ARTEFATO HISTÓRICO QUE FALA SOBRE PIOLHOS É ENCONTRADO POR ARQUEÓLOGOS

 escavação ocorreu em 2016, mas as gravuras só foram notadas em dezembro de 2021

Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém (Israel) e de outras instituições encontraram um pente de marfim com a frase legível mais antiga da escrita cananeia, considerada uma das primeiras formas de alfabeto utilizadas pelo povo cananeu. Pela primeira vez, uma frase desse modelo de escrita foi completamente decifrada.

O artefato é datado de 1,7 mil a.C., possui dimensão de 3,5 por 2,5 centímetros e totaliza 17 símbolos de 1 a 3 milímetros, sendo dois deles danificados. O escrito diz:
Que esta presa arranque os piolhos do cabelo e da barba”.

Apesar da deterioração, é possível identificar seis dentes de um lado, que serviriam para remover emaranhados do cabelo e 14 dentes do outro, estes para remover os insetos da cabeça e do rosto.


Piolhos

A escavação ocorreu em 2016 na cidade de Tel Lachish, segunda maior cidade do reino de Judá, depois de Jerusalém, mas as gravuras na superfície do pente só foram percebidas pelos pesquisadores em dezembro de 2021.

As descobertas foram publicadas na revista científica Jerusalem Journal of Archaeology e relata que as evidências encontradas através de microscópio foram responsáveis por identificar pedaços de exoesqueleto de piolhos sob o pente.

Tal evidência foi importante para que a equipe decifrasse o texto, uma vez que, assim como os sistemas de escrita da Mesopotâmia e do Egito, por volta de 3,2 mil a.C., a escrita cananeia não possuía letras, apenas sinais que representavam diferentes palavras e sílabas.

Tatuagens em múmias egípcias para proteger mulheres no parto

 

Análise de estatuetas e representações na pele de corpos mumificados sugere que prática pode estar associada ao antigo deus egípcio Bes, protetor de crianças e gestantes


Tatuagens em múmias e estatuetas no local do Novo Reino de Deir el-Medina (1550 a.C. a 1070 a.C.) podem estar ligadas ao antigo deus egípcio Bes, que protegia mulheres e crianças, especialmente no parto. É o que revela um estudo publicado em outubro no periódico Journal of Egyptian Archaeology.

As pesquisadoras Anne Austin e Marie-Lys Arnette, autoras do artigo, coletaram evidências de tatuagens nas peles de múmias em duas tumbas em que trabalharam em 2019. Encontrar tais pistas pode ser raro e difícil, pois é preciso achar tecido preservado e exposto, conforme Austin contou ao site Live Science por e-mail.

“Como nunca desembrulharíamos pessoas mumificadas , nossas únicas chances de encontrar tatuagens são quando os saqueadores deixaram a pele exposta e essa ainda está presente para vermos milênios depois que uma pessoa morreu”, explicou a arqueóloga.

Entre os restos humanos encontrados em 2019 estava o osso do quadril esquerdo de uma mulher de meia-idade. Nessa região havia pele com padrões de coloração preta escura que teriam provavelmente percorrido a parte inferior das costas da falecida. À esquerda da tatuagem há o deus Bes e uma tigela – imagens relacionadas à purificação ritual nas semanas após o parto.

Barco romano com mais de 2 mil anos é descoberto no mar da Croácia

 


Arqueólogos marítimos escavaram parcialmente a embarcação a dois metros de profundidade, próximo ao antigo porto de Barbir, no município de Sukošan





A uma profundidade de apenas dois metros, no mar de Sukošan, na Croácia, arqueólogos encontraram um barco romano de madeira datado em mais de 2 mil anos. A descoberta foi divulgada no último sábado (5), no Facebook, pelo Centro Internacional de Arqueologia Subaquática em Zadar (ICUA Zadar).


Segundo publicação na rede social, de 10 a 21 de outubro de 2022, uma equipe de especialistas do centro, em cooperação com a Comissão Romano-Germânica de Frankfurt, na Alemanha, escavou parcialmente a embarcação romana de madeira perto da zona portuária de Barbir.


“O antigo porto de Barbir, perto de Sukošan, foi descoberto em 1973 e, por muito tempo, foi documentado apenas na superfície, graças à pesquisa do arqueólogