Reflexão do Dia - Evangelho Segundo Marcos 13:33-37

A reflexão de hoje é o texto do evangelista Marcos 13:33-37.É um discurso escatológico que  trata das realidades últimas e finais da história.  É necessário fazer uma pequena contextualização para a compreensão mais adequada, pois Jesus se encontrava em Jerusalém, vivendo a última fase do seu ministério e, ao sair do templo, os discípulos expressaram admiração pela aquela grande construção Jesus respondeu que dali não restaria pedra sobre pedra mas não lhes fornece nenhuma indicação de tempo. 

Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. (Marcos 13:33) => o texto começa com uma advertência, uma chamada de atenção tendo em vista a imprevisibilidade da segunda vinda do Senhor. Infelizmente, a tradução não consegue exprimir tão bem essa chamada de atenção, sobretudo na primeira parte do versículo, onde seria correto usar a expressão “abri os olhos! Vigiai!”.

Será como um homem que, partindo em viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie. (Marcos 13:34) =>
uma pequena ilustra a necessidade da vigilância. A partida do homem em viagem equivale ao intervalo temporal entre a ascensão e a segunda vinda do Senhor. É um tempo para a edificação do Reino. 

Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, (Marcos 13:35) => a casa é sinal de *universalidade* e ao mesmo tempo de pequenas comunidades. A comunidade vigilante é aquela na qual os sinais do Reino predominam: amor, perdão e justiça social.

O motivo da vigilância é muito claro: p
para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo.(Marcos 13:36) 
dormir significa deixar de praticar a mensagem de Jesus Cristo, é abandonar seu ensinamento. 

Portanto, não importa quando o Senhor virá pela segunda vez e nem se Ele virá, pois Sua presença constante não será percebida enquanto não assumirmos a nossa responsabilidade na casa que Ele nos confiou: a Terra nossa casa comum. Para celebrarmos bem a certeza de que Ele já veio, só nos resta nos mantermos acordados, ou seja, praticando o amor, acima de tudo e acima de todos.


Paz, graça e bem,
Renato Barbosa

O esclarecimento do juiz

Mateus25:

37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
38 E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
39 E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.


Os que acolheram os excluídos são chamados justos. Isto significa que a justiça do Reino não se alcança observando normas e leis, mas sim acolhendo os necessitados. Mas os próprios justos não sabem quando foi que acolheram Jesus necessitado. Jesus responde: “Toda vez que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes!” Quem são estes “meus irmãos mais pequeninos?” Em outras passagens do Evangelho de Mateus, as expressões “meus irmãos” e “pequeninos” indicam os discípulos. São os membros mais abandonados da comunidade, os desprezados que não recebem lugar e não são bem recebidos (Mateus 10:40). Jesus se identifica com eles. Mas não é só isto. Aqui no contexto tão amplo desta parábola final, a expressão “meus irmãos mais pequeninos” se alarga e inclui todos aqueles que na sociedade não têm lugar. Indica todos os pobres. E os “justos” e os “benditos de meu Pai” são todas as pessoas que acolhem o outro na total gratuidade, independentemente do fato de ser cristão ou não.

Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e o cristianismo



A não-violência na vida e nos ensinamentos de Jesus

Jesus de Nazaré tinha tudo para ser um homem ressentido e violento, pois sofreu desde cedo, a violência e a opressão dos poderosos. Ainda criança, seus pais tiveram que fugir com o Menino para o Egito devido à perseguição de Herodes que, por medo de perder o poder, ordenou que matasse “todos os meninos menores de dois anos em Belém e arredores” (Mateus 2:16), tendo assim que viver a sua infância em terras estrangeiras. Quando adulto, Jesus experimentou novamente a dor dos refugiados ao passar pelas aldeias de samaritanos e não ser acolhido, porém, não aceitou a proposta de vingança de seus discípulos ( Lucas 9:51-55). Dor maior Ele sofreu ao ser rejeitado pelos seus conterrâneos que por preconceito e fechamento não o acolheram e ainda queriam eliminá-lo (Lucas 4:14-30); e, mesmo depois de ser torturado, humilhado e condenado à morte por um tribunal injusto “Ele não abriu a boca” ( Marcos 14:53-65).
Na cruz, Ele olha no rosto de seus algozes, não com ressentimento, ódio ou desejo de vingança, mas com misericórdia. Ao invés de derramar a ira Jesus prefere derramar sobre eles o perdão: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).

A não-violência ensinada e praticada por Jesus deve ser paradigma para todos os cristãos. Sua resistência segue a via da humilde mansidão.

Como dizia Mahatma Gandhi:“A força de um homem e de um povo está na não-violência. A não-violência é o primeiro artigo da minha fé e o último… Conheci a Bíblia por volta dos 45 anos de idade… De tudo o que li, o que mais me impressionou foi o fato de Jesus ter vindo para estabelecer uma nova lei… Não mais olho por olho, nem dente por dente; devermos estar dispostos a receber duas bofetadas, se nos dão uma, e percorrer dois quilômetros, se nos pedem um… Dizia a mim próprio: isto não é seguramente o cristianismo. O Sermão da Montanha demonstrou-me como estava errado, à medida que tomava contato com os verdadeiros cristãos, quer dizer, com os que viviam para Deus. Vi que o Sermão da Montanha era todo o cristianismo… Enquanto não formos homens insatisfeitos e não tivermos arrancado a raiz da violência da nossa civilização, Cristo não terá nascido… O princípio da não-violência infringe-se com os maus pensamentos, com a pressa injustificada, com a mentira em todas as suas vertentes, o ódio, desejando mal ao próximo. Violamo-la ao reter para nós o de que necessitam os outros. A não-violência, na sua forma ativa, é boa vontade em tudo o que se vive. É amor perfeito”.

