Navios com milhares de anos encontrados no fundo do Mar Negro


Embarcações dos impérios romano, bizantino e otomano foram descobertos por cientistas no fundo do Mar Negro. A equipa descobriu um total de 60 destroços de navios antigos na mesma área, alguns deles muito bem conservados.

O Projeto de Arqueologia Marítima do Mar Negro conseguiu, inicialmente através de robôs subaquáticos, descobrir um verdadeiro cemitério de navios e de história. A maioria tem cerca de 1300 anos, mas os mais antigos remontam ao século IV antes de Cristo.

A equipa do Black Sea Map, composta por cientistas de várias nacionalidades sob a tutela do Centro de Arqueologia Marítima da Universidade de Southampton, no Reino Unido, mantém grande parte desta missão ainda em secretismo para não pôr em perigo a continuidade dos trabalhos e a preservação das peças.

"Até hoje, alguns dos navios descobertos só tinham sido vistos representados em murais e mosaicos", disse o líder da equipa, Ed Parker, ao jornal "Daily Mail".

Desvendado enigma sobre a construção das pirâmides do Egito


Cientistas acharam um papiro, que consideram ser o mais antigo até hoje encontrado. Aí se revela como foram transportadas 170 mil toneladas de calcário para construir as pirâmides de Gizé

Dúvidas desfeitas, talvez parcialmente, por uma equipa de arqueólogos que encontrou um antiquíssimo papiro, no qual é contado o processo de transporte dos milhares de pedregulhos de calcário usados para a construção da pirâmide do faraó Quéops, a maior do complexo funerário de Gizé, situado a cerca de 20 quilómetros da capital egípcia, o Cairo.

Durante anos, divergências geraram várias teses sobre a construção das pirâmides. Agora, uma equipa liderada por Pierre Tale, que passou quatro anos a decifrar o papiro, confirma que as pedras foram mesmo transportadas por barcos construídos para o efeito, através de canais criados no rio Nilo.

Para construir a grande pirâmide de Gizé - túmulo do faraó Quéops, pai de Quéfren e avô de Miquerinos, que dão nome às duas outras grandes pirâmides - 170 mil toneladas de calcário foram transportadas através de barcos e de canais artificiais criados para o efeito

O túmulo de Quéops foi construído há 4.000 anos, 2.550 antes de Cristo. Já se sabia que as pedras de granito tinham chegado de um local a 800 quilómetros de Gizé e que as de calcário tinham sido cortadas a 13 quilómetros de distância, em Tura. As maiores dúvidas consistiam em perceber como tinham sido transportadas.

Desde o dia em que o descobrimos, tornou-se evidente que tínhamos o mais antigo papiro encontrado em todo o mundo", salientou o arqueólogo Pierre Tale, que produziu um documentário sobre a questão para a televisão britânica, Channel 4.

No papiro, escrito por um homem de nome Merer, que se identifica como armador, tendo a cargo 40 embarcações, refere-se que milhares de operários qualificados usaram barcos para navegar em canais escavados ao longo do Nilo para transportar as pedras calcárias.

Os barcos eram mantidos juntos por cordas grossas, algumas das quais foram encontradas junto do papiro, ainda num estado aceitável.

Depois de transportarem os pedregulhos, os operários egípcios descarregavam-nos para um porto interior a poucos metros da base da pirâmide.

No total, cerca de 2,3 milhões de blocos de pedra foram assim transportados ao longo de duas décadas, para dar início ao complexo fúnebre de Gizé, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, e hoje, a maior atração turística do Egito.

Cientistas fazem descoberta reveladora da arqueologia subaquática

Projeto vem sendo desenvolvido no mar Negro há quase três anos

Realizando "um dos maiores projetos arqueológicos marítimos na história" no fundo do mar Negro, que levou quase três anos, os investigadores encontraram 60 barcos antigos bem conservados. De acordo com o anúncio dos membros do Projeto de Arqueologia Marítima do mar Negro, se trata de barcos romanos, bizantinos e otomanos, entre os quais há um que tem quase 2.500 anos.
"Acredito que realizamos um dos descobrimentos mais importantes da arqueologia subaquática mundial. O que temos é um barco antigo que se conservou quase por completo, com muitos elementos que até agora são totalmente desconhecidos para a ciência", cita o canal de TV da Bulgária as palavras de Dragomir Grbov do Centro de Arqueologia Subaquática (Sozopol, Bulgária).
"Este conjunto deve formar um dos melhores museus submarinos do mundo dos barcos e da navegação marítima", assegurou Jon Adams, professor da Universidade de Southampton (Reino Unido), que dirigiu a expedição. A conservação em quase todos os casos é excepcional devido à total falta de oxigênio em grande profundidade.
Em 2015, os arqueólogos subaquáticos do Projeto de Arqueologia Marítima do mar Negro iniciaram um projeto para estudar o fundo desse mar visando obter informações sobre a subida das águas depois da última glaciação. Desde essa altura, os investigadores realizaram três estudos de campo que concluíram em setembro deste ano. Com informações da Sputnik News.

