Mistério selêucida é desvendado após descoberta de antiga fortaleza em Israel

A fortaleza de 2.200 anos, construída como a primeira linha de defesa do Reino de Trifão e com pelo menos dois andares, foi descoberta na costa norte de Israel.
A praia de Nahsholim, localizada ao norte de Israel, testemunhou diversos eventos dramáticos no decorrer da história. Uma expedição arqueológica subaquática descobriu uma grande fortaleza, que teria sido construída por um rei selêucida e desapareceu sob as ondas durante o Período Helenístico.
Na época, três governantes disputavam o controle da terra, sendo os reis selêucidas Diódoto Trifão e Demetrius, e Jonathan Apphus, líder da dinastia hasmoneana da Judéia e Jerusalém, que lutavam entre si para conquistar os territórios.
Prestes a entrarem em conflito, Trifão e Jonathan chegaram a acordo, entretanto, Jonathan foi traído por Trifão, que massacrou seu exército, segundo o jornal Haaretz.
Desde então, Trifão utilizou o rei como barganha, mas acabou o executando. Além disso, Trifão conquistou sua vitória ao raptar e assassinar Demetrius. Com isso, Trifão ficou muito perto de tomar os Sete Reinos, mas foi frustrado pela viúva de Demetrius, que se casou com Antíoco VII, soberano selêucida, que assumiu o reino de Demetrius.
Até agora, os pesquisadores acreditavam que a muralha que cercava Tel Dor e a parte norte da baía era a linha de defesa de Trifão, pois armamentos foram encontrados no local, onde algumas das pedras estão marcadas por um relâmpago, o símbolo de Zeus, e outras possuem a inscrição "vitória sobre Trifão".
Entretanto, três meses atrás, pesquisadores descobriram sob a água, no lado sul do porto, uma fortificação, que está no mar, sendo ela provavelmente a primeira linha de defesa de Trifão, já a muralha ao norte seria a segunda linha de defesa.
A expedição subaquática foi conduzida pelos professores Assaf Yasur-Landau e Ehud Arkin Shalev da Universidade da Califórnia. A expedição possui diversos desafios tanto logísticos como científicos.
Grande parte do trabalho de escavação é feito através de bombas instaladas em barcos e guiadas por escavadores em equipamentos de mergulho.
"Você trabalha o dia todo, e com sorte, no dia seguinte, poderá continuar. Se você for azarado, encontra mais areia do que quando começou", afirmou Yasur-Landau.
A fortificação está a aproximadamente 20 metros da costa e a dois metros debaixo d’água, pois, quando foi construída, o nível do mar estava aproximadamente um metro abaixo do atual. A construção tem uma altura de 20 a 40 metros.
A pesquisa é parte de um estudo mais abrangente sobre os assentamentos humanos ao longo dos milhares de anos na região costeira de Carmel, para descobrir como os seres humanos lidaram com o aumento do nível do mar, questão que é relevante para os tempos atuais, já que o nível do mar deverá subir dezenas de centímetros.
"O aumento do nível do mar significa menos terra disponível e mais pressão nos assentamentos humanos devido às inundações e tempestades. Novos truques precisam ser encontrados: sistemas de defesa contra tempestades, sistemas econômicos sobre a agricultura, deslocamento de água", afirmou o professor Yasur-Landau.

Reflexões sobre as parábolas do REINO

por Renato Barbosa - Editor 
Jesus usou de muitas parábolas – pequenas histórias simbolizando grandes  verdades – nas suas pregações. 
Ele falava sobre o mesmo tema falando através de diferentes parábolas. Muitas vezes uma história lançava luz sobre outra tornando o ensinamento mais claro.
O Reino de Deus foi um dos assuntos preferidos nas parábolas de Cristo!
 E o que é exatamente o Reino de Deus?
 É todo local ou circunstância onde a vontade de Deus é executada, conforme a oração do Pai nosso:“…venha a nós o teu Reino e seja feita sua vontade assim na terra como nos céus…” (Mateus 6). 
Ou seja,  Jesus nos ensina a pedir que o Reino de Deus se faça presente em nossas vidas.
O capítulo 2 do livro do livro de Atos dos apóstolos informa a chegada do Reino de Deus a partir da descida do Espírito Santo no Pentecostes. O mesmo evento também marcou o início da Igreja Cristã. Assim, podemos dizer que a história da Igreja relata a implantação do Reino de Deus na Terra.
Nas suas parábolas, Jesus deixou claro que embora o Reino de Deus tenha chegado com a descida do Espírito Santo e venha frutificando ao longo da história humana, somente será consumado no fim dos tempos, quando todos os salvos estiverem reunidos. 
E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga .E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa. Marcos 4.26-29


Jesus usou a imagem de um trabalhador rural para descrever como é o Reino de Deus.

