ENORME MOSAICO ROMANO É DESCOBERTO EM ANTIGO COMPLEXO DE VILAS NA ESPANHA

 Segundo os pesquisadores, este é um dos maiores mosaicos já descobertos na região

Mosaico encontrado no sul da Espanha

Mosaico encontrado no sul da Espanha - Divulgação/Universidad de Jaen

Na pequena cidade de Rus, no sul da Espanha, pesquisadores identificaram um complexo de vilas romanas que foi denominado de El Altillo. As mais recentes escavações revelaram algo impressionante: um enorme mosaico romano. As informações são do Heritage Daily.

Uma equipe de arqueólogos da Universidade de Jaén foi responsável pela pesquisa, contando com o apoio do Ministério da Cultura e Patrimônio da Junta de Andalucía. As vilas romanas remontam ao século 4, mas foram ocupadas ao longo dos séculos 1 e 5.

O mosaico encontrado é um dos maiores já encontrados na região do sul da Espanha, conforme explicaram os especialistas. Ele tem proporções de 9 por 18 metros e apresenta desenhos geométricos e padrões guilhoché. 

Crédito: Divulgação/Universidad de Jaen

 

O presidente da Câmara Municipal de Rus, Manuel Hueso, afirmou: “Assumimos um compromisso muito determinado com o património de Rus, não só para valorizar o que consideramos ter potencial para divulgar a história do município, mas também para reescrever a história do olival na província”.

Além do mosaico, um cemitério, um forno de olaria para fazer ladrilhos e um moinho usado para produzir azeite foram encontrados durante as escavações que foram lideradas pelos arqueólogos Marcos Soto Civantos e José Luis Serrano Peña.

A bíblia do mar morto

 

Fragmentos de um manuscrito religioso de dois mil anos encontrados em Israel refazem a história do início do cristianismo

Crédito: Ammar Awad

PERGAMINHO (Crédito: Ammar Awad)

TESOUROS A cesta mais antiga do mundo e restos de objetos pessoais: luz sobre o cotidiano da época (Crédito:MENAHEM KAHANA)

A descoberta de uma coleção de objetos históricos feita por um grupo de arqueólogos israelense e divulgada na terça 16 é a mais importante dos últimos 60 anos. Entre tesouros que remetem ao início do cristianismo, as peças encontradas estabelecem um vínculo entre o povo judeu e a região. “Os pergaminhos comprovam a presença judaica desde o período do Império Romano”, afirma Samuel Feldberg, pesquisador do Centro Dayan da Universidade de Tel Aviv. Na “Caverna do Horror”, na região de Nahal Hever, foram encontrados, dezenas de fragmentos de textos bíblicos que integram a coleção de manuscritos judeus. A inóspita caverna fica no Deserto da Judeia, no Mar Morto, mas os trabalhos de escavação se estenderam até a fronteira com a Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967. O professor Feldberg explica que a “Caverna do Horror” ganhou essa alcunha devido às ossadas encontradas lá.

O novo trabalho arqueológico ainda precisa ser desvendado a contento, uma vez que os documentos encontrados estão escritos em grego arcaico. Apenas a palavra “Deus” foi identificada em paleo-hebraico, idioma do período do primeiro Templo de Salomão, datado do século 11 antes de Cristo. “Era o período conhecido como a ‘Revolta de Bar Kokhba’, quando rebeldes judeus se revoltaram contra a destruição do templo pelos romanos e fugiram para as cavernas”, explica Feldberg. Esse grupo de judeus, no entanto, acabaria morrendo de fome.

Divulgação

No rolo recém-revelado há partes do livro dos Doze Profetas Menores, ou seja, os 12 últimos livros proféticos do Antigo Testamento. Até agora tinham sido reconstruídas onze linhas do texto grego traduzido de Zacarias, bem como versículos de Naum. Eles se juntam a outros nove fragmentos já conhecidos que foram descobertos em 1953. Para realizar o trabalho de verificação da área foram utilizados drones; para alcançar os desfiladeiros, os arqueólogos usaram técnicas de escalada, como o rapel.

A cesta de dez mil anos

Os arqueólogos apresentaram uma cesta de fios trançados de 10.500 anos em perfeito estado de preservação. Acredita-se que o utensílio é do período Neolítico pré-olaria e seja capaz de comportar um volume de até 100 litros. A cesta é tida como a mais antiga do mundo. “O clima árido e desértico contribui para a conservação dos materiais arqueológicos”, afirma Sónia Cunha, arqueóloga da HV Arqueologia, Conservação e Gestão. Também foi encontrado um esqueleto mumificado de uma criança em posição fetal com cerca de seis mil anos. “Ela tem o corpo inteiro envolvido com um pano, assim como um pai cobre seu filho com um cobertor”, disse o historiador Runit Lupu.