O princípio da não-violência está relacionado ao projeto de Reino anunciado e testemunhado por Jesus. Ele fez da não-violência uma estratégia de resistência profética contra o pecado estrutural. 

paz, graça e bem.

Vidas Negras Importam

 

Deus, perdão por todo mal causado aos negros e negras da nossa pátria. Há um débito histórico que ainda não foi resolvido e, nós, cristãos temos a obrigação de mostrar o nosso arrependimento através da luta pela garantia dos direitos sociais e humanos, assim, reconhecer o privilégio de ser branco neste contexto já é o primeiro passo. Que Deus tenha piedade de nós e que possamos entender que vidas negras importam. Que o sopro do Espírito Santo antirracista esteja sobre nós. Amém!

Destruir a propriedade dos racistas é uma forma cristã de protesto

 


Mateus 21:

12 E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;

Martin Luther King - pastor batista, discípulo de Cristo e de Gandhi



"King, com Gandhi e Nelson Mandela, são o ícone de um conflito que colocou os brancos cara a cara com sua herança política mais preciosa, e muitas vezes esquecida, o princípio de igualdade das Revoluções Americana e Francesa, que agora entendemos, não é um resultado necessário do progresso, ou de um ato revolucionário",
No início abril de 1968, Martin Luther King estava em Memphis, Tennessee, para apoiar a greve de trabalhadores negros da limpeza urbana. Em 3 de abril, pronunciou um dos seus discursos mais famosos: "Eu estava no topo da montanha", quase uma profecia, na qual disse que, como Moisés, tinha visto a terra prometida do Monte Nebo, mas nela não tinha podido entrar, talvez ele também não entraria; mas Deus lhe tinha permitido subir ao topo da montanha para vê-la, a Terra Prometida dos Povos Negros. Por isso, “estou feliz nesta noite. Não tenho medo de nada e de ninguém". No dia seguinte King, que tinha recebido muitas ameaças de morte, foi morto por James Earl Ray, um assassinato ainda em parte envolto no mistério.

Martin Luther King, com sua ação e sua morte, tornou-se um ícone da luta dos afro-americanos pela liberdade e pelos direitos civis. No entanto, não sei até onde estamos preparados para aceitar que King seja um afro-americano, com uma visão que começou a partir daí, da cultura negra americana, nascida da destruição das muitas tradições de grupos étnicos africanos reduzidos à escravidão. Uma enorme devastação cultural à qual escravos e negros livres responderam criando uma nova cultura, que era negra e americana juntas, porque os negros quase sempre queriam ser americanos, livres nos Estados Unidos. Fazer de Martin Luther King um símbolo universal, implica não eliminar sua história específica de afro-americano e de americano.

Em nosso país, ateu e católico, não se quer nem mesmo lembrar que King fosse, acima de tudo e sempre, um pastor batista, filho e neto de pastores batistas, a Igreja negra por excelência, com uma fé extática e pouca teologia; a Igreja que sempre viu no retorno de Israel a Canaã a figura da liberdade alcançada pelos negros, e isto como saída do pecado e retorno a Cristo. Ao lutar pelos direitos civis, King estava lutando por Cristo e, então, lutava também pela América. Queria ser o pastor da nação, como já disseram muitos que o conheceram. Ele pretendia redimir a alma da América.
Martin Luther King encarna o movimento pelos direitos civis, que, no entanto, não se reduzem a ele, ao contrário, ele próprio é um fruto, porque o movimento já estava vivo, bem antes dele, com uma resistência silenciosa às chamadas leis de Jim Crow, que no final do século XIX estabeleceram a segregação racial nos Estados do Sul, imediatamente declaradas constitucionais pelo Supremo Tribunal. O empenho continuou com o nascimento, em 1909, da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (Naacp), uma associação de negros e brancos que lutavam para garantir a igualdade de todos os cidadãos. Esse movimento cresceu, e dividiu-se entre uma ala integracionista, sob a liderança de Booker T. Washington, e uma radical, com o grande ativista e intelectual W. E. B. Dubois. Na década de 1930, o jamaicano Marcus Garvey jogou, em Harlem, o bairro afro-americano de Nova York, as bases do nacionalismo negro, que seriam retomadas, trinta anos depois, no Black Power, por Stokely Carmichael.

Uma história em que o movimento dos direitos civis dos anos 50 e 60 compõem um capítulo fundamental, mas apenas um capítulo. A história, acima de tudo, de um movimento de base, uma rede de atividades e de associações locais que apareciam às centenas, desapareciam e voltavam continuamente a viver.