A semente é a Palavra, logo o semeador é aquele que prega o Evangelho de Jesus. O crescimento da planta é desenvolvimento da fé nos corações das pessoas e sua mudança de vida, gerando crescimento do Reino aqui na Terra. A colheita tanto é o resultado que essas pessoas convertidas geram na sociedade onde vivem, fruto das suas boas obras, como também o resultado a ser obtido por Deus no final dos tempos.
Para a planta frutificar, a semente precisa ser enterrada e morrer. É exatamente a mesma coisa simbolizada no batismo: a velha natureza humana, dominada pelo pecado, morre e “nasce” uma nova pessoa, em Jesus Cristo.
E ao agricultor, uma vez feita a semeadura, só resta aguardar as plantas germinarem. Isso quer dizer que o pregador deve passar a mensagem para as pessoas, mas a conversão não é obra dele e sim do Espírito Santo.
Jesus contou essa parábola porque seus discípulos lhe cobravam  uma ação mais concreta pois tinham a ideia errada que o Messias seria como Moisés, cabendo-lhe libertar fisicamente o povo judeu da opressão do Império Romano. Jesus veio sim libertar seu povo, mas da escravidão do pecado – seu Reino era espiritual e não material.
Essa parábola procura passar confiança para os ouvintes: o resultado final - a colheita - virá e tudo sempre irá ocorrer de acordo com os planos de Deus.  
As parábolas do fermento e do grão de mostarda nos trazem um importante ensinamento a respeito da consolidação do Reino de Deus. 

A parábola do fermento enfatiza o poder transformador da Palavra de Deus: uma pequena quantidade de fermento leveda toda a massa. Já na parábola da mostarda fala de uma semente muito  pequena que cresce até virar uma enorme árvore. O ensinamento aí é que o potencial de crescimento do Reino é gigantesco: poucas pessoas, mesmo as mais simples, dedicadas realmente a difundir a palavra podem causar um enorme impacto na sociedade. E foi exatamente isso que aconteceu na história do cristianismo.
 Em outra ocasião tratarei dos perigos para o Reino, onde Cristo nos alertou através das parábolas do joio e do trigo e da rede.

Ku Klux Klan e as igrejas evangélicas


por Lucas Ajudarte

Caso eu dissesse que uma igreja evangélica, é racista, ou fascista, parece estranho nos dias de hoje, principalmente no Brasil, onde existe uma pluralidade cultural muito desenvolvida, demonstrarei agora, um fato triste da igreja evangélica, e seu passado, de certa forma estudos como esse, nos ajudam a enxergar o contexto da religião, e das crenças denominacionais, e entendermos como elas desenvolveram-se.


O que é o Ku Klux Klan? É uma organização considerada politica, que defende o conservadorismo, e o nativismo, que apega-se em primário, com a raça ariana, e branca em geral, o movimento é basicamente evangélico, onde o membro é proibido de pertencer a raça negra, ou mesmo envolver-se com negros, católicos, e judeus. O Ku Klux Klan também assumiu bandeiras anticomunistas, eles consideram o comunismo uma aberração, e são apoiadores do terrorismo cristão, da raça branca e da religião evangélica como superiores as outras. O evangélico Ku Klux Klan Era quase meia-noite de 16 de outubro de 1915, quando o pregador metodista William Joseph Simmons e pelo menos outros 15 homens escalaram a Montanha de Pedra na Geórgia. Eles construíram um altar, incendiaram uma cruz, fizeram um juramento de fidelidade ao “Império Invisível” e anunciaram o renascimento da Ku Klux Klan. O movimento ganhava força, abraçado pelas igrejas evangélicas americanas que tinham com o intuito, permanecer o domínio sobre a raças negras, indígenas, e outras raças que eram vistas pela raça branca dominante, como as igrejas evangélicas desde sua fundação tiveram o intuito de ajudar a classe dominante da sociedade, a alienar a opinião popular controlando as massas. Vemos exemplos bem contundentes nos dias de hoje, como por exemplo a situação politica atual do Brasil, quando o terreno politico estava favorável a esquerda no começo dos anos 2000, pastores como Silas Malafaia, RR Soares, entre outros de renome, aproximaram-se da esquerda, mas depois que sua força caiu, eles colaram novamente na direita, com Aécio Neves, e depois Bolsonaro. Essa é uma tendencia, as lideranças religiosas tendem a sempre estar próximos dos dominantes, querendo alienar as massas, estando certo ou estando errados. 

