer. De agora em diante, só o Evangelho deve falar à comunidade cristã.


Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do homem tivesse ressuscitado dos morto.Marcos 9:9
A ressurreição não pode ser compreendida sem antes ser experimentada e celebrada. De fato, compreender o significado de “ressuscitar dos mortos” para quem tem dificuldade de conviver com a morte e a dor é um grande desafio. A ressurreição não pode ser descrita, pode apenas ser experimentada. Para isso, é necessário fazer a experiência do amor profundo e do conhecimento da Escritura.


Por que Bolsonaro odeia os professores?

 Porque são uma ameaça real ao projeto bolsonarista; falam da história, cultura e nos ajudam a questionar as injustiças

A cultura do ódio e da violência tem sido a principal marca da campanha à Presidência de Jair Bolsonaro. O culto à violência e os ataques às minorias sociais, étnicas e de gênero, têm omitido outro alvo preferencial da família Bolsonaro: os professores. Desde 2014, o clã bolsonarista apadrinhou os projetos de lei “Escola Sem Partido”, com o pretexto de combater uma pretensa doutrinação marxista e a “ideologia de gênero” nas escolas. Ao abraçar essa proposta, Bolsonaro e seus filhos elegeram os professores como os verdadeiros culpados pelo fracasso do sistema educacional brasileiro.

Analisando o programa de governo de Jair Bolsonaro, esse ataque aos professores se percebe de forma mais nítida. A maior parte das propostas apresentadas para o campo da educação são reativas e não propositivas de fato. Combater Paulo Freire, combater a “doutrinação”, combater a “ideologia de gênero”. Importante esclarecer que esse combate, na verdade, está ligado à profissão docente, à liberdade de cátedra, à autonomia universitária. A educação que Bolsonaro defende é a que impede o posicionamento crítico a qualquer professor, que restringe a liberdade de abordagem dos conteúdos de sua área do conhecimento e que não toque em temas que suscitem a reflexão, como garantia de diretos, cidadania, diversidades cultural e sexual, dentre outros.

O argumento do discurso é moral, para não dizer moralista. Segundo a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, a educação tem como finalidades “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. O plano de Bolsonaro reduz essas finalidades apenas à qualificação para o trabalho. 

As ideias do candidato do PSL estão baseadas na concepção liberal de educação que, desde os primeiros momentos da hegemonia política da burguesia na Europa, marcaram os sistemas educacionais por uma dualidade estruturante. Nessa lógica, os trabalhadores e os capitalistas devem passar por processos formativos distintos. Enquanto os pobres devem ser preparados para executar trabalhos simples, em sua maior parte manual, os filhos das elites devem ser preparados para o trabalho intelectual: controlar, organizar etc. Aí está a maior marca dos sistemas educacionais de influência liberal: a dualidade estrutural.

Essa ideia não é nova, remete ao fim do século XVIII, quando Adam Smith proclamou que “educação para os trabalhadores sim, porém em doses homeopáticas”. Tanto para os liberais clássicos, quanto para os neoliberais, a educação para os trabalhadores deve ser utilitária para o trabalho. Essencialmente, a educação básica deve se ocupar de ensinar a ler, escrever e calcular. Tudo que estiver para além do desenvolvimento desses aspectos é supérfluo, inútil, perda de tempo. 

A hegemonia neoliberal, construída a partir dos anos 1990 no Brasil, não foi capaz de estabelecer padrões mínimos de compreensão nem mesmo para essas áreas prioritárias. Sendo assim, o projeto ultraneoliberal, que desde o governo Temer se apresenta, pretende dar conta disso na marra. É esse o espírito da Reforma do Ensino Médio, aprovada por Temer sem qualquer discussão com a sociedade, e que Bolsonaro pretende aplicar, extirpando qualquer possibilidade de uma educação crítica, transformadora, emancipadora.

A necessidade de formar cada vez mais trabalhadores qualificados e dóceis emerge principalmente das transformações recentes do capitalismo, na qual o trabalho se torna cada vez mais um privilégio (o “privilégio da servidão”, nas palavras de Ricardo Antunes). O pensamento crítico é nocivo à progressiva precarização das relações de trabalho, à terceirização irrestrita, à “pejotização”, à “uberização” e todas as novas formas de superexploração do trabalho, que vêm sendo eufemizadas pela ideologia do empreendedorismo.

