Mosaico de 1,6 mil anos retrata a busca por Canaã

Arqueólogos encontraram uma série de mosaicos em uma sinagoga da região da Galileia, no norte de Israel, que mudam a compreensão da história do judaísmo
Antes de chegar à Canaã, a terra prometida, Moisés mandou doze de seus seguidores para sondar o local. Ele queria conhecer as pessoas que viviam em Canaã, saber se o solo era fértil e de que gosto era o fruto — isso tudo de acordo com a Bíblia.

A passagem é uma das que estão representadas em mosaicos em uma antiga sinagoga descoberta por arqueólogos na região da Galiléia, norte de Israel, cujo parte do território, segundo acreditam historiadores, fez parte do que teria sido a terra prometida.

Os primeiros mosaicos da sinagoga Huqoq foram descobertos pela equipe da arqueóloga Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em 2012. Desde então, a cada rodada de pesquisas, encontram novos.

Neste ano, os especialistas e estudantes da equipe concentraram seus esforços em uma série de painéis de mosaico no corredor norte. Magness disse que esta série faz parte da mais rica e diversificada coleção de mosaicos já encontrada em uma sinagoga antiga.


Em um dos mais detalhados, mostra dois dos enviados de Moisés logo após "eles cortaram um galho contendo um único cacho de uvas. Dois deles o carregaram em um mastro entre eles, junto com algumas romãs e figos", de acordo com a tradução da Bíblia da Nova Versão Internacional.

Em outro, um jovem leva um animal em uma corda. É uma referência à Isaías 11: 6, com uma inscrição dizendo: "uma criança pequena os guiará". Cenas bíblicas, como a arca de Noé, a divisão do Mar Vermelho, a Torre de Babel, e Sansão e as raposas, bem como mosaicos de elefantes, cupidos e até Alexandre, o Grande, também são representados.


Segundo Magness, os mosaicos foram feitos no início do século 5, quando a região estava sob o domínio cristão de Roma. "Os mosaicos que decoram o piso da sinagoga Huqoq revolucionam nossa compreensão do judaísmo neste período", contou

"A arte judaica antiga é freqüentemente considerada anímica, ou carente de imagens. Mas esses mosaicos coloridos e cheios de cenas figuradas atestam uma rica cultura visual, assim como o dinamismo e a diversidade do judaísmo nos últimos períodos romano e bizantino."

Não é raro que as sinagogas desse período contenham arte bíblica. "O que é incomum é a riqueza e diversidade das cenas em nossa sinagoga", disse Magness à Live Science. "Não há outra sinagoga em Israel que tenha tantas cenas a decorando. E muitas das cenas em nossa sinagoga não são encontradas em nenhuma outra."

Conheça a Pedra de Roseta, que mudou a história da arqueologia

Nenhuma pedra é tão famosa quanto a de Roseta. O fragmento de um bloco que pesa quase uma tonelada, mede 118 centímetros, tem 77 centímetros de largura e 30 de espessura, foi fundamental para a compreensão da história do Egito antigo.
É que o objeto, encontrado na cidade de Roseta, próxima a Alexandria, pelo exército de Napoleão em 1799, tem uma mensagem escrita em três línguas: hieróglifos, demótico e grego. Os primeiros eram uma combinação de elementos iconográficos, silábicos e alfabéticos, com mais de mil caracteres diferentes, usados na escrita forma egípcia. A segunda era a língua popular no Egito, usada no dia a dia. E a terceira era a língua administrativa.

O que diz o texto na pedra?

O texto é um decreto de 196 a.C., promulgado em nome do faraó Ptolomeu V na cidade de Mênfis. Ele foi elaborado por sacerdotes e declara que o faraó era um grande governante, seguidor dos deuses e que a mensagem deveria ser compartilhada entre os súditos. Uma humildade bem típica naqueles tempos.

Quem traduziu?

A pedra virou o trabalho da vida do linguista francês Jean-François Champollion, que também era professor de história, o que facilitou a missão. Ele trabalhou na tradução de 1822 e 1824, comparando as três línguas para transcrever o decreto. Com isso, conseguiu uma espécie de “chave mestre” para traduzir muitos outros documentos encontrados. Além dele, o físico inglês Thomas Young ajudou no trabalho. Até então, os 3 mil anos de história egípcia eram contados na base do “achismo”, visto que ninguém entendia de fato o que todos aqueles hieróglifos nas paredes dos templos significavam.

Onde ela está hoje?

