Espetáculo imersivo revela o esplendor da catedral de Notre Dame, em Paris

 

Com a ajuda da tecnologia, expedição em realidade virtual leva os espectadores a descobrir a catedral de Paris sob uma nova ótica

Éuma jornada imersiva única que vai deslumbrar a todos. Uma viagem no tempo e no espaço quase que inimaginável. Usando um fone de ouvido de realidade virtual e equipado com uma pequena mochila técnica, os espectadores podem entrar na Notre Dame como se estivessem lá fisicamente. Uma viagem possível graças à tecnologia avançada da empresa Emissive, com a colaboração da Amaclio Productions, especializada na produção de espetáculos extraordinários.

Como se locomover fisicamente na Notre Dame

Em uma grande sala vazia, cinquenta pessoas são convidadas a passear livremente. Vestindo capacetes e óculos de realidade virtual, a jornada do espetáculo “Notre Dame Eterna” começa. Como uma máquina do tempo real, o visitante de repente se encontra nas ruas medievais de Paris. Está escuro, e perto dele está um companheiro de dever que, ao longo da viagem, acompanha o visitante através dos séculos e lugares para explorar as diferentes épocas de Notre Dame. No passeio em 360​​° descobrimos a rue Neuve e a fachada da Notre Dame de Paris, cuja obra ainda não está concluída. Durante a expedição, um segundo personagem nos recebe, Guillaume d’Auvergne, 

Rue Neuve, em frente à Catedral de Notre-Dame.

A viagem toda é assim. Como um passeio pelo coração do canteiro de obras de Notre Dame, desde a sua construção até o incêndio que devastou o telhado. Caminhamos, damos meia volta, inclinamo-nos, pulamos, evitamos obstáculos… Passaram-se alguns momentos e estamos imersos no interior do edifício, na época da construção. Alguns passos para fora e descobrimos os operários, ao pé do edifício, cortando as pedras que serão usadas para elevar a Notre Dame. Não precisamos rezar para subir no andaime (sem sentir um pouco de tontura) para descobrir um pouco mais de perto a estrutura de pedra que será usada para acomodar os vitrais das três grandes rosas de Notre-Dame. 

O canteiro de obras de Notre-Dame de Paris nos tempos medievais

Depois de alguns minutos deslumbrantes de admiração para descobrir todo o poder da mensagem espiritual, aqui estamos no espaço mais sagrado catedral: seu coro, equipado como no tempo de São Luís. Deste novo layout nascerá a incrível Pietà, milagrosamente preservada do fogo e cuja imagem viva, no meio das chamas, permanece gravada em nossas memórias. 

A grande rosa de Notre Dame.

A viagem continua nas alturas, na plataforma do órgão, suporte musical essencial para a liturgia. Viollet-le-Duc nos espera lá e nos apresenta o projeto de sua vida: seu novo pináculo imaginado no espírito medieval e que devolverá a catedral à sua verticalidade. A subida continua na torre norte no meio dos sinos e, depois, na varanda, oferecendo uma vista deslumbrante da capital. 

O altar medieval no tempo de São Luís. A coroa de espinhos de Cristo é colocada na almofada vermelh

Uma jornada espiritual ao coração de uma fé milenar

Toda a magia desta viagem no tempo é esta: ir além da simples força da nossa imaginação para nos permitir descobrir Notre Dame ao longo dos séculos como se lá estivéssemos. Uma máquina do tempo que, sem dúvida, trará à tona a alma da criança escondida dentro de cada um, apoiada por um discurso poderoso onde a alma de Notre Dame não foi esquecida.

Arqueólogos escavam segunda sinagoga na cidade bíblica de Madalena

 

É a primeira vez que duas sinagogas são descobertas na mesma cidade galileia

Arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) fizeram uma descoberta única no local da cidade natal de Maria Madalena. Uma nova sinagoga foi descoberta em uma cidade galileia do período do Segundo Templo.

A escavação vem logo após a descoberta de 2009 de uma sinagoga ornamentada no lado residencial da cidade. Ruth Schuster, do Haaretz, relata que o local recém-descoberto é menor do que o outro local e está localizado na seção industrial da vila de pescadores de Migdal, fundada no século II a.C.

De acordo com a reportagem, o Talmude Babilônico se refere à cidade como “Magdala Nunayya”, que significa “Cidade de Peixes”. Ambos os locais foram firmemente datados do período do Segundo Templo, o que significa que provavelmente estavam em uso durante o tempo de Cristo.

Os edifícios

As estruturas eram feitas dos mesmos materiais, principalmente basalto vulcânico e calcário. Elas também foram projetados da mesma forma, com uma sala de reuniões central e salas nas laterais. Na decoração, no entanto, os interiores diferiam. A sinagoga ornamentada tinha em suas paredes mosaicos coloridos, enquanto a edificação menor era mais simples.

Especialistas não têm certeza do porquê havia duas sinagogas na mesma cidade. Seria fácil supor que uma fora construída depois da outra, mas artefatos encontrados nos locais sugerem que ambas estavam ativas ao mesmo tempo. É possível que a população de Migdal fosse tão grande que uma sinagoga não fosse suficiente. Registros do historiador judeu da era romana Flávio Josefo sugerem que a cidade ostentava cerca de 40.000 cidadãos.

Duas sinagogas, uma cidade

O professor Adi Erlich, chefe do Instituto Zinman de Arqueologia da Universidade de Haifa, sugere que uma população judaica tão grande naturalmente precisaria de mais pontos de encontro.

“O fato de termos encontrado duas sinagogas mostra que os judeus do período do Segundo Templo estavam procurando um lugar para reuniões religiosas, e talvez também sociais.”