Aliás, a ideologia do empreendedorismo é a única com a qual Bolsonaro não se ocupa em combater. Pelo contrário, o plano de governo pretende incentivar. Justo a forma mais perversa de doutrinação feita dentro das escolas públicas na atualidade. Não raro encontrar empresas, startups, ONGs vendendo a ilusão, para os estudantes pobres das redes públicas de ensino, que o sucesso está ao alcance de suas mãos. Num país desigual como o nosso, esse tipo de doutrinação é ainda mais perversa, ao criar a ilusão de que podemos viver em um mundo em que todos serão patrões de si próprios.

Como forma de combater o pensamento crítico, ele propõe ainda expandir a educação à distância (EAD), desde o ensino fundamental, em especial em áreas rurais (porém não faz qualquer menção em como expandir os recursos tecnológicos necessários para implementar tal proposta). Recentemente, em uma transmissão pela internet, disse que o principal objetivo da proposta é reduzir custos com professores, funcionários e estrutura escolar. Bolsonaro quer tirar os estudantes da escola, afastá-los dos professores, impedi-los de terem acesso ao convívio com os demais alunos.

Essa preocupação com os custos pode até parecer algo razoável na visão de um gestor público, no entanto, o candidato não só votou favoravelmente à Emenda Constitucional, que limita os recursos destinados à saúde e educação pelos próprios 20 anos, como também afirma em seu projeto que pretende mudar a educação brasileira com os mesmos recursos aplicados atualmente. Isso significa que não haverá política de valorização salarial dos professores, nem um processo de melhoria das estruturas das escolas. Esses temas sequer são mencionados no programa de governo. 

Por fim, o programa bolsonarista não traz propostas claras para o Ensino Superior, mas reportagem publicada no portal Terra deixa claro que Bolsonaro quer instituir a cobrança de mensalidades em universidades federais, interrompendo de vez com o processo de democratização das instituições de ensino superior. Além disso, o candidato já se posicionou contrário à políticas de cotas o que deve dificultar ainda mais o acesso dos filhos da classe trabalhadora à universidade. Isso garantirá o projeto neoliberal de reservar o ensino superior à formação dos filhos das elites.

Não fosse o suficiente, a equipe de Bolsonaro pretende interferir na nomeação de reitores com o claro objetivo de limitar a autonomia universitária. O consultor para assuntos de educação da campanha bolsonarista, Stavros Xanthopoylos, declarou recentemente que pretende cortar recursos das pesquisas do campo das Ciências Humanas, afirmando não ser possível “ter mil pesquisas numa área que, teoricamente, não tem significância nenhuma para o desenvolvimento científico do país em termos de valor intelectual agregado, que vai trazer elementos econômicos e puxar cadeias produtivas, e ter praticamente zero ou pouquíssima coisa nessa área”. O discurso demonstra um evidente desconhecimento sobre a produção acadêmica brasileira, além de abrir as portas para a perseguição do pensamento crítico dentro das universidades.

Um eventual governo de Jair Bolsonaro representará um grande retrocesso à já combalida educação pública brasileira. A responsabilização e criminalização dos docentes será a face mais perversa de um processo que já oprime, explora, agride e adoece os professores. Será a efetivação de um projeto de quebra de confiança completa entre alunos e mestres. A desvalorização e precarização da profissão já imposta pelo projeto educacional neoliberal será legitimada agora por um discurso de ódio aos professores.

É importante que se saiba que nenhuma dessas propostas será implementada sem resistência. Se o projeto bolsonarista fere a nossa existência, o enfrentaremos não só nas urnas, mas num eventual governo.

O projeto de Bolsonaro quer criar uma cultura do ódio, da ignorância, na qual uma mensagem de Whatsapp ou um vídeo postado no Youtube tenha mais credibilidade que a posição de um professor. Os professores são uma ameaça real ao projeto bolsonarista, porque são eles que falam da história, da cultura, que nos ajudam a questionar as injustiças, as opressões e as explorações; que nos apresentam a ciência e o desenvolvimento tecnológico. Tudo isso é uma ameaça ao “mito”. E é por isso que Bolsonaro odeia professores.

Contribuição de Vítor Bemvindo 

Sabatismo não resiste a Neemias 9.14



Neemias 9.14 em algumas versões bíblicas

Segue a tradução de Neemias 9.14 em versões da bíblia:

Almeida Revista e Atualizada

O teu santo sábado lhes fizeste conhecer; preceitos, estatutos e lei, por intermédio de Moisés, teu servo, lhes mandaste.”

Poppaea Sabina - O primeiro transgênero da história?


Esporo, o rapaz foi obrigado a viver como Poppaea Sabina e foi usado como troféu pelos poderosos romanos

O imperador Nero foi um dos mais cruéis a existir — ele assassinou várias de suas esposas e matou a própria mãe, após ir para a cama com ela. Para completar, o soberano também castrou um dos homens com quem ele se relacionou.

