Historiadora decifra a carta cristã mais antiga do mundo, fora da Bíblia Sagrada


Um achado arqueológico que está em posse da Suíça desde os anos 1900 só foi decifrado este ano, em 2019, após vários estudos que tiveram como finalidade identificar o seu conteúdo, mas preservando ao mesmo tempo o seu estado de conservação e datar a idade do mesmo, conhecido agora como uma carta cristã.

Se trata de uma carta escrita por volta do ano 230 depois de Cristo, o que significa ser o documento cristão mais antigo do mundo, ficando atrás apenas da Bíblia Sagrada. Contudo, a carta não pertente às Escrituras Sagradas.

Segundo a cientista responsável pela interpretação do documento, Dra. Sabine Huebner, historiadora e professora da Universidade de Basiléia, na Suíça, a carta foi escrita por um cristão do Império Romano, chamado Arrianus, e enviada o seu irmão, Paulus.

“Saudações, meu senhor, meu incomparável irmão Paulus”, diz a carta. “Eu, Arrianus, saúdo você, orando, para que tudo seja o melhor possível em sua vida”.

Chamaram atenção da historiadora os termos utilizados na carta, típicos do linguajar cristão na época, especialmente um trecho em que Arrianus diz a Paulus que ora “…para que você se saia bem no Senhor”.

“O uso dessa abreviação [“no Senhor”] – conhecida como nomen sacrum neste contexto – não deixa dúvidas sobre as crenças cristãs do autor da carta. É uma fórmula exclusivamente cristã que conhecemos nos manuscritos do Novo Testamento”, disse Huebner.

A carta foi descoberta na aldeia de Theadelphia, no centro do Egito, e fez parte do arquivo Heronino, o maior arquivo de papiros da época romana, segundo informações da agência francesa EFE.

O nome “Paulus” também é outro dado importante, segundo Huebner. “Paulo é um nome muito raro nesse momento, e podemos deduzir que os pais mencionados na carta já eram cristãos e que tinham dado ao seu filho o nome do apóstolo 200 depois de Cristo”, disse ela.

No documento também foi possível identificar que Arrianus pediu ao irmão “molho de peixe”. Por fim, os pesquisadores acreditam que ambos eram funcionários públicos e proprietários de terras, fazendo parte da elite local.

Arqueólogos encontram peças relacionadas a conquista de Jerusalém pela Babilônia



Arqueólogos da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos anunciaram a descoberta de evidências da conquista de Jerusalém pelo Império da Babilónia, no ano de 586 a.C., avançou o órgão de comunicação especializada phys.org.

Entre os itens encontrados nas escavações do Monte Sião estão pontas de flechas, cestos, lâmpadas e joalharia de ouro e prata. O projeto arqueológico é co-dirigido por Shimon Gibson, professor de história desta mesma faculdade, Rafi Lewis, da Ashkelon Academic College, e James Tabor, professor de estudos religiosos.

Gibson falou ao portal sobre o que encontrou: “Para os arqueólogos, os restos de madeira e as cinzas podem significar milhões de coisas diferentes. Poderiam ser de fornos ou até de lixo queimado. No entanto, neste caso, a combinação dos objetos encontrados indicam que aqui houve algum tipo de devastação e destruição: “Toda a gente sabe que ninguém abandona joias de ouro e ninguém tem pontas de flecha no lixo doméstico”.

A Insanidade neopentecostal avança

Após o grande terremoto de 2010 o líder evangélico estadunidense Pat Robson delcarou que esse sismo e todas as calamidades enfrentadas pelo Haiti seriam um castigo divino em resposta ao "pacto com o demônio" que os haitianos haviam assinado para lograr sua independência (os escravos haitianos fizeram sua própria rebelião e independência no início do século XIX).

Não sendo necessária nenhuma crítica contra a declaração desse lunático, pois todo cidadão sano percebe a insensatez dessas palavras, resta alertar:

O mentecapto Pat Robson é um dos ídolos religiosos de Bolsonaro, o atual presidente se encontrou com o tal pastor esse ano nos Estados Unidos.

A insanidade neopentecostal avança a passos largos no Brasil.