Culto do Ku Klux Klan na Igreja Metodista 


 Rev. Jesse David Pontius (1879-1955), chamado como pastor pela congregação da Primeira Igreja Cristã de Chariton (Discípulos de Cristo). O campanário dessa igreja é pouco visível no fundo do instantâneo. Ficou no que agora é o estacionamento da Casa Funerária Pierschbacher. O Rev. Sr. Pontius anteriormente serviu a Humeston Christian Church por cinco anos e também serviu como diretor das escolas de Humeston durante os últimos dois anos de sua permanência lá. Assembleia de Deus e a Ku Klux Klan 

Os movimentos pentecostais, em sua origem, a grande maioria, jamais confrontou a presença do domínio do estado, contanto que eles possam existir, não importa o que o estado faça, se ele mata, ou rouba, os pastores de renome, sempre prevalecem em silencio, como o protestantismo foi o movimento em destaque nos Estados Unidos, a religião mantem a ordem do estado.


A teologia por trás do Ku Klux Klan 

Para manter ativa, os pensamentos dessa seita, e seu envolvimento com os cristãos, é necessário "usar" a bíblia para dar legitimidade a matança e sua caçada racista, basicamente o KKK, afirmava que os descendentes de Cam, um dos filhos de Noé, que foi amaldiçoado por Deus, por ter zombado de seu pai, são a raça negra, basicamente eles associam, o mapa das nações, presente na biblia, como referencia a sua doutrina de pura maldade. Resposta bíblica: "Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro". Isso para que em Cristo Jesus a bênção de Abraão chegasse também aos gentios, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé. " Gálatas 3:13-14 

Marcos Feliciano reproduzindo o Ku Klux Klan no Brasil 

Há alguns anos, o polemico pentecostal, Marcos Feliciano, trouxe em territórios tupiniquins, uma teologia que sua absurda, ele afirmou publicamente que a raça negra é amaldiçoada por Deus, por serem os descendentes de Cam. A mesma referencia fascista apresentada pelo Ku Klux Klan. Eles ainda estão fortes nos Estados Unidos. Ku Klux Klan moderno Há pouco tempo, um ato pró Ku Klux Klan, foi feito nos Estados Unidos, milhares de pessoas, desfilaram contra os negros, e criticaram contra a figura de Martin Luther King Jr. O grupo ainda é muito forte, nos estados confederados, e possuem membros até mesmo na administração do governo Trump.

Tesouros escavados por padres franciscanos


Dentro da nova ala arqueológica do Museu Terra Santa de Jerusalém, os visitantes são guiados por uma ponte que cruza uma cisterna de águas profundas, construída há quase mil anos. Escondido sob um mosteiro franciscano dentro das muralhas da Cidade Velha (centro histórico da cidade de Jerusalém), o museu oferece em sua localização uma viagem pelo passado de Jerusalém e da ordem religiosa dedicada a preservá-lo.

"Tudo isso estava cheio de terra", disse o diretor do museu e frade franciscano, reverendo Eugenio Alliata, em seu manto marrom e sandálias.

Olhando para cima enquanto caminhava, eu o segui até uma sala de pedra do século 13, provavelmente uma oficina usada pelos cruzados que governavam a Cidade Santa naquela época, como explicou o reverendo. Esta sala – que agora contém uma pedra esculpida que antes ficava no alto de uma coluna em um dos luxuosos palácios do rei Herodes, nos arredores de Jerusalém – também estava, até recentemente, cheia de terra.