Túmulos de escravos no Egito podem confirmar relatos bíblicos


Akhenaton, que governou o Egito aproximadamente entre 1353 e 1336 a.C., não foi uma figura muito popular. Um dos maiores problemas que enfrentou foi a tentativa de abandonar o politeísmo e centrar a adoração apenas no deus-Sol Aton.

Essa atitude não foi bem aceita pelos sacerdotes da época. Após sua morte, seu filho Tutancâmon restaurou a religião antiga e tentou apagar qualquer vestígio de seu antecessor.



Agora, uma grande expedição arqueológica na antiga capital egípcia de Amarna, liderada pela doutora Mary Shepperson encontrou centenas de túmulos em dois locais distintos.

O local que ela denominou Cemitério dos Túmulos do Sul, está repleto de restos mortais de homens e mulheres de todas as idades. Eles pertenciam a uma espécie de elite, formada pelos egípcios.

Já os túmulos do Norte trouxeram uma surpresa. “Quando começamos a tirar os primeiros esqueletos do chão, ficou claro imediatamente que os enterros eram muito mais simples que os das Tumbas do Sul. Não havia nada enterrado junto com eles nas sepulturas, basicamente só uma espécie de tapete para envolver os corpos”, explica Shepperson.

“À medida que a escavação progrediu, percebemos que quase todos os esqueletos que exumámos eram crianças, adolescentes e jovens adultos, mas não havia bebês ou idosos… Isso certamente era incomum e até assustador”, continuou.

A doutora, que lidera uma equipe de pesquisadores da Universidade Universidade do Sul de Illinois, acredita que esse era o local onde eram enterrados os escravos. Uma das possibilidades é que sejam de hebreus que ali viviam na época, segundo o Livro de Êxodo.

Dentre os 105 esqueletos retirados do Cemitério dos Túmulos do Norte, os estudiosos comprovaram que 90% pertencem a pessoas que morreram na faixa etária entre 7 e 25 anos, a maioria deles tinha 15 anos.Um enterro múltiplo do Cemitério dos Túmulos do Norte.

Em entrevista ao The Guardian, Gretchen Dabbs, a líder das pesquisas, explica que as pessoas nessa faixa etária geralmente são saudáveis e não deveriam ter morrido em larga escala.

Um estudo mais aprofundado demonstrou que os corpos possuem lesões corporais e cerca de 10% desenvolveram artrose, caracterizada pela degeneração das cartilagens e ossos. Em 16% dos corpos de crianças menores de 15 anos há fraturas na coluna vertebral. Para Dabbs isso confirma que sua morte foi causada pela excessiva carga de trabalho.

Outro aspecto destacado pelos pesquisadores foi que 43% dos túmulos tinham mais de um indivíduo. Essa seria mais um forte indício que se tratavam de escravos, que não eram enterrados por suas famílias.

Além disso, os cemitérios dos Túmulos do Norte ficam próximo da área onde residiam antigas pedreiras. Há fortes indícios que Akhenaton teria, portanto, usado crianças e adolescentes escravizados para construir sua maior obra, a nova capital Akhetaton, que hoje é mais conhecida pela versão árabe do seu nome: Amarna.

Se for confirmado que os túmulos são de hebreus, estaria sendo “solucionado” um dos grandes mistérios da arqueologia bíblica.
Conclusão questionada

“Temo que não possa aceitar a narrativa do Antigo Testamento como um registro histórico e, portanto, que existe conexão alguma entre Amarna e ‘escravos hebraicos’, rebateu o arqueólogo e o egiptólogo Barry Kemp, em entrevista ao Times de Israel.

Shepperson disse que é necessário esperar pelos resultados dos testes de DNA, para revelar quem realmente eram esses escravos.