Em 1954, aos 25 anos, King tornou-se pastor da Igreja Batista na Dexter Avenue, em Montgomery, Alabama, uma das cidades onde a segregação e a resistência negra eram mais robustas, e logo foram absorvidas pelas atividades políticas de afro-americanos. No mesmo ano, um caso judicial de teste, promovido pela Naacp, levou a Suprema Corte, no caso chamado Brown contra Board Education ("escritório escolar"), a declarar inconstitucional a segregação nas escolas. Foi a primeira grande vitória do movimento. Em dezembro de 1955, em Montgomery, a costureira e ativista negra Rosa Parks se recusou a ceder o lugar a um homem branco em um ônibus segregado da cidade, e foi presa. As organizações afro-americanas, lideradas pelo pastor Ralph Abernathy, animaram, então, um boicote aos ônibus da cidade. Para dirigir esse movimento chamaram King, que por sua vez foi preso, e teve sua casa incendiada por uma bomba, mas não recuou. Depois de mais de um ano de luta, os ônibus de Montgomery foram desagregados e King tornou-se uma figura nacional.

Ao amadurecer como líder político, elaborou a teoria da não-violência, a partir das palavras de Jesus - "Quem com a espada fere, pela espada morre" -, enriquecidas com o encontro do pensamento de Gandhi, já difuso por outros ativistas negros. Jesus, Gandhi e David Thoreau, o grande filósofo e poeta antiescravista, que escolhera a prisão a apoiar a guerra de agressão contra o México, em 1846, foram os pilares do seu pensamento. Vários líderes afro-americanos, como Robert F. Williams, antes das Panteras Negras dos anos sessenta, ou mesmo de Malcolm X, praticavam a resistência armada como forma de autodefesa.
King opôs-se a eles; mas não foi um pacifista absoluto. A não-violência era para ele um sistema de vida, uma atitude ética, que o levou a nunca responder às agressões repetidas que sofria; mas, como para Gandhi, era um instrumento de luta, um instrumento dos fortes, para obter resultados. Foi o método que seguiu em todos os eventos que organizou, como, por exemplo, as marchas de março de 1965, de Selma a Montgomery, pelo direito de voto aos negros, em que a violência policial contra milhares de manifestantes pacíficos provocou um tal protesto que permitiu a aprovação, no mesmo ano, do Voting Rights Act (Lei dos Direitos de Voto), lei que acabou com a discriminação racial que impedia os negros de votarem nas eleições.

King, com Gandhi e Nelson Mandela, são o ícone de um conflito que colocou os brancos cara a cara com sua herança política mais preciosa, e muitas vezes esquecida, o princípio de igualdade das Revoluções Americana e Francesa, que agora entendemos, não é um resultado necessário do progresso, ou de um ato revolucionário. São conquistas que se perdem facilmente, e, para as quais, precisamos de luta pacífica, mas real, e vigilância contínua.

Reflexão do Dia - Evangelho Segundo Mateus 5:12

Paz, graça e bem,

A reflexão de hoje é sobre o texto de Mateus 5:1-12, mais conhecido como as bem-aventuranças e, certamente, um dos trechos mais lidos de todo o Novo Testamento, apreciado por cristãos e não cristãos. Mahatma Gandhi definiu as bem-aventuranças como “as palavras mais altas que a humanidade já escutou”.  As bem-aventuranças representam a síntese do programa de vida de Jesus e de seus seguidores de todos os tempos. É um texto belo e revolucionário.

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;" Mateus 5:3
Tem sido essa a bem-aventurança que tem recebido as interpretações mais equivocadas ao longo da história, infelizmente. O convite de Jesus é para que não desanimem, mas coloquem-se em marcha para alcançarem o Reino que foi criado para eles, o Reino dos Céus, mas não no céu, aqui mesmo na Terra, reino como sinônimo de uma vida plena e digna.  Jesus convida a perder o medo, buscar seus direitos de herdeiro do Reino e jamais se dobrar ao sistema opressor.

"Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados" Mateus 5:4. 
jamais será consolado o aflito que se fecha em suas aflições, mas sim aquele que consegue mover-se, apesar do sofrimento. A implantação do Reino dos Céus num mundo hostil traz  aflições para os discípulos de Jesus. Mesmo assim, devemos avançar, sem recuar diante das dificuldades.

"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;Mateus 5:5
O termo manso é equivalente a humilde, significa reivindicar alguma coisa sem violência. A luta sem violência é mais lenta e mais difícil de conseguir o objetivo. Por isso, Jesus encoraja e pede paciência, é como se ele dissesse: “não parem, continuem lutando”.

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;" Mateus 5:6. 
O alimento e a bebida são essenciais para a vida, e assim deve ser a luta por justiça entre seus seguidores, devemos ter diariamente fome e sede justiça social. Onde não há justiça, não há paz. 

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;"
Mateus 5:7. 
É importante recordar que misericórdia, na Bíblia, não é um sentimento, mas uma ação em favor dos pobres e necessitados. A misericórdia é uma das principais características de Deus e por isso, deve ser também para os seus seguidores.

"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;" Mateus 5:8
A lei mosaica e os antigos ritos de purificação do judaísmo tinham escondido o rosto verdadeiro de Deus. Jesus proclama a nulidade daquelas leis e ritos e pede para seus discípulos caminharem em outra direção, avançarem por outro caminho que não seja o da religião que divide, mata e exclui. Só há um tipo de pureza: a interior, essa não é proporcionada por nenhum rito.