Mas um projeto de restauração de vários anos transformou este labirinto subterrâneo - construído e reconstruído em várias camadas desde o tempo do rei Herodes no século 1 até os sultões mamelucos no período medieval – em um museu que conta não apenas a história de Jerusalém, mas também a história das descobertas arqueológicas da Ordem Franciscana, feitas em todo o território israelense, nos territórios palestinos, no Egito e na Jordânia no último século.

Por mais de 100 anos, frades franciscanos realizaram dezenas de escavações em alguns dos locais cristãos mais famosos da região, incluindo Nazaré, Belém e aqui no complexo do Mosteiro da Flagelação, que tem sido um local de peregrinação desde o século 4.

"A arqueologia é importante porque nos mostra como as pessoas viviam, e precisamos disso para entender o passado, para entender nossas tradições", disse Alliata, que também é arqueólogo e escavou alguns dos itens exibidos. "Peregrinos e visitantes precisam ver essas coisas."



Abertura ao público

Mas até recentemente isso não era fácil. As dezenas de milhares de artefatos que os franciscanos coletaram ao longo dos anos estavam armazenados no Studium Biblicum Franciscanum, uma divisão da Pontifícia Universidade Antonianum fundada em 1924, dedicada à pesquisa arqueológica e bíblica. Tecnicamente formando o mais antigo museu arqueológico da cidade. O acervo só estava disponível para o público com hora marcada, e a maioria eram acadêmicos.

"Realmente não era muito acessível", lembrou Masha Halevi, que visitou o centro de pesquisa muitas vezes em 2010, enquanto trabalhava em sua tese de doutorado em geografia na Universidade Hebraica de Jerusalém e em vários artigos acadêmicos que vieram depois sobre ordens religiosas e arqueologia.

Alliata me conduziu através do museu, passando por uma coluna entalhada com pombas de um monastério do século 4 na atual Jordânia, por grandes pedaços de mosaicos coloridos de mosteiros do deserto egípcio e grandes caixões de pedra marcados com cruzes. Vitrines foram preenchidas com moedas antigas, incluindo os meio-shekels mencionados na Bíblia, sementes de uva e caroços de azeitona de 2.000 anos de idade, e utensílios, como pratos e xícaras, usados na vida cotidiana.

O museu está alojado dentro do Mosteiro da Flagelação


Tornar públicos esses artefatos antigos na ala de arqueologia do Museu Terra Santa, inaugurada em 2018 e que em breve será ampliada, faz parte de uma tendência de aumento do envolvimento do público entre os franciscanos, que recentemente abriram a grande biblioteca do Mosteiro de São Salvador de Jerusalém à visitação e criaram um catálogo on-line para ela, como parte de um esforço contínuo para renovar vários locais sagrados em toda a região.

Essas mudanças estão acontecendo enquanto Israel experimenta um aumento no número de turistas, com cerca de quatro milhões de pessoas visitando o país em 2018. Um recorde, de acordo com o Ministério do Turismo.

De fato, foi durante uma alta anterior no turismo e interesse na Terra Santa, no século 19, que a Ordem Franciscana começou a se dedicar à arqueologia.

No Oriente Médio, os estudos arqueológicos começaram a se intensificar e atrair mais atenção para os debates sobre a história bíblica no final do século 19. Atualmente, os franciscanos, que, desde o século 13, são encarregados de preservar as propriedades da Igreja Católica e de auxiliar peregrinos cristãos na Terra Santa, decidiram abraçar a arqueologia e se unir ao crescente debate público e acadêmico sobre essa ciência.

"A história encontra seu apoio mais firme na arqueologia", escreveu o reverendo Prosper Viaud, um dos primeiros frades franciscanos a fazer parte de uma escavação, participando dos trabalhos sob a atual Igreja da Anunciação de Nazaré, em 1889.

A escavação expôs uma estrutura antiga, que ilustrou uma longa história de devoção naquele lugar. "Segui este caminho não porque sucumbi a um pensamento científico vazio, mas por causa de uma verdadeira vontade de encontrar a devoção dos peregrinos e fazê-los conhecer melhor a igreja de Nazaré."