Esse homem era um jovem chamado Esporo, que foi escravo desde a infância. Ele tinha uma beleza muito notável e por isso foi escolhido para ser um puer delicatus — assim eram chamados os escravos dos cidadãos romanos mais importantes.

Uma paixão inusitada

Quando Nero conheceu Esporo, imedietamente se apaixonou, foi amor à primeira vista. Mas os motivos daquela paixão não eram românticos. A questão que atraiu o imperador foi que na verdade ele lembrava sua ex-esposa.

Você pode até pensar que tamanha insistência pela beleza da mulher deve estar relacionada à uma admiração pela mesma. Mas não foi exatamente o caso. A relação entre Nero e a última esposa, Poppaea Sabina, não acabou do melhor dos modos.


Na verdade, ela foi espancada até a morte, em um ato de violência cometido pelo próprio Nero. E para piorar as coisas, a mulher ainda estava grávida quando foi agredida brutalmente. Por isso, alguns relatos dizem que Nero não guardava carinho por ela, mas sim, uma perseguição que era forma de lidar com o fato de tê-la matado.

Mas voltemos à Esporo, que era parecido com a mulher assassinada. Quando Nero se encantou pelo moço, ele foi de certa forma alforriado da sua condição de escravo, mas por outro lado, isso não significava que ele teve liberdade.

A começar pela identidade do rapaz: ele não mais foi chamado de Esporo, mas passou a responder pelo mesmo nome da antiga esposa de Nero. Não bastasse isso, ele também era chamado de imperatriz, assim como ocorreria com a mulher.

O jovem foi castrado e também teve que casar com Nero em uma cerimônia tradicional. A celebração incluiu um véu nupcial e até mesmo um dote pela mão do ex-escravo foi incluso.

Esporo era tratado como uma verdadeira imperatriz, mas não há registros que comprovam se ele realmente gostava disso e se queria ser transexual. Ele beijava Nero em público, usava itens luxuosos da aristrocracia romana e tinha vários serviçais para atendê-lo.


Mesmo assim, a vida, na maioria das vezes, não era nada fácil para Esporo. Sua função era servir o imperador tirano e qualquer desejo que ele tivesse, por mais violento que fosse, tinha que ser realizado. Os amantes do imperador, por exemplo, tinham que ser respeitados.

Curiosamente, enquanto Esporo estava casado com Nero, o soberano mantinha livremente relações sexuais e amorosas com outras pessoas. Ele tinha oficialmente outra companhia, que era Pitágora, um homem que fazia papel de marido.



Amor não correspondido

O amado de Nero não sentia o mesmo que ele, segundo um relato que diz o que ocorreu após a morte do imperador. Esporo colocou no cadáver de Nero um anel com um enfeite que representava a deusa Proserpina.

Segundo a mitologia grega, essa deusa foi forçada por Plutão, o deus do submundo, a viver com ele como sua esposa. De certa forma era isso que Esporo sentia: estaria ele aliviando toda a sua angústia por meio do simbolismo do anel?

Não é possível afirmar que sim, com certeza, mas que isso é provável, pois o rapaz sofreu muito sob as ordens do imperador. Porém, Esporo não sabia então que a morte de Nero não aliviaria seu sofrimento. Muito ainda estava por vir.

De mão em mão

Esporo foi obrigado novamente a servir outro homem, dessa vez Ninfídio Sabino, comandante da guarda imperial romana. Sabino queria sentir os prazeres que Nero teve em vida, e também raptou Esporo como sua esposa.

Tal passo, além disso, era um modo de começar a ter o seu desejo atendido de ser o próximo imperador romano. Os planos de Sabino, no entanto, fracassaram. Quem assumiu foi na verdade o primeiro marido de Sabino, Otão, que governou por três meses, de 15 de janeiro de 69, a 16 de abril do mesmo ano.
O governo de Otão acabou rápido pois ele cometeu suicídio, durante a a rebelião do exército de Vitélio (seu sucessor). O novo imperador também se relacionou com Esporo. Só que em vez de fazer do jovem sua esposa, ele optou por algo muito pior.


Vitélio tentou ridicularizar Esporo em público, para que servisse de exemplo à população. A sua ideia era fazê-lo participar de uma apresentação que encenaria a lenda do rapto de Proserpina — um ato que envolvia violência e estupro. Para evitar se expôr a esse cruel escrutínio, Esporo se matou, aos 20 anos de idade.


Fonte: Nero: A Life From Beginning to End (Roman Emperors: Julio-Claudian Dynasty , de Hourly History (2006)