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;" Mateus 5:9. 
Na marcha da comunidade formada por discípulos e discípulas de Jesus, a promoção da paz é requisito básico e essencial. Não se trata de uma falsa paz como aquela imposta por Roma, intitulada “pax romana”. A paz que Jesus propõe não é uma mera ausência de conflitos, mas um retorno ao ideal hebraico expresso pela palavra (שלום) shalom: paz como bem-estar total do ser humano, harmonia com Deus, com o próximo e consigo mesmo. É por essa paz que a comunidade de discípulos e discípulas deve lutar enquanto caminha, fazendo dessa paz o rumo da caminhada. Não há prêmio para quem caminha promovendo a paz, mas há consequências: ser chamados filhos de Deus. Na tradição bíblica, ser filho é ser parecido com o pai. Quando alguém caminha promovendo a paz, se torna parecido com Deus, por isso, será chamado seu filho.

"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;" 
Mateus 5:10
A justiça é a prática bem-aventuranças anteriores. A quem adere plenamente à lógica do Reino de Deus não há outra consequência que não ser a perseguição pelo sistema religioso e político. Mas, mesmo diante da perseguição, a palavra de Jesus continua sendo de encorajamento: continuem marchando em busca do Reino.

Viver as bem-aventuranças é abraçar um projeto de sociedade alternativa que entra em conflito com os sistemas dominantes baseados na no lucro e na exploração,. Mas é diante desse conflito que a devemos avançar, seguir em frente sem desanimar. Por isso, Jesus reforçou "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós." Mateus 5:11,12. 

Para seguir Jesus é preciso estar em estado de caminhada contra tudo o que impede o advento do Reino aqui na Terra. A mensagem libertadora das bem-aventurança é um convite a lutarmos por um mundo melhor, mais fraterno e mais justo.

Paz, graça e bem,
Renato Barbosa

Os 503 anos da Reforma Protestante

Neste dia 31 de outubro, é celebrado o aniversário dos 503 anos da Reforma Protestante. Apesar de muitas vezes ser lembrado como um movimento religioso, é preciso dizer que este marco histórico trouxe transformações muito profundas para o mundo, na época e até os dias de hoje, e que atingem diversas áreas da vida. De certa forma, refletir sobre a Reforma é também refletir sobre mudanças culturais, econômicas, educacionais e de convívio.
A história relata que, em 1517, Martinho Lutero, um monge alemão indignado com a exploração financeira da fé em sua época, afixou 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg, na Alemanha, e este momento é conhecido como o período que deu início ao processo da Reforma Protestante.
As teses de Lutero não eram um “ataque” à fé, mas uma espécie de convite ao papa da época para dialogar sobre o que estava acontecendo com a Igreja. No entanto, não foi dessa forma que a atitude do monge foi vista, pois o papa se revoltou. A história mostra que a Igreja estava endividada e precisava de dinheiro, não querendo abrir mão do poder que tinha sobre o Estado e sobre o “comércio de perdão”. Não demorou muito para que as teses de Lutero encontrassem eco em outras pessoas.
Mesmo sob grande exposição, os reformadores tiveram proteção de várias cidades e Estados, pois a Igreja costumava se utilizar do artifício da excomunhão para fazer com que os governos se dobrassem à sua visão. Como Lutero, o primeiro reformador, questionava tais pontos, concedendo maior liberdade aos Estados, obteve apoio em sua luta. Calvino, posteriormente, apoiaria tal conceito, por isso a Reforma traz, mais uma vez, a ideia de um governo representativo e revive a democracia.
As transformações da Reforma Protestante
Além da democracia, entre os aspectos mais marcantes que a Reforma trouxe estão a liberdade de expressão e pensamento, incentivo à educação, a independência do Estado em relação à Igreja e muitos outros desmembramentos em diversas áreas, incluindo a jurídica: um dos exemplos é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi redigida sob influência das ideias dos reformadores.
O Mackenzie, como instituição presbiteriana, é filho desse processo, marco que serve como norteador de nossos princípios, baseados na visão cristã reformada e na crença da liberdade humana e da educação como meios para o desenvolvimento.
A evolução da Reforma trouxe uma transição no modelo de autoridade, indo de uma figura humana para as escrituras. Com isso, houve uma influência direta na educação, tendo em vista que a população não era letrada. Isso quer dizer que este processo dependia de uma população que aprendesse a ler, defendendo o estudo, trabalho e investigação científica para a sociedade e desenvolvimento das pessoas.
No âmbito religioso, vale destacar que a Reforma teve três grandes pilares: justificação pela fé somente, a centralidade das escrituras e o sacerdócio universal de todos crentes. De certa maneira, a Reforma continua sendo atual, porque é basicamente uma questão espiritual, na qual as escrituras passam a ser o ponto central de debate, afinal, o livre exame das escrituras é a centralidade e soberania de Deus em todas as coisas.
Em resumo, o movimento questionou o autoritarismo religioso medieval, com ênfase à participação responsável dos fiéis na vida e na direção das igrejas, liderança participativa, valorização do trabalho e de toda e qualquer ocupação honesta. Esses tópicos contribuíram para o fortalecimento de noções como liberdade, democracia e solidariedade social.
Os diferentes reformadores, e seus seguidores, deram importantes contribuições nas áreas da teologia, filosofia, política, sociologia e ética. E até hoje sentimos e podemos verificar esses efeitos.

Fortaleza de 3,2 mil anos é encontrada em região descrita na Bíblia


Data e local de construção descoberta em Israel coincidem com relatos do Livro de Juízes, que narra batalhas sangrentas entre cananeus, israelitas e filisteus



Fortaleza de 3200 anos é encontrada em região descrita na Bíblia, em Israel (Foto: Emil Aladjem/Israel Antiquities Authority)Uma fortaleza cananeia de 3,2 mil anos foi encontrada perto da cidade de Qiryat Gat, ao sul de Israel, segundo um anúncio realizado em agosto pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). A época e o local de sua construção coincidem com os de alguns acontecimentos citados no Livro dos Juízes, o sétimo livro da Bíblia.