Por alguns anos na época da descoberta, os franceses ficaram com a pedra de Roseta. Entretanto, perderam a posse do Egito para os ingleses e, em 1801, ela foi transportada para o Museu Britânico, em Londres. Atualmente, é possível também visitá-la online: no ano passado, o museu passou a disponibilizar uma visão em 3D para explorar o artefato. 


O Evangelho da Generosidade

"Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros." Marcos 12:43 
Ser generoso é dar de coração, o contrário da generosidade é dar do que sobra, do que não faz falta e do que não significa nada. Isso vale para qualquer esfera da nossa vida onde quer que estejamos. 
Quando alguém lhe pede um favor ou uma ajuda você pode ajudá-lo de forma muito generosa, mas também pode fazer isso com desdém ou ajudar como se isso não significasse nada para você.
No Reino de Deus, o Senhor conta com pessoas generosas, e generosidade não significa ter muito dinheiro ou riqueza.

A única coisa que a viúva tinha era sua pobreza e ela deu tudo ao Senhor. Muitos freqüentavam o Templo jogavam as moedas no gazofilácio para fazer barulho e chamar a atenção, mas esses não deram absolutamente nada ao Senhor, porque deram com desdém, deram o que lhes sobrava ou, muitas vezes, para chamar atenção.

O primeiro exemplo para nós é o próprio Deus, Ele é extremamente generoso conosco. O amor que Ele tem por nós não é pouquinho, não é dado em parcelas nem numa pequena quantidade. O amor de Deus é pleno e total.

Deus não nos dá um meio de salvação mesquinho, Ele nos dá o Seu próprio Filho, dá-nos o Seu Santo Espírito. A generosidade de Deus forma corações generosos.
O fato dessa mulher ser viúva fazia com que ela fosse desprezada, um peso para a sociedade. Essa é a grande lição, pois no seu desprezo e na sua viuvez, não tendo nada financeiramente, ela tirou o seu melhor para colocar no templo.
Se temos de dar algo ao nosso próximo, que procuremos dar o melhor. A generosidade é virtude dos grandes, daqueles que são curados e transformados por Deus.
Renato Barbosa
Editor

Museu de Arqueologia Bíblica da América Latina


O único museu de arqueologia bíblica da América Latina atrai mídia
Reunindo raro acervo, o Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, mantido pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White, é a única instituição do gênero em toda a América Latina. Localizado na região da Grande Campinas, o museu atrai a atenção da mídia nacional. 

Inaugurado em 14 de maio de 2000, suas 250 peças raras testificam a fidelidade do texto bíblico em sua relação com a história.
A divulgação da veracidade do relato bíblico deve-se à participação do doutor Rodrigo Pereira da Silva, curador-adjunto do museu e especialista em Arqueologia, em programas do Sisac (Sistema Adventista de Comunicação), da Rádio Novo Tempo e em reportagem da revista evangélica Eclésia.

As mais antigas peças do museu datam do período de Abraão, cerca de 2.100 anos antes de Cristo. Existem lâmpadas, inscrições talhadas em cuneiforme e moedas dos tempos de Cristo. Embora haja réplicas, a maioria das peças é autêntica. “Aproximadamente 80% das peças são originais”, relata Rodrigo.

Descoberta cidade de Pedro, Filipe e André

Uma equipe de arqueólogos crê ter encontrado num lugar hoje chamado El Araj a antiga cidade de Betsaida, terra natal dos apóstolos de Jesus Pedro, Filipe e André

O historiador Flávio Josefo (37-100 d.C.) chamou-a de Julias, mas antes era conhecida como Betsaida, uma aldeia de pescadores onde nasceram os apóstolos Pedro, Filipe e André e que foi transformada numa cidade do Império Romano. Até agora não se sabia do seu paradeiro, mas das escavações arqueológicas num local chamado El Araj, na costa norte do Mar da Galileia, saíram provas de que a cidade mencionada no Novo Testamento esteja a ser desenterrada, noticia o Haaretz.

Os arqueólogos israelitas encontraram uma casa de banhos numa camada de terra que remonta ao período romano tardio, entre o século I a.C e III a.C., dois metros abaixo do nível do período bizantino. O estrato romano continha fragmentos de cerâmica, de mosaicos e as ruínas de um balneário. Além disso, foram encontradas duas moedas: uma de bronze do final do século II a.C. e um denário de prata com o retrato do imperador Nero datado dos anos 65-66 d. C.
Noutro local da escavação foram ainda descobertas peças de vidro dourado que compunham uma tessela (um conjunto decorativo), um indicador de que a cidade teve, mais tarde, uma igreja importante. Também esta descoberta faz sentido com outras peças da História: o príncipe e bispo Vilibaldo da Baviera (mais tarde São Vilibaldo) esteve na Terra Santa e visitou Betsaida em 725 d.C., tendo dado testemunho de que tinha sido construída uma igreja no local onde antes viveram os apóstolos Pedro e André.