Uma pista vem do que sabemos sobre a história da prática do judaísmo. Durante a era do Segundo Templo, o ritual e a adoração judaicas estavam centrados no Templo, em Jerusalém.

Embora as sinagogas de hoje sejam semelhantes às igrejas em sua função, nos tempos bíblicos essas casas provavelmente eram usadas para reuniões comunais e aprendizado da Torá.

Também é significativo que os dois edifícios estivessem em lados opostos da cidade. Isso pode significar que cada edificação atendia a uma comunidade diferente que vivia na mesma cidade. As grandes diferenças vistas na decoração também poderiam sugerir que cada edifício estava atendendo a uma classe diferente da sociedade.

Como ambas sinagogas estavam ativas na virada do século I, é bem possível que a família de Maria Madalena frequentava um desses locais. Jesus também é apontado como tendo visitado a cidade, embora ainda não tenha sido encontrada nenhuma indicação de que ele visitou qualquer uma dessas edificações.

Ruínas de 1,5 mil anos com inscrições bíblicas são encontradas no Egito

 

A descoberta, feita por arqueólogos da França e da Noruega, inclui destroços de três igrejas e cláusulas de monges, e revelam como era a vida monástica entre os séculos 4 a 6 d.C.

Inscrições bíblicas encontradas nas paredes de uma das igrejas (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

Inscrições bíblicas encontradas nas paredes de uma das igrejas (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

Arqueólogos da França e da Noruega encontraram um complexo em ruínas contendo inscrições bíblicas próximo a Qasr Al-Agouz, na região do oásis Bahariyya, no Egito. A descoberta, de mais de 1,5 mil anos, revela os bastidores da vida monástica na localidade entre os séculos 4 a 6 d.C.

Parte do complexo foi descoberta originalmente em 2020, mas o achado só foi anunciado neste sábado (13), pelo Ministério Egípcio de Antiguidades. Em uma publicação no Facebook, a pasta informa que o local é composto por vários edifícios de basalto, rocha e tijolos de barro.

Ao todo, são “seis setores contendo as ruínas de três igrejas e cláusulas de monges” cujas “paredes ostentam grafites e símbolos com conotações coptas [cristãs-egípcias]”, conforme descreve na postagem Osama Talaat, chefe de Antiguidades Islâmicas, Coptas e Judaicas do ministério.

Ruínas cristãs descobertas no Egito  (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

Ruínas cristãs descobertas no Egito (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

De acordo com o chefe da expedição arqueológica, Victor Ghica, no ano passado os pesquisadores já tinham encontrado 19 estruturas nos seis setores, além de uma das três igrejas esculpida em uma rocha. As paredes do templo religioso tinham inscrições e passagens bíblicas em grego, o que revela “a natureza da vida monástica na região”, segundo o especialista.

Além disso, os arqueólogos detectaram resquícios do antigo refeitório de uma das igrejas, além da residência onde ficavam os monges e seus vários quartos. Mas as descobertas não pararam por aí: eles também acharam objetos da época como peças de cerâmica com escritos gregos, além de antigos textos em grego.

Pergaminho de 1,9 mil anos com texto bíblico é encontrado em Israel

 

Expedição à “Caverna do Horror”, no Deserto da Judeia, também resultou no achado de um esqueleto de criança de 6 mil anos e uma cesta de 10,5 mil anos, que seria a mais antiga do mundo

Pedaços com traduções gregas de versículos dos livros bíblicos de Zacarias e Naum (Foto: Divulgação/Shai Halevi/Autoridade de Antiguidades de Israel)

Pedaços com traduções gregas de versículos dos livros bíblicos de Zacarias e Naum (Foto: Divulgação/Shai Halevi/Autoridade de Antiguidades de Israel)


Arqueólogos em Israel revelaram, nesta terça-feira (16), a descoberta de um esqueleto de criança de 6 mil anos e de fragmentos de um pergaminho bíblico de 1,9 mil anos. O texto faz parte da antiga coleção dos Manuscritos do Mar Morto, encontrada por pastores beduínos na Cisjordânia, em 1946.

O pergaminho recém-divulgado contém 80 fragmentos escritos em grego, com apenas o nome de Deus destacado em hebraico. No total, inclui partes dos livros de Zacarias e Naum, que fazem parte dos escritos conhecidos como Livro dos Doze Profetas Menores.

Os fragmentos do pergaminho bíblico foram encontrados por pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), que localizaram os itens em um local conhecido como “Caverna do Horror”, no Deserto da Judeia, onde também foram encontrados 40 esqueletos na década de 1960.

Os achados fazem parte de um projeto do governo israelense lançado em 2017 para pesquisar as cavernas do deserto e recuperar artefatos. A principal hipótese é que o pergaminho tenha pertencido a rebeldes judeus que fugiram para as colinas após uma fracassada revolta contra o domínio romano no século 2.

Ter o documento histórico em mãos não foi fácil. Isso porque a “Caverna do Horror” fica a 80 metros abaixo da superfície e só pode ser alcançada por meio de rapel. Lá os pesquisadores também encontraram os restos mortais de 6 mil anos, que são de uma criança cujo corpo estava mumificado pelo clima seco do local.

Esqueleto de criança datado de 6 mil anos que foi encontrado em Israel (Foto: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel)

Esqueleto de criança datado de 6 mil anos que foi encontrado em Israel (Foto: Divulgação/Autoridade de Antiguidades de Israel)

Após fazerem uma análise com tomografia computadorizada, os especialistas descobriram que se tratava de uma menina que morreu quando tinha entre 6 e 12 anos de idade. O cuidado no modo de enterrá-la com um cobertor, em posição fetal em uma cova rasa, chamou bastante atenção.