Naquele período, a terra de Canaã e seus habitantes estavam sob o poder dos egípcios, até que, em meados do século 12 a.C., os filisteus decidiram entrar em uma batalha sangrenta pela região. Segundo os arqueólogos da IAA, ao que tudo indica, a fortaleza de Galon, como é chamada a construção descoberta recentemente, foi construída por egípcios e caneneus na tentativa de lidar com a nova situação geopolítica.

"No entanto, em meados do século 12 a.C. os egípcios deixaram a terra de Canaã e voltaram para o Egito", explicaram os arqueólogos Saar Ganor e Itamar Weissbein, em comunicado. "Sua partida levou à destruição das agora desprotegidas cidades cananeias — uma destruição que provavelmente foi liderada pelos filisteus."

Como contam os pesquisadores, o Livro de Juízes na Bíblia demonstra claramente a complicada realidade geopolítica e a luta pelo controle dos territórios durante o estabelecimento de novos poderes políticos na terra de Israel. "A fortaleza que encontramos oferece um vislumbre da realidade geopolítica descrita no Livro de Juízes, em que cananeus, israelitas e filisteus lutam entre si", disseram os especialistas.

Ilustração mostra como provavelmente era a fortificação (Foto: Itamar Weissbein/Israel Antiquities Authority)

A fortaleza foi construída em uma localização estratégica, de onde era possível observar a estrada principal que acompanhava o rio Guvrin, conectado a planície costeira à planície da Judeia. Sua arquitetura corresponde a das chamadas "casas de governador" egípcias, um tipo de estrutura já observada por arqueólogos em outras regiões de Israel.


Diversos utensílios de cerâmica foram encontrados durante as escavações (Foto: Sa'ar Ganor,/Israel Antiquities Authority)

Nesse caso, a fortificação escavada tem 18 metros de comprimento e 18 metros de largura, torres em seus quatro cantos e um pátio interno pavimentado com pedras e cercado por quartos. Durante as escavações, os especialistas também encontraram um porta enorme de 2,7 toneladas feita a partir de uma única rocha e diversos utensílios de cerâmica, como potes e vasos.

Diversos utensílios de cerâmica foram encontrados durante as escavações (Foto: Dafna Gazit/Israel Antiquities Authority)

Durante as escavações, os arqueólogos contaram com a ajuda de alunos de escolas da região e outros voluntários. O método, proposto pela IAA, é comum no país e tem o intuito de aproximar o público em geral, e especialmente a geração jovem, da arqueologia.

"A fortaleza de Galon oferece um vislumbre fascinante da história de um período relativamente desconhecido na história do país", disse Talila Lifshitz, diretora da comunidade e do departamento florestal na região sul do Fundo Nacional Judaico. "[Além de] fornecer uma visão turística e empírica para visitantes."


As escavações no sítio arqueológico (Foto:Ganor/Israel Antiquities Authority)

DE PLACAS A PERGAMINHOS DE PRATA: 5 DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS RELACIONADAS COM A BÍBLIA

 Encontradas em diversos períodos da humanidade, algumas das peças narram guerras, enquanto outras se assemelham à episódios do Testamento


Placas relacionadas à Bíblia
Placas relacionadas à Bíblia - Divulgação

Diversas descobertas arqueológicas são feitas todos os dias. Em sua grande maioria, elas ajudam a compreender o cotidiano de determinados povos antigos, desde sua alimentação, até suas vestimentas e rituais religiosos.

Algumas dessas descobertas, inclusive, remontam aos tempos narrados nos livros da Bíblia. Métodos de crucificação, bençãos e até outros pontos de vista sobre os episódios do Testamento podem ser identificados em algumas das peças encontradas por arqueolólogos.

Confira 5 descobertas arqueológicas incríveis e relacionadas com a Bíblia:

1. Homem crucificado em Givat Hamivtar

Restos do Homem crucificado de Givat Hamivtar / Crédito: Divulgação

 

Os conhecimentos atuais sobre o método da crucificação romana não vieram apenas dos escritos bíblicos. Muito do que os estudiosos sabem sobre a prática veio dos restos de um homem crucificado encontrados em Givat Hamivtar, um bairro de Jerusalém.

A descoberta mostrou que, além de ser preso à cruz com pregos nas mãos, como a Bíblia conta, os pulsos do homem foram envoltos por mais pregos entortados, já que suas palmas não aguentariam o peso do corpo. Ainda mais, uma estrutura quadrada prendia os pés da vítima na cruz, como um cinto de madeira. 


2. Epopéia de Gilgamesh

Pedra inscrita com a Epopéia de Gilgamesh / Crédito: Divulgação

Enquanto vasculhava alguns documentos do Museu Britânico, George Smith fez uma incrível descoberta, em 1872. O arqueólogo descobriu peças de uma escavação feita no século 7 a.C. em Nínive. Entre elas, ele identificou uma placa conhecida como Epopéia de Gilgamesh. Nela, o texto inscrito narrava uma inundação.