“O Cemitério dos Túmulos do Norte pode representar uma população capturada ou deportada trazida a Amarna para trabalhar”, lembra ela. “Esperamos que a futura análise de DNA possa esclarecer as origens geográficas dos esqueletos do Cemitério dos Túmulos do Norte”.

Descoberta confirma relato bíblico sobre o Rei Senaqueribe e o Profeta Jonas


Uma nova descoberta da arqueologia bíblica tem reforçado a precisão histórica das Escrituras Sagradas. Apesar das destruições provocadas pelos ataques do Estado Islâmico em sítios históricos, no Iraque, prejudicando o esforço memorável de arqueólogos de todo mundo para preservar relíquias milenares, alguns acontecimentos, como se fossem obra do acaso, terminaram contribuindo para descobertas, por exemplo, sobre o Rei Senaqueribe e o Profeta Jonas, ambos mencionados na Bíblia.

Foi o que aconteceu após terroristas do Estado Islâmico cavarem túneis subterrâneos debaixo de um santuário considerado tanto por cristãos quanto por muçulmanos, o local que acreditam ser o túmulo do Profeta Jonas. Trata-se do santuário de Nabi Yunus, situado no topo de uma colina no leste de Mossul, um dos dois montes que fazem parte da antiga cidade assíria de Nínive.


Uma nova descoberta da arqueologia bíblica tem reforçado a precisão histórica das Escrituras Sagradas. Apesar das destruições provocadas pelos ataques do Estado Islâmico em sítios históricos, no Iraque, prejudicando o esforço memorável de arqueólogos de todo mundo para preservar relíquias milenares, alguns acontecimentos, como se fossem obra do acaso, terminaram contribuindo para descobertas, por exemplo, sobre o Rei Senaqueribe e o Profeta Jonas, ambos mencionados na Bíblia.

Foi o que aconteceu após terroristas do Estado Islâmico cavarem túneis subterrâneos debaixo de um santuário considerado tanto por cristãos quanto por muçulmanos, o local que acreditam ser o túmulo do Profeta Jonas. Trata-se do santuário de Nabi Yunus, situado no topo de uma colina no leste de Mossul, um dos dois montes que fazem parte da antiga cidade assíria de Nínive.

Segundo informações da agência Telegraph, Após a retomada do controle da região pelas forças iraquianas, no mês passado, arqueólogos locais e ingleses descobriram túneis escavados pelo Estado Islâmico, com o objetivo de encontrar e roubar relíquias da arqueologia bíblica para vender no mercado negro, e assim obter recursos de financiamento para o terrorismo.

O que os terroristas islâmicos não imaginavam, porém, era que com essas escavações os arqueólogos descobrissem um novo sítio histórico, intocável, datado de aproximadamente 600 anos antes de Cristo. Se trata do palácio do rei assírio Senaqueribe e seu filho, o rei Assaradão, que segundo a Bíblia tentaram conquistar Jerusalém no reinado de Ezequiel, conforme 2 Reis 18 e 19.

Para Eleanor Robson, do Instituto Britânico para o Estudo do Iraque, os achados “não correspondem às descrições do que esperávamos haver lá embaixo”, considerando ter sido uma grande descoberta para a arqueologia bíblica a obtenção de novas relíquias históricas, como registros em escrita cuneiforme.

“Há uma enorme quantidade de história lá em baixo, não apenas pedras ornamentais. É uma oportunidade para finalmente mapear o tesouro do primeiro grande império do mundo, desde o período de seu maior sucesso.”, disse ele.

Um fato que o sr. Salih, ex-curador do museu de Mossul e responsável por uma equipe que documenta as descobertas em caráter de emergência lamenta, é o roubo de relíquias pelo Estado Islâmico, com o objetivo de vender e financiar atos terroristas. Apesar disso, ele garante que as evidências que permaneceram no local são de grande importância:

“Eu só posso imaginar o quanto EI descobriu lá antes de chegarmos aqui. Nós acreditamos que eles levaram muitos dos artefatos, como cerâmica e peças menores, para vender. Mas o que eles deixaram será estudado e vai acrescentar muito ao nosso conhecimento do período.”, disse ele ainda na mesma publicação.

Estátua com 4.300 anos de faraó egípcio comprova passagem bíblica

O faraó Amenhotep III herdou aos 12 anos um império que se estendia do rio Eufrates até ao Sudão
A escultura de pedra foi encontrada em Israel. Os arqueólogos asseguram que corresponde a um feito histórico descrito no livro bíblico de Josué.
Arqueólogos determinaram que uma estátua de 4300 anos de um faraó egípcio comprova a autenticidade de uma passagem bíblica. A escultura encontrada em Jasor, a norte de Israel e reconstruída em 1995, é prova da revolta dos judeus contra Jabín, rei de Canaã – zona que corresponde à atual Faixa de Gaza.
Dimitri Laboury, da fundação Nacional de Investigação Científica da Bélgica, assinala o sítio arqueológico como o lugar de onde se levaram a cabo os feitos descritos na passagem Josué 11:10-11, onde é descrita a destruição da cidade de Jasor, pelas mãos das tropas israelitas lideradas pelo rei Josué.
Estátua de cabeça de faraó encontrada comprova passagem bíblica
O especialista em história e arqueologia do Antigo Egito, indica que a estátua foi destruída há cerca de 3300 anos, aproximadamente a mesma altura em que teriam ocorrido tais passagens bíblicas.
“As rachas indicam que o nariz se partiu e a cabeça se separou do resto da escultura antes de ser destruída”, indicou Laboury, coautor do recente estudo arqueológico sobre a cabeça encontrada de um faraó egípcio por identificar.
“Curiosamente, nenhuma outra parte da estátua original foi encontrada em nenhum sítio”, conta ao Live Science.
Os restos foram encontrados no mesmo complexo arqueológico onde foram achadas outras estátuas egípcias, incluindo uma encontrada em 2013 que tinha as garras de uma esfinge.

Arqueologia pode provar passagem bíblica sobre a vinha de Nabote

Norma Franklin confirmou a importância do vinho do Vale de Jezreel

A arqueóloga Norma Franklin, uma das líderes da Expedição Jezreel (Jizreel), afirmou que o Vale de Jezreel, que é contado na Bíblia como uma região notória de produção dos vinhos, realmente se destacava.

O vale era alvo de uma armação da rainha Jezabel e é citado em I Reis capítulo 21, que aborda a história da vinha de Nabote. O caso foi divulgado pelo portal Breaking News Israel.

De acordo com o portal, a pesquisadora analisou dados do local e também utilizou tecnologia que a auxiliou a encontrar vestígios de prensas de vinhos e azeitonas, além de mais de 100 poços em forma de garrafa.

Norma não compartilha da fé cristã, embora afirme que os textos bíblicos são úteis em sua pesquisa. No entanto, a arqueóloga também alerta que seus trabalhos possuem limitações.

“Como arqueóloga, não posso dizer que definitivamente havia um homem específico chamado Nabote que tivesse uma vinha particular. A história é muito antiga, mas do que eu encontrei, posso dizer que a história descrita na Bíblia provavelmente tenha ocorrido aqui no Vale de Jezreel”, disse.

A cidade dos apóstolos e dos milagres

Pesquisadores encontram evidências do povoado em que, segundo a Bíblia, Jesus Cristo realizou a multiplicação dos pães e devolveu a visão a um cego
REVELAÇÃO O sítio que melhor corresponde à bíblica Betsaida

Um vilarejo às margens do mar da Galileia, de acordo com a Bíblia, possui significância especial na vida de Jesus. Seu nome é Betsaida, que seria o local de origem de três dos apóstolos de Cristo — André, Felipe e Pedro — além do lugar onde ele realizou uma série de milagres, como a multiplicação dos pães e peixes e a cura do homem cego. Agora, em agosto, uma equipe de pesquisadores israelenses revelou a descoberta da vila, fato que sempre esteve envolto em controvérsias acadêmicas. “Estou praticamente certo de que achamos Betsaida”, disse à ISTOÉ o arqueólogo responsável pelas buscas, Mordechai Aviam, professor de arqueologia na Faculdade Kinneret, em Israel. “Mesmo que, na minha área de estudo, não se possa normalmente falar em certezas absolutas.”