Escavações

No início do século 20, os franciscanos começaram a escavar em torno de muitas de suas igrejas e mosteiros, publicando livros com os resultados e construindo uma enorme biblioteca de artefatos em Jerusalém. Desde 1924, o Studium Biblicum Franciscanum opera ininterruptamente como uma das várias instituições de pesquisa arqueológica que vêm surgindo em Jerusalém, incluindo o Instituto Albright de Pesquisa Arqueológica, a Escola Britânica de Arqueologia, o Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica e a Escola Bíblica e Arqueológica francesa, fundada pela Ordem Dominicana em 1890.

As escavações dos arqueólogos franciscanos - do monte Nebo, o topo da montanha jordaniana, tido como o lugar de onde Moisés teria visto pela primeira vez a Terra Prometida bíblica, à cidade de Cafarnaum, que ficava às margens do Mar da Galileia – ofereceram importantes contribuições para a arqueologia na região. Hoje muitos arqueólogos locais se sentem em dívida com os franciscanos.

"A pesquisa deles é uma peça importante do enorme quebra-cabeça arqueológico em Israel", disse Dina Avshalom-Gorni, arqueóloga da Autoridade de Antiguidades de Israel (órgão do governo israelense) que trabalhou com arqueólogos franciscanos em várias escavações. "Apesar de suas crenças religiosas, a pesquisa que eles produzem é realmente pura arqueologia. Eles nos dão fatos e eu posso confiar neles."

Reverendo Eugenio Alliata: "Você tem que saber sobre o dia a dia da época para realmente entender Jesus, para entender as parábolas"

Para os franciscanos, a arqueologia continua sendo uma ferramenta valiosa para envolver o público e ajudá-los a entender o contexto das histórias contadas na Bíblia. "Você tem que saber sobre o dia a dia da época para realmente entender Jesus, para entender as parábolas", defende o reverendo Alliata.

Em outra sala do museu, Alliata apontou para uma vitrine contendo vasos feitos de delicado alabastro, considerado um material de luxo no mundo antigo e raro de se encontrar intacto. Ele relatou a história do Novo Testamento sobre uma pobre mulher derramando perfume de um vaso de alabastro na cabeça de Jesus. Ver o delicado vaso de alabastro ajuda a entender o nível de generosidade e sacrifício financeiro que esta mulher fez para Jesus.

Caminhando para fora da escura ala arqueológica subterrânea, Alliata atravessou um pátio de pedra ensolarado onde um grupo de turistas estava ouvindo um guia explicar como este era o lugar onde Jesus teria sido condenado e entregue para ser crucificado. Aquele dia era a segunda das 14 Estações da Cruz ao longo da famosa Via Dolorosa, ou Via Sacra, que leva à Basílica do Santo Sepulcro, considerada por muitos cristãos como o lugar onde Cristo teria sido crucificado e sepultado.

Não é de se estranhar que as escavações dos franciscanos levantem mais perguntas do que respostas sobre os eventos bíblicos e a antiga vida judaica e cristã na Terra Santa.

Segundo Alliata, a maioria dos arqueólogos franciscanos está mais interessada em aprender, em vez de provar histórias específicas. No local da Igreja da Natividade em Belém, tido como o local do nascimento de Jesus, os artefatos escavados mais antigos datam do século III, quase 200 anos após o nascimento de Jesus.


JESUS ESTÁ NO MEIO DE VÓS

por Renato Barbosa - Editor

Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. João 20:19


"Jesus está no meio de nós"

Manifestando-se no meio de seus discípulos, Jesus inicia neles um processo de transformação, oferecendo-lhes o dom da paz, o sinal de vida plena e de equilíbrio. É o encontro com a paz de Jesus que levanta o ânimo de seus discípulos e seguidores.
 Jesus comunica a sua paz e, ao mesmo tempo, reforça o modelo de comunidade ideal: uma comunidade igualitária e livre, tendo um único centro: Jesus Cristo Ressuscitado. Esse é o real significado do seu colocar-se no meio deles.

E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. João 20:20


Jesus lhes mostra as mãos e o lado, representando também as características da identidade de Jesus: o serviço e o amor. Jesus nos diz com esse singelo gesto que continua servindo e amando, e sua comunidade deve também viver dessa forma. As mãos são sinais do serviço, e o lado é sinal do amor, pois representa o coração. A certeza da presença de Jesus Cristo Ressuscitado faz a comunidade superar definitivamente o medo.