Utnapishtim, o herói do dilúvio, conta na tabuleta que o deus Ea o alertou sobre a catástrofe iminente e lhe aconselhou a construir um barco. Durante o texto, muitas das narrativas de Utnapishtim se assemelham à história de Noé — coincidência essa que intriga diversos estudiosos bíblicos desde o século 19.


3. Pergaminhos do Mar Morto

Um dos pergaminhos encontrados perto do Mar Morto / Crédito: Divulgação

 

Em 1947, uma cadeia de cavernas próximas ao Mar Morto foram os palcos da maior descoberta arqueológica do século 20. Dentro delas, mais de 800 documentos em hebraico foram encontrados — alguns gravados em couro, outros em papiro. Entre eles, 190 pergaminhos bíblicos.

Por mais que muitos dos manuscritos encontrados sejam pequenos fragmentos do Testamento, um livro completo de Isaías foi identificado. Através das análises, foi determinado que alguns pergaminhos datam do século 3 a.C., enquanto a grande maioria remonta aos séculos 1 e 2 a.C..


4. Pergaminhos de Ketef Hinnom

Pergaminho de prata encontrado em Ketef Hinnom / Crédito: Divulgação

 

Em meados de 1979, Gabriel Barkay, um arqueólogo israelense estava estudando tumbas funerárias da Idade do Ferro, em Ketef Hinnom, um sítio arqueológico perto de Jerusalém. Durante as escavações, Gabriel e sua equipe encontraram dois rolos de prata junto do corpo enterrado na tumba.

As peças eram pergaminhos de metal e, durante anos, foram desenroladas e traduzidas por estudiosos. O maior dos pergaminhos, que media 7,6 cm, levou três anos para ser desenrolado completamente. Ambos os pergaminhos continham a bênção sacerdotal de Número 6. No fim, as duas peças foram publicadas apenas em 1989 e, hoje, podem ser vistas no Museu de Israel, em Jerusalém.


5. Pedra Moabita

A Pedra Moabita / Crédito: Divulgação

 

Enquanto caminhava por um mercado em Jerusalém, um missionário encontrou uma tábua de pedra à venda, em 1868. Intrigado, ele percebeu que a peça estava dividida em diversos pedaços, cortada para que pudesse ser vendida à mais pessoas. Datada do século 9 a.C., a placa tinha inscritos em moabita.

Na pedra, estava gravada a frase “Eu sou Messa, filho de Quós, rei de Moabe”. O texto seguinte narrava uma guerra travada em Israel em 850 a.C. sob os olhos do rei de Moabe. A Bíblia também fala sobre a batalha, mas de outra perspectiva. Na placa, Messa destaca suas vitórias, enquanto o Testamento enaltece o movimento de contra-ataque bem-sucedido de Israel.


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INSCRIÇÃO ENCONTRADA EM TÚNEL DE JERUSALÉM PODE CONFIRMAR PASSAGEM BÍBLICA

 

O achado é uma dos mais antigos registros hebraicos encontrados até hoje que possuem relação com a obra da literatura religiosa

Em Jerusalém, foi descoberto ainda no século 19, no ano de 1873, uma inscrição arqueológica em um túnel que aparenta comprovar uma história bíblica, informou o tabloide Express na última segunda-feira, 17.

De acordo com o tabloide, o túnel, conhecido como Siloé ou Ezequias, foi construído há 2.700 anos com o objetivo de fornecer água à Jerusalém, sendo usado para esse fim até os dias atuais. A Bíblia conta a história de que esse espaço teria sido construído pelo rei Ezequias — originando o nome do local.

Tom Meyer, professor de estudos bíblicos e Teologia na Faculdade da Bíblia Shasta (EUA), disse ao tabloide que através das inscrições em questão, encontrou-se uma “ampla evidência arqueológica”, que condiz com o relato na Bíblia.

Pedras coletadas com algumas das inscrições localizadas / Crédito: Autoridades de Antiguidades de Israel 

 

Ele afirma que "ainda que o geógrafo e historiador norte-americano Edward Robinson tenha sido a primeira pessoa a explorar o túnel em tempos modernos, em 1873, um menino local chamado Jacob Spafford – o filho adotivo do famoso autor de hinos Horatio Spafford – enquanto brincava no túnel, tropeçou em uma das mais antigas inscrições hebraicas jamais encontradas, em 1880", afirmou Meyer.

O especialista também sugere que as inscrições achadas por acaso são muito relevantes, não apenas por que autentifica o relato bíblico, mas também por que “é a única inscrição da antiguidade de Israel que comemora um programa de obras públicas e é um dos mais antigos exemplos de escrita em hebraico".

Embora o registro apresente danos irreparáveis, que dificultam o estudo e a análise, Meyer considera que eles contém a descrição de obras de trabalhadores que escavaram o túnel, no qual se comemorava as atividades e feitos.

O professor confessou que o túnel “foi um incrível feito de engenharia”, e acrescentou “junto com a evidência epigráfica – a inscrição de Siloé – o túnel de Ezequias demonstra mais uma vez a veracidade histórica do relato da Bíblia".

A inscrição se encontra no Museu de Arqueologia de Istambul, na Turquia, pois a área onde foi feita a descoberta na época, estava sob dominação do Império Otomano.





Descoberta a Vila onde Jesus alimentou 5.000, andou sobre as águas e curou cego

 

A vila onde Jesus multiplicou pães e peixes para alimentar ao menos 5.000, andou sobre as águas e curou um cego foi descoberta por uma equipe de arqueólogos que trabalhavam em uma escavação perto do Mar da Galiléia. Os especialistas confirmaram que o local onde trabalham há 32 anos é de fato o vilarejo de Betsaida.