A equipe de arqueólogos vai prosseguir com as escavações.

Local onde Jesus teria multiplicado pães e peixes

Arqueólogos israelenses encontraram nos arredores do Mar da Galileia (Lago Tiberiades ou Kinneret) os restos de Betsaida (Julias), o povoado onde, de acordo com a tradição cristã, os apóstolos Pedro, André e Felipe moravam e onde aconteceu o milagre da multiplicação dos pães e peixes.

"Encontramos o que parece ser a cidade dos três apóstolos, onde Jesus multiplicou os pães e os peixes", afirmou nesta segunda-feira à Agência Efe o arqueólogo Mordejai Aviam, do Kinneret College, em Israel, que há três anos trabalha neste projeto.

Na margem nordeste do Mar da Galileia, a equipe vasculhou o lugar onde, conforme o Novo Testamento, estiveram três dos apóstolos de Jesus, a Reserva Natural do Vale de Betsaida, como é conhecida hoje.

Há pouco tempo, Aviam achou, com mais 25 arqueólogos e voluntários, uma capa do período das Cruzadas, uma feitoria de açúcar do século XIII, um mosteiro e o que parece ser uma igreja. Dois metros debaixo do solo encontraram restos do período bizantino, que se remonta à etapa final do Império Romano e que nos seus primeiros anos de vida se estendeu por todo o Mediterrâneo Oriental.

Tempo atrás tinha sido descartada a possibilidade de encontrar algo deste período da história, mas foi a aparição de uma peça de cerâmica em 2014 que fez que a equipe se concentrasse mais nesta área e o que fez aumentar as expectativas.

"Existem moedas, cerâmica, um mosaico, paredes e um banheiro de estilo romano, o que nos leva a crer que não se tratava simplesmente de um povoado, mas de uma grande cidade romana", afirmou Aviam, acrescentando que abaixo da camada que objetos das Cruzadas estão ruínas do período anterior, o Romano (de 300 a 100 a.C.).

De acordo com a Bíblia, Jesus foi para esse lugar para descansar sozinho, afundado na tristeza pela notícia da morte de João (ordenada por Herodes Antipas), mas foi seguido por uma multidão.

Quando anoiteceu, os discípulos sugeriram que ele dispensasse os seguidores para que pudessem comer, mas ele respondeu que não era necessário que fossem embora e pediu para servir as pessoas com os alimentos que tivessem ali. Foi quando os discípulos disseram que só tinham cinco pães e dois peixes.

Teorias arqueológicas:

Aviam está convicto de que os objetos achados demonstram que esse é o local onde milhões de cristãos viram esse milagre, apesar de outras teorias arqueológicas situarem esse ponto em outros lugares da região, rejeitando essa situação com o argumento de que o nível do lago nessa área cobria a zona, algo que as novas descobertas contradizem.

O historiador Flávio Josefo descreveu nos seus textos a cidade de Betsadia e explicou que o rei judeu Filipe, o Tetrarca, a transformou, fazendo com que o local se transformasse de uma vila de pescadores em uma autêntica cidade romana.

Não muito longe dali, na cidade de Tiberíades, na margem oposta do lago, novas escavações situam Madala, o povoado onde nasceu e viveu Maria Madalena, uma das figuras femininas mais relevantes da Bíblia.

Local de peregrinação:

Os responsáveis pelas mais novas descobertas arqueológicas na zona querem fazer das terras próximas ao Mar da Galileia um lugar de peregrinação, culto e turismo e por isso querem acompanhar os passos de Jesus e percorrer as paisagens por onde ele e seus discípulos caminharam.

Para muitos dos que creem, pisar na terra em que Jesus Cristo viveu e ver resquícios que datam de sua época e que põem no mapa atual os lugares apresentados na Bíblia é, além de uma experiência repleta de emoção, uma forma de reafirmar a própria fé.