Nosso país atravessa momentos difíceis, onde lideranças religiosas apostatadas deram as mãos para um poder político cujo único objetivo é oprimir o povo, o pobre, o trabalhador, o homossexual e o negro.

Não devemos temer, Ele está no meio de nós e Ele nos chama a cumprirmos a nossa missão: nos colocarmos ao lado dos oprimidos! 

Meu apoio irrestrito às manifestações pela educação, idiota é quem se cala diante do descalabro desse governo!





Praxes Jurídicas na época de Abraão



Manuscritos antigos revelam quais eram os preceitos legais na época de Abraão. Esses manuscritos , datados de uma época entre 2.000 e 1.500 a.C , foram recuperados das cidades hurritas de Mitanni , e nos esclarecem inúmeras passagens bíblicas.

Em Gn 31,19 vemos que Raquel furtou os terafins de seu pai Labão,o qual ficou desesperado em recuperá - los . As tabuinhas de Nuzi nos esclarecem que quem tivesse posse dos terafins da família se tornava o legítimo herdeiro da casa .

JESUS NÃO ESTÁ NA GOIABEIRA

Não adianta ver Jesus na goiabeira, 
Ele está no irmão, na irmã, no oprimido...
Não adianta orar bonito 
E chutar o pobre.

Deus que é mãe e pai

Por Maria Newmun

Uma imagem fala mais que mil palavras... Sinta essa imagem...
Para uma mulher criada por uma mãe que cumpriu o papel do pai ausente para quatro filhas, essa imagem é de fazer chorar.
Como tantas meninas, meu referencial de pai veio de minha mãe, uma mulher cujo nome também é Maria - Josefa Maria - Maria, como eu e como a mãe de Jesus.
Quando criança, recordo o martírio que eram os festejos do "Dia dos Pais" na escola e na igreja. Com o tempo me chegou a Bíblia e com ela o entendimento de Deus, não apenas como Pai, mas como Mãe. Na adolescência me lembro do Deus da Bíblia que como, uma uma galinha, acolhia seus pintainhos sob as asas... (Mateus 23:37). Eu adorava ouvir essa passagem da Bíblia. Saía da igreja me sentindo filha de um Deus que me amava e me cuidava igualzinho minha mãe. Tenho certeza que veio daí minha confiança no Deus do cristianismo. Não poderia confiar num Deus apenas macho, como meu pai. Tinha aprendido que o pai abandonava suas filhas, que não cuidava delas. Antes de conhecer o Deus-mãe, isso com 11 anos, havia decidido não casar, nem ter filhos. Era pé no chão, não iria correr riscos.
Quando vejo a abominação que alguns religiosos têm da imagem de Deus como Mãe, essas lembranças voltam. Felizmente tenho as lembranças do encontro com o Deus-Mãe. Todavia me preocupam as meninas que ainda não o encontraram. Quantas ainda têm a figura do pai violento que as abusam ou abusaram sexualmente? Dos que as abandonaram? Dos que dizem que elas não prestam para nada? Dos que a renegaram no nascimento por serem meninas e não meninos?
Minha mãe, uma mulher simples, sem estudo e que nos criou trabalhando de boa-fria, conta que no meu nascimento  e de minhas irmãs, nosso pai ao chegar em casa e constatar que não éramos meninos, diziam que podíamos ter nascido mortas. Ele não era uma pessoa má, era pobre, ignorante e machista. O fato é que crescemos com essa carga de rejeição paterna e não fomos as primeiras nem as únicas. O mundo está cheio de meninas cujo sentido de um Deus só significa quando ele se revela na figura de mãe.
Enquanto religiosos insistem na figura exclusivamente masculina de Deus, meninas e mulheres, meninos e homens permanecem órfãos; mesmo que muitos nem tenham consciência disso.
Quer aceitem ou não os religiosos, a essência materna está impregnada na raça humana. Os que renegam esse fato demonstram falência de capacidade de anunciar um Deus que é masculino e feminino. O lado feminino de Deus remete ao afago de mãe que consola, cuida e perdoa até mesmo aos maiores pecados que cometemos.
......
 Maria Newmun, cordenadora movimento ecumênico Igreja Metodista