O vilarejo é citado nos Evangelhos, como em Mateus no capítulo 14 e em Marcos no capítulo 6, quando Jesus Cristo realiza alguns milagres. Os pesquisadores se dizem convencidos que de fato trata-se da vila mencionada na Bíblia e esperam fazer descobertas sobre o modo de vida da época.

Depois de multiplicar cinco pães e dois peixes, a narrativa bíblica diz que Jesus atravessou o Mar da Galiléia para orar em um monte, enquanto os discípulos ficaram no barco e acabaram sendo levados pelas ondas. Então Jesus dirige-se até eles andando por cima das águas.

Além de ser o lar de Pedro, um dos mais próximos discípulos de Jesus, Betsaida também é mencionada como o lugar onde Jesus curou um cego. No entanto, Jesus acabou amaldiçoando o lugar por conta da dureza do coração dos residentes, que viram os milagres, mas não creram.

A confirmação de que o lugar das escavações é de fato Betsaida foi dada pelo professor Rami Arav, da Universidade Nebraska, que disse não ter dúvidas de que o sítio arqueológico de Et-Tell é na verdade o lugarejo descrito na Bíblia Sagrada.



Fui ameaçado por Adventistas do sétimo dia - Parte 1

Estou fazendo essa postagem cujo assunto é um pouco chato, mas necessário em decorrência do ocorrido e também para garantir a minha segurança.

Um psicapata adventista me ameaçou após uma exposição da epístola de romanos onde mostrei que Paulo ensina que a lei de Moisés não é um caminhão para nossa redenção.
Bastou essa simples afirmação, mas verdadeira para que esse membro da igreja adventista surtasse comigo a ponto de me ameaçar.

O agravante é que dentre as testemunhas tem pastores que trabalham na igreja adventista e outros membros , que por sinal sequer trataram de reprende-lo.
Pelo contrário, ainda acharam normal uma ameaça como se isso fosse algo comum para eles.

Infelizmente estou tendo que expor essa situação para minha própria segurança.
Na próxima postagem farei um vídeo no YouTube e disponibilizarei os links da ameaça bem como o nome dos envolvidos, inclusive funcionários da igreja adventista do sétimo dia.

Peço que ajudem divulgando esse material

Reflexão do Dia - Evangelho Segundo Mateus 13:44-52

Paz, graça e bem,

A reflexão de hoje é sobre o relato um Evangelho segundo Mateus onde Cristo nos descreve ,simbolicamente, o Reino dos Céus. De acordo com o contexto, o discurso de Cristo foi dirigido aos discípulos e as multidões que se reuniam à beira-mar. Porém, Mateus ao descrever esse episódio organizou o texto de forma a responder aos questionamentos de sua comunidade que vivia um momento de crise. Ou seja, o objetivo é de motivar sua comunidade a fazer opção pelo Reino, por isso as parábolas são muito mais motivadoras do que propriamente descritivas.
Aceitar o Reino e seus valores pode exigir exigi coragem, posiões radicais e inadiáveis. Essa parábola que analisaremos evidencia as contradições , mas também a diversidade do Reino dos Céus, prevenindo assim as comunidade cristãs de todas épocas e locais contra todo e qualquer puritanismo e segregação.


“O Reino dos céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo” (Mateus 13: 44) ⇒⇒ um tesouro no contexto era um vaso cheio de joias valiosas que os proprietários enterravam em suas propriedades quando percebiam perigo de guerras, invasões ou saques. Quando um proprietário suas terras para fugir às pressas ele enterrava seu tesouro, imaginando que um dia poderia voltar. Normalmente esses tesouros eram encontrados depois de muitos anos por pessoas que sequer sabiam de sua existência.
Jesus está ensinando que o homem que encontrou o tesouro não fez esforço algum, pois é o Reino que vem ao nosso encontro “o Reino dos céus está próximo” (Mateus 10:17). O Reino é subversão, pois le desestabiliza a normalidade das coisas, tanto a política quanto a religiosa.

“O Reino dos céus é como um comprador de pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola” (Mateus 13:45-46) ⇒⇒ O importante não é a forma como o Reino foi encontrado, mas a decisão tomamos para participarmos dele, ou para i possuirmos na linguagem das parábolas. Viver uma vida pautada pelos valores do Reino: justiça social, amor aos pobres, solidariedade e coragem para lutar contra o sistema político e religioso opressor o que impede o seu crescimento.

“O Reino dos céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam os que não prestam” (Mateus 13:47-48) ⇒⇒ Muitos teólogos relacionam esse texto com o relato do joio e do trigo, embora haja semelhanças, as diferenças são bem maiores.
Desde a comunidade dos apóstolos havia entre eles uma tendência equivocada de querer ser uma comunidade de santos, puritanos, justos guardadores da lei ou os eleitos, uma comunidade separada , segregada. Essa péssima tendência é um obstáculo à concretização do Reino.
Através da parábola da rede, Jesus ensina o universalismo do Reino, marcado pela diversidade e inclusão. Jesus não nos chama para pescarmos pessoas boas, santas, fariseus guardadores da lei, Ele nos convoca para pescarmos seres humanos, sem distinção nem classificação.
O mar onde a rede é lançada é sempre imprevisível, não sabemos o que virá na rede. Isso é um desafio para as comunidades cristãs e uma advertência a qualquer tendência legalista e separatista. Outra questão importante que o mestre de Nazaré nos ensina: nas comunidades cristãs não pode haver juízes, mas tão-somente irmãos e irmãs.

“Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos. E lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 13:50) ⇒⇒ Via de regra as explicações das parábolas são acréscimos do autor e aqui temos uma advertência para evitar julgamentos e condenações. É uma forma de dizer que ninguém pode julgar o outro. Somente no final do evangelho quando o tema juío é retomado, Jesus estabelece o critério no julgamento: opção pelos pobres, marginalizados e por aqueles que lutam contra os sistemas políticos e religiosos opressores.

“Compreendestes tudo isso?” (Mateus 13:51). ⇒⇒ Jesus apresentou o reino através de parábolas , no total foram 7 parábolas, que representa a plenitude, completude. Ou seja, Jesus já disse tudo que deveria ser dito sobre o reino e o que é necessário para compreendê-lo em sua totalidade.
A compreensão neste caso significa a aceitação da sua mensagem: não se trata de uma abstração teórica, mas sobretudo de um novo jeito de se viver.

“Então Jesus acrescentou: ‘Assim, pois, todo o mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mateus 13:52). ⇒⇒ esse texto é um traço autobiográfico de Mateus, um exemplo de como um escriba guardador da lei se converte e se torna um discípulo. Tirar as coisas novas e velhas do grande tesouro
As coisas velhas são a Lei e os profetas, enquanto as coisas novas são os ensinamentos de Jesus.


Paz, graça e bem,
Renato Barbosa

Ellen White profetizou que Jesus voltaria em 1850 ou 1851

A profecia

Jesus voltaria em 1850 ou, no máximo, em 1851. Essa foi a profecia que Ellen White recebeu em 27 de junho de 1850. Assim ela relata o recebimento da profecia:
O anjo que me acompanhava disse: “O tempo está quase acabado….” […] Então vi que as sete pragas deviam logo ser derramadas sobre aqueles que não têm proteção. […] Mas agora o tempo está quase acabado, e aquilo que levamos anos aprendendo eles terão de aprender em uns poucos meses.2
Repare as palavras da própria Ellen: “‘O tempo está quase acabado….’ [A]quilo que levamos anos aprendendo, eles terão de aprender em uns poucos meses“.

Deus, o primeiro culpado pelo não cumprimento da profecia

Só que a profecia não se cumpriu. A Ellen tinha consciência disso. O jeito foi pôr a culpa em Deus:
A relutância de Deus em fazer com que seu povo pereça tem sido o motivo de uma demora tão grande.3

Plágio e Ilustrações pirateadas em “O Grande conflito”

À esquerda ilustração no livro The history of Protestantism, escrito por J. A. Wylie e publicado em 1878. À direita a mesma ilustração, pirateada, no livro The great controversy, de Ellen White, edição publicada em 1885. Destaque em vermelho: nome do artista apagado e, em seu lugar, escrito o nome da editora adventista.
RESUMO
  • “O grande conflito”, o mais famoso livro adventista, tem sérios problemas de autoria. A autora copiou o que outros escritores haviam escrito.
  • Mas o problema não é só esse. Na edição do “O grande conflito”, publicada em 1885, as ilustrações foram pirateadas.
  • As imagens reproduzidas aqui mostram que ilustrações foram tiradas de um livro publicado sete anos antes.
  • Além disso, ilustrações foram alteradas, cortando partes da imagem e acrescentando outras.
  • Nomes dos artistas que fizeram as ilustrações chegaram a ser apagados. Em se lugar puseram o nome da editora adventista.
  • Algumas perguntas inconvenientes. Uma delas: Que avaliação você faz da pirataria denunciada nesta postagem?

Plágios adventistas

Hoje quero falar das ilustrações pirateadas em The great controversy [ O grande conflito ], o mais famoso livro escrito pela “profetisa” adventista Ellen White.
Mas, antes disso, é preciso lembrar que os livros “escritos” por Ellen White estão repletos de plágio. Ou seja, a Ellen usou ideias e palavras de outro autores como se fossem dela. Aliás, esse é um problema que vem sendo denunciado e documentado há muitos e muitos anos. Há até mesmo estudos encomendados pela direção da própria Igreja Adventista do Sétimo Dia que comprovaram que, em boa parte de The desire of the ages [O desejado de todas as nações], a Ellen copiou muito, mas muito mesmo.1

Problema com ilustrações de O grande conflito

Mas pouco se fala de uma denúncia feita por Walter T. Rea em 1982. No livro The White lie,2 o autor, que na época ainda era pastor adventista, não apenas acusou de plágio várias obras de Ellen White, mas também demonstrou que até ilustrações encontradas em O grande conflito foram roubadas de outro livro.
Isso aconteceu na terceira edição do livro O grande conflito, de autoria da Ellen White. Essa terceira edição foi publicada em 1885 pela editora Pacific Press, situada na cidade de Oakland, Califórnia, e é a única que foi publicada com ilustrações.3
Conforme denunciado por Rea, as ilustrações foram copiadas de The history of Protestantism [A história do protestantismo], livro escrito pelo escocês J. A. Wylie e publicado em 3 volumes em 1878.4
fonte: aqchivewhite, noasd.com