9 poderosos símbolos cristãos eternizados nas catacumbas

clique aqui ara abir as fotos

As catacumbas romanas são galerias subterrâneas que formam verdadeiros labirintos de vários quilômetros. Dentro delas, os primeiros cristãos, perseguidos pelo Império Romano, enterravam os seus mártires e, excepcionalmente, realizavam alguns ritos litúrgicosna clandestinidade.
A origem da palavra “catacumba” é incerta, mas uma das possibilidades mais apontadas é que o termo venha do grego κατά (abaixo) e τύμβoς (túmulo). Outros estudiosos a consideram uma palavra híbrida formada pelo grego κατά e pela raiz latina –cumbo, que significa “jazer”, “estar deitado”.
São famosas, particularmente, as catacumbas de São Calixto, Santa Domitila, São Sebastião e Santa Priscila. Na de São Sebastião, por exemplo, há fragmentos de pratos usados por ninguém menos que São Pedro e São Paulo, entre outras relíquias preciosíssimas.
Com o Edito de Milão, no ano de 313, terminou oficialmente a perseguição contra os cristãos, que puderam começar a construir igrejas e adquirir terrenos para novos cemitérios. As catacumbas, porém, continuaram sendo usadas até o século V. Pouco a pouco, foram perdendo relevância e caindo quase no esquecimento até serem redescobertas por operários em 1578.
Os desenhos e símbolos gravados nas suas paredes chegam a ser verdadeiras obras de arte, repletas de significado cristão.
Para conhecer alguns dos mais importantes, clique no botão “Abrir a galeria de fotos“:

Qual era o sabor da cerveja consumida pelos personagens bíblicos?

Pesquisadores conseguiram chegar perto das características originais da bebida popular entre os personagens da Sagrada Escritura

Depois de reunirem amostras de leveduras extraídas de potes de barro das escavações arqueológicas israelitas, um grupo de biólogos, arqueólogos e cervejeiros elaboraram a fórmula da cerveja que pode ter sido consumida pelos personagens bíblicos. As leveduras estavam inativas milhares de anos. 
Durante o complicado experimento, os cientistas conseguiram isolar seis tipos diferentes de levedura. As amostras foram colhidas em locais provavelmente habitados por filisteus, cananeus, egípcios e judeus no mundo antigo. 
A equipe utilizou métodos de identificação e imagem de alta tecnologia, incluindo o registro da sequência de DNA de cada amostra. De acordo com o artigo publicado no mBio Journal, cada cerveja tem uma fragrância única. 
“Estamos falando de um verdadeiro avanço. É a primeira vez que conseguimos produzir álcool antigo a partir de levedura antiga. Isso nunca foi feito antes”, disse o Dr Yitzhak Paz, arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel. 
O Dr. Ronem Hazan, microbiologista que iniciou o estudo, considera que colaborar com os arqueológicos foi a realização de um sonho: “Foi divertido para nos trabalhar em um ambiente tão multidisciplinar formado por biólogos, arqueólogos e loucos fabricantes de cerveja – sem contar também toda a cerveja [que experimentamos] e a diversão junto com a pesquisa”.  
No mundo antigo, o consumo de cerveja era generalizado e indiscriminado. Ricos e pobres de todas as idades tomavam a bebida. 
Em relação à autenticidade dos antigos sabores da cerveja, Hazan admitiu: “É muito complicado afirmar. Além do fato de termos utilizado ingredientes modernos, leva-se em conta que conseguimos isolar poucas leveduras das muitas que existiam na matriz original. Portanto, não sabemos qual era exatamente o sabor”. 
Hazan acredita, entretanto, que os pesquisadores vão conseguir um sabor mais preciso ao agregar um screening genético ao método de isolamento, o que poderia dar mais pistas sobre os outros ingredientes que havia nas cervejas.  
Mas Paz conclui: “O certo é que o ingrediente mais importante (a levedura) é antiga e, como o produto ficou muito próximo das cervejas conhecidas hoje na Etiópia e em outros lugares, acreditamos que o sabor que obtivemos é muito similar – se não idêntico – ao da antiguidade.”
Hazan mencionou também que a equipe está estudando a ideia de engarrafar a “nova” cerveja para o consumo mundial. Se eles encontrarem os sócios adequados, logo todos nós poderemos ter a oportunidade de experimentar os sabores bíblicos.

Fonte: Aleteia.pt/arqueologia