Fonte: EFE

Pirâmide social do Antigo Egito


Romanos usavam redes sociais há dois mil anos

Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na História em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão "enviar".
Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações.
Mas o que você talvez não sabia, é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall – Social Media, The first 2.000 Years (Escrevendo no Mural - Mídias Sociais, Os primeiros 2 mil anos, em tradução livre).
Na obra, Standage, que é editor de conteúdo do site da revista britânica The Economist, afirma que redes sociais como o Facebook, Twitter e Tumblr podem ser as últimas encarnações de uma prática que começou por volta do ano 51 a.C, na Roma Antiga.
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais.
O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos.
Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante.
"Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens", disse Standage à BBC Brasil.
"Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões".
iPad romano
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um "jornal" exposto diariamente no Fórum de Roma contendo um resumo de debates políticos, anúncios de feriados, de nascimentos e de óbitos, e outras informações oficiais.
Segundo Standage, Cicero foi dos
fundadores das redes socais

Essa tábua, o "iPad da Roma Antiga", era levado por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem.
"Esse sistema é provavelmente o antepassado mais antigo do torpedo de celular", compara o autor.
Outra curiosidade relatada no livro é que o hábito de abreviar palavras e expressões, amplamente usado nos dias de hoje, também era comum entre os romanos.
Entre as expressões mais correntes estavam "SPD", que significa "Envia muitos cumprimentos" e S.V.B.E.E.V: "Se você está bem, que bom. Eu estou bem".
Escrevendo no Mural descreve a evolução das mídias sociais ao longo da História e mostram o grande impacto da criação do papel e da invenção do processo de impressão sobre a comunicação social.
"Na corte de Ana Bolena (uma das mulheres do rei da Inglaterra Henrique 8º), o manuscrito de Devonshire era um Facebook do século 16, permitindo aos cortesãos se comunicarem por meio de poesias e fofocas nas páginas que circulavam pelos corredores do palácio", diz o autor.
Standage conta como os panfletos do teólogo alemão Martinho Lutero, que desencadearam a Reforma Protestante no século 16, foram disseminados rapidamente pela Europa depois que as pessoas começaram a replicá-los e, depois, imprimi-los.
"Ele não esperava que isso fosse acontecer, que as pessoas fossem disseminar sua mensagem de que a Igreja precisava ser reformada. Foi uma disseminação social e viral", diz o autor.
Anomalia histórica
Para o Standage, o advento e a popularização da comunicação de massa no século 19 — com jornais e livros — e no século 20 — cinema, rádio e TV — ofuscaram os modelos sociais de distribuição de informação que haviam prevalecido durante séculos.
"As pessoas passaram a obter informações das mídias de massa e não mais de seus amigos, em um processo de mão única, sem interação", diz o autor.
Na última década, a internet abriu caminho para o renascimento das plataformas sociais de comunicação que, para o autor, se tornaram tão eficientes que passaram a competir com as mídias de massa.
"Agora o grande desafio das grandes organizações de mídia é gerar conteúdo de mão dupla, porque já sabem que o de mão única foi uma anomalia histórica que não funciona mais".
Para Standage, sua obra reflete que o ser humano, independentemente da época em que vive, nutre o desejo profundo de se conectar e compartilhar ideias e impressões com outras pessoas.
"Este desejo é construído nos nossos cérebros. A tecnologia vai e vem, mas a natureza humana continua a mesma".
Fernanda Nidecker
Da BBC Brasil em Londres

Pesquisadores encontram caverna que abrigou Manuscritos do Mar Morto

Durante as décadas de 1940 e 1950, cientistas encontraram uma coleção de 981 textos antigos diferentes, alguns deles da própria Bíblia, em 11 cavernas de Qumran, sítio arqueológico localizado na Cisjordânia, perto do Mar Morto. Por essa razão, eles são conhecidos até hoje como Manuscritos do Mar Morto e possuem grande importância histórica para a região. Agora, arqueólogos dizem ter achado uma 12ª caverna, onde poderia ter existido partes remanescentes dos mesmos pergaminhos.
Segundo os pesquisadores das universidades Israelita de Jerusalém e de Liberty, nos Estados Unidos, não é possível afirmar com certeza se restos dos Manuscritos do Mar Morto estiveram na caverna recém descoberta. Nenhum traço deles foi realmente encontrado lá, mas a certeza que há é de que as evidências encontradas nela pertencem à mesma era dos textos. 
A caverna abrigava apenas um pergaminho em branco e vasos construídos especialmente para comportar rolos do mesmo material. Todos eles parecem ter sido destruídos, e seus antigos conteúdos, roubados.
Os pesquisadores acreditam que os responsáveis tenham sido alguns beduínos, povo nômade que habita a região. Isso porque eles encontraram algumas picaretas de ferro que devem ter cerca de 60 anos, o que sugere que os invasores chegaram ao local na mesma época em que os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos.
O pergaminho encontrado na caverna pertence ao período situado entre 530 a.C. e 70 d.C. A data coincide com a dos 981 textos encontrados antes, que datam de uma época entre o século três a.C. e o primeiro d.C. A descoberta, portanto, abre as possbilidades quanto à origem de supostos fragmentos dos manuscritos que são frequentemente enviados a instituições de pesquisa. Afinal, eles poderiam ter estado nos vasos desta caverna.
As provas ainda são circunstanciais, e muitas análises ainda serão feitas até que o grupo publique sua pesquisa. Enquanto nenhum traço direto dos Manuscritos for achado nas instalações, o que aconteceu lá continuará sendo um mistério. Mesmo assim, as descobertas vêm para mostrar que há muito ainda para ser investigado nas cavernas de Qumran.
(Com informações da Science Alert)
  (Foto: Divulgação/Casey L. Olson/Oren Gutfeld)

Policiais turcos encontram antiga Bíblia em couro

No decorrer de uma inspeção rodoviária rotineira na província de Nigde, a Polícia turca encontrou inesperadamente uma Bíblia antiga escondida dentro de um carro. Seu valor histórico ainda precisa ser determinado.
Na Turquia, uma antiga Bíblia foi achada pela polícia durante um controle na estrada dentro do veículo de um homem identificado como Sertip B., que viajava acompanhado por dois sírios, Darsim H. e Sowd H., e também por um iraquiano de nome Muhammed H, na rodovia Aksaray-Adana, informa o jornal Daily Sabah.
Todos os envolvidos foram detidos no local da descoberta, comunicou a polícia, acrescentando que uma foi aberta uma investigação para esclarecer o incidente.
A respectiva Bíblia está escrita sobre couro e pode ter valor histórico.
O contrabando de artefatos históricos provenientes da vizinha Síria, devastada pela guerra, aumentou dramaticamente nos últimos anos, particularmente devido à ascensão de grupos terroristas.
A Turquia, por seu lado, tem reforçado sua segurança nas fronteiras, levando a um aumento na confiscação de artefatos.
Fonte: Sputnik

Arqueólogos encontram no Peru sítio do maior sacrifício de crianças do mundo

O maior sacrifício em massa de crianças no mundo ocorreu há cerca de 550 anos no Peru, onde arqueólogos encontraram os restos de mais de 140 crianças e 200 lhamas oferecidas em um ritual, anunciou nesta quinta-feira a National Geographic.
A descoberta, que obrigaria a revisar a história de sacrifícios humanos, ocorreu em um penhasco sobre o oceano Pacífico, na região de La Libertad (norte), uma zona onde se expandiu a civilização pré-colombiana Chimú. Trujillo, capital de La Libertad e terceira maior cidade do Peru, com 800.000 habitantes, está a pouco mais de um quilômetro do penhasco. “Embora tenham sido registrados incidentes de sacrifícios humanos entre os aztecas, os maias e os incas nas crônicas espanholas da era colonial e tenham sido documentados em escavações científicas modernas, a descoberta de um evento de sacrifícios de crianças em grande escala na pouco conhecida civilização pré-colombiana Chimú é uma descoberta sem precedentes não só na América, mas no mundo todo”, apontou a National Geographic em seu relatório.
As pesquisas foram realizadas por uma equipe interdisciplinar internacional liderada pelo explorador peruano da National Geographic Gabriel Prieto, da Universidade Nacional de Trujillo, e por John Verano, da americana Tulane University.
Foram encontradas “evidências do maior sacrifício em massa de crianças da América e provavelmente da história mundial”. “Eu não esperava isso (…). E acredito que ninguém mais poderia ter imaginado isso”, afirmou Verano, citado pelo relatório divulgado no site da National Geographic Society, entidade que financia os trabalhos.
As escavações remontam a 2011, quando foram encontrados os restos de 42 crianças e 76 lhamas em um templo de 3.500 anos de antiguidade. “Quando finalizaram as escavações em 2016, tinham sido descobertos no sítio mais de 140 restos de crianças e 200 lhamas jovens”, ressalta o relatório. Testes com radiocarbono a cordas e têxteis dataram os objetos encontrados nos túmulos entre os anos 1400 e 1450.
O lugar dos sacrifícios, aponta a publicação, é conhecido como Huanchaquito-Las Llamas e fica 300 metros acima do nível do mar, em meio a um complexo residencial em expansão em Huanchaco, distrito vizinho a Trujillo. As 140 crianças sacrificadas tinham entre cinco e 14 anos, e as lhamas menos de 18 meses de idade. A civilização Chimú se estendeu ao longo da costa peruana até o atual Equador, e desapareceu em 1475, ao ser conquistada pelo Império Inca.
A National Geographic lembrou que “até agora, o maior de que se tem evidência é o sacrifício e enterro de forma ritual de 42 crianças no Templo Mayor na capital azteca de Tenochtitlán (atualmente, Cidade do México)”.