VESTÍGIOS Moeda coma face de Nero, do ano 66 d.C.: assentamento romano
Foram justamente essas as evidências encontradas por Aviam. Entre os achados estão duas moedas (uma delas retratando a face de Nero, datada do ano de 66 d.C.), uma parede coberta com cerâmicas do período e uma estrutura do que foi um mosaico, além de restos de uma casa de banho (edifício fundamental numa cidade romana). Além disso, objetos de épocas posteriores encontrados comprovam que o lugar era palco de adoração já nos primórdios do cristianismo (os templos de então eram feitos em locais de importância bíblica). Os mais relevantes mostram a existência de ruínas bizantinas que os arqueólogos acreditam ser de um monastério construído ao redor de uma igreja. Também há restos daquilo que teria sido um antigo engenho de açúcar do período das Cruzadas.A chave para encontrar Betsaida foi localizar o que ela se tornaria depois: uma cidade romana rebatizada de Julias, em homenagem à filha do imperador Augusto. Os pesquisadores sabem disso graças a textos antigos do historiador Josefo que falam sobre sua fundação. O vilarejo onde Jesus atuou era muito pequeno, e provavelmente deixou pouquíssimo ou nenhum indício arqueológico para os dias atuais. Já um assentamento ligado a Roma seria mais desenvolvido, com estruturas duradouras.
Antes da nova descoberta, especulava-se que o sítio de e-Tell, onde também foram encontrados artefatos romanos, pudesse ser a velha morada dos apóstolos. Mas a posição não batia porque ele não ficava à beira-mar, o que não faz sentido para uma vila de pescadores. Foi só com o novo achado, no sítio de el-Araj, que as peças começaram a se encaixar. “A chance de ser Betsaida é muito maior do que a do sítio anterior”, afirma o arqueólogo Rodrigo Silva, professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo.

Os próximos passos da pesquisa visam precisamente cristalizar a noção de que a morada dos apóstolos ficava em el-Araj. A possibilidade de serem encontradas evidências diretamente ligadas a Jesus ou aos seus seguidores é baixa, mas não inexistente. Se conseguir fundos para financiar as buscas, as escavações devem se entender por mais quatro ou cinco anos.

Resíduos de vinho de 6 mil anos foram encontrados em caverna na Itália


"É o mais antigo resíduo de vinho de toda pré-história italiana", afirmam os cientistas

Pesquisadores encontraram numa caverna da Sicília, na Itália, resquícios do que pode ser o vinho mais velho do mundo. O líquido estava em um vaso de barro, e especialistas acreditam que a bebida foi produzida e consumida há mais de seis mil anos.

De acordo com os cientistas, a descoberta, publicada no Microchemical Journal, é uma das mais importantes da região. "É o mais antigo resíduo de vinho de toda pré-história italiana", comunicaram. 


"Ao contrário de descobertas anteriores que eram limitadas às vinhas, que mostraram a presença de uvas antigamente, nosso trabalho identificou restos de vinho", disse Davide Tanasi, líder da pesquisa. "Obviamente isso não envolve apenas a prática da viticultura, mas da produção de vinho — numa época muito antiga." 
VASOS DE BARRO ONDE FORAM ENCONTRADAS OS RESTOS DO VINHO (FOTO: DAVIDE TANASI)

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Enrico Greco, químico da Universidade de Catania, e integrante da pesquisa, afirmou que o recipiente de barro foi submetido à uma análise química. 

"Identificamos a presença de ácido tartárico e sal", falou Greco. "A presença dessas moléculas nos permite confirmar o uso do recipiente como um reservatório de vinho." 


Arqueólogos descobrem tumba com barco que pertencia a faraó egípcio

 (Foto: Joseg Wegner)
T
odo universitário já ouviu da mãe que não tem onde cair morto. Pois o faraóSenwosret III, um notável líder egípcio de um período conhecido como Médio Império, não só tinha onde cair morto como também abriu tumbas para enterrar seus pertences. Entre eles, um barco. É, um barco.