Entre os achados estão pontas de flechas e lanças, tecidos, sandálias, pentes – usados para enfeitar e no combate aos piolhos. Todos esses objetos jogam luz sobre o cotidiano dos judeus que se abrigaram nas cavernas para fugir do domínio romano. Os arqueólogos desvendaram ainda outro esconderijo, também do período da ‘Revolta de Bar Kokhba’, cheio de moedas desenhadas com símbolos judeus, como a harpa e a tamareira. Como o local é alvo constante de saqueadores de relíquias arqueológicas, o governo israelense agiu rapidamente para chegar antes dos bandidos ao local. Graças à nova descoberta, “uma quantidade maior de recursos será alocada para novas operações”, garantiu Israel Hasson, diretor geral da Autoridade de Antiguidades do país. “Precisamos garantir que vamos recuperar todo esse tesouro, incluindo peças que ainda não foram descobertas, antes que os ladrões o façam”, disse.

Governo de Israel confisca templo cristãos

 Uma carta com as assinaturas de Teófilo III (patriarca ortodoxo grego de Jerusalém), Nurhan Manougian ( patriarca apostólico armênio de Jerusalém) e do padre Francesco Patton ofm (Custódio da Terra Santa), denunciam mais uma vez o confisco das propriedades eclesiásticas em Israel.

A intenção de uma lei israelense de tentar confiscar propriedades eclesiásticas em Israel não foi cancelada e nem arquivada: este projeto, que continua com seu processo de aprovação, configura-se como "um ataque sistemático e sem precedentes contra os cristãos da Terra Santa", capaz de violar "os direitos mais básicos" e minar "o tecido delicado das relações". "Construído há décadas entre comunidades cristãs locais com o Estado judeu.

É o que escrevem líderes cristãos, responsáveis pela gestão compartilhada do Santo Sepulcro, em uma carta enviada a Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel, na qual pedem ao premier israelense para que "aja rapidamente e decisivamente para bloquear o projeto cuja promoção unilateral forçará as Igrejas a responderem da mesma maneira ".

A carta traz as assinaturas de Teófilo III - o patriarca ortodoxo grego de Jerusalém -, Nurhan Manougian - o patriarca apostólico armênio de Jerusalém - e do padre Francesco Patton ofm, Custódio da Terra Santa.

A mensagem dos três líderes cristãos parece fazer ressurgir a controvérsia com o governo israelense, que no final de fevereiro, constringiu as igrejas locais a usar como forma de protesto o "fechamento" do Santo Sepulcro, do domingo 25 à terça-feira, 27 de fevereiro.

Na época, o projeto de lei que havia provocado a reação dos líderes cristãos, visava garantir ao governo israelense a possibilidade de confiscar as propriedades eclesiásticas que no passado haviam sido alugadas por longos períodos - até 99 anos - ao Fundo Judaico Nacional, e que nos últimos tempos os mesmos eclesiásticos, para lidar com suas dívidas, teriam vendido para grandes grupos imobiliários privados.

O Parlamento israelense tem trabalhado durante algum tempo neste projeto de lei, autorizando a expropriação destas terras pelo Estado de Israel, com o objetivo de remover estas propriedades de possíveis disputas legais, para proteger os proprietários de casas e edifícios construídos neste período nessas terras.

Em fevereiro, os líderes das Igrejas locais suspenderam os protestos depois que o governo israelense prometeu iniciar negociações com as partes eclesiásticas preocupadas com a polêmica em questão. Agora, os três signatários da carta a Netanyahu relatam que souberam pela mídia que o projeto de lei por eles contestado, não foi arquivado, e está prestes a ser submetido ao Comitê Ministerial para aprovação futura.

A parlamentar israelense Rachel Azaria, responsável pelo projeto de lei, respondeu às preocupações dos líderes eclesiásticos. De acordo com Azaria, o projeto de lei visa apenas proteger os moradores que moram em casas construídas em terras pertencentes às Igrejas, subtraindo essas propriedades a possíveis especulações.

A parlamentar ressaltou ainda que o novo projeto de lei visa oferecer salvaguardas gerais para a proteção de pequenos proprietários de casas em terras potencialmente sujeitas a disputas legais, sem conter referências específicas a propriedades eclesiásticas.

(Agência Fides)