Uma câmara funerária de 3800 anos localizada às margens do rio Nilo tem 21 metros de comprimento, 4 de largura, 120 ilustrações náuticas em suas paredes e no centro, em vez de uma múmia, os restos de tábuas que formavam o casco de um barco. A equipe do arqueólogo Josef Wegner, da Universidade da Pensilvânia, publicou a descoberta no periódico The International Journal of Nautical Archaeology — sim, há uma revista científica dedicada só a barcos antigos, o quão legal é isso?
Egiptólogos sabiam da existência de uma câmara sob a cidade antiga de Abydos desde 1901, quando viram uma espécie de laje surgir em meio à areia. Uma tentativa de escavação no começo do século acabou derrubando o teto da tumba náutica, e desde então pesquisadores tinham medo recomeçar os trabalhos e acabar piorando ainda mais a situação. 
 (Foto: Josef Wegner)No teto da tumba, os pesquisadores encontraram vasos que eram usados para armazenar líquidos diversos."Os recipientes são jarros que costumam ser chamados de 'botijas de cerveja', embora eles provavelmente fossem usados para armazenar e transportar uma variedade de substâncias", afirmaram os pesquisadores ao Science AlertEles também garantem que, embora a notícia pareça surpreendente, enterrar pertences pessoais como barcos próximos a seus donos poderoros não era uma prática incomum na época. Embora em princípio não haja nenhuma referência explícita à posse do barco que navegaria na vida após a morte, vários indícios apontam para Senwosret III. A entrada da câmara em que ele foi sepultado está a apenas 65 metros dos restos da embarcação, e as duas estruturas são feitas de tijolos similares, além de datarem do mesmo período. Fica difícil negar esse uso exótico de dinheiro público, principalmente considerando que ele foi um dos mais influentes governantes de sua era.

Cidade construída há 7 mil anos é descoberta no Egito

Local pode revelar novas informações sobre como vivia a elite do país durante as primeiras dinastias


Uma cidade construída há milhares anos foi encontrada no Egito. A descoberta foi realizada por uma missão arqueológica do Ministério de Antiguidades do país, cujo turismo tem diminuído de forma considerável desde a queda do ditador Hosni Mubarak em 2011.

O local fica perto do templo de Seti I, um memorial do período do Novo Reinado que fica na cidade antiga de Abidos — especialistas acreditam que ela tenha sido a capital do Egito do final do Período Pré-dinástico ao início das dinastias. Segundo as autoridades egípcias, as construções foram desenvolvidas há cerca de sete mil anos, na época da Primeira Dinastia.

Na cidade antiga, os arqueólogos encontraram cabanas, ferramentas, cerâmicas e cerca de 15 grandes túmulos. Estes são importantes porque podem provar que a cidade era o lar dos oficiais egípcios mais importantes da época.

"Os túmulos encontrados no cemitério são maiores do que alguns túmulos reais construídos em Abidos durante a Primeira Dinastia, o que reforça a importância e o alto status social das pessoas enterradas ali durante o começo da história do Egito antigo", afirmou o Ministério de Antiguidades. 

Em entrevista à BBC, o professor Chris Eyre, da Universidade de Liverpool, reforçou a importância da cidade descoberta. "A alguns quilômetros de onde esses materiais foram encontrados, temos um cemitério que possui tumbas reais de diferentes períodos, de antes das dinastias até os primeiros reis a serem identificados", explica. 

(Com informações do The Guardian.)

Estátua de faraó de 4300 anos está intrigando arqueólogos

Uma das questões que os especialistas tentam resolver é: como ela foi parar em Israel?

Uma estátua de 4300 anos de um faraó foi encontrada destruída na cidade de Hazor, atual Israel. Possivelmente, ela foi quebrada 3300 anos atrás por conta de uma invasão do Rei Joshua no local, mas a presença do artefato ali ainda intriga os arqueólogos.


O artefato foi encontrado em 1995 e a polêmica sobre sua origem ressurgiu no livro Hazor VII: The 1990-2012 Excavations, the Bronze Age (Hazor VII: As escavações de 1990-2012, a Era do Bronze, em tradução livre). Os principais questionamentos dos especialistas são: qual faraó a estátua representa? Como ela foi parar em Hazor? E por que ela sobreviveu um milênio até ser destruída?
"A história da estátua é certamente bastante complexa, e o reino de Hazor devia estar ansioso para usar e exibir um objeto de prestígio conectado à realeza egípcia", escreveram os egiptólogos Dimitri Laboury e Simon Connor, no livro. 

A pessoa representada usa uma peruca curta e curvada, coberta por um uraeus, a cobra solar que aparece acima da testa de um faraó na iconografia do antigo Egito, identificando sem dúvidas seu caráter de faraó.

"A renderização desses traços faciais na peça de Hazor são características da 5ª dinastia (cerca de 2465-2323 aC), embora não seja possível determinar com certeza o rei que representa", afirma Laboury.

O artefato encontrado apresenta apenas a cabeça do faraó, mas os especialistas acreditam que a estátua também tinha um corpo.

(Com informações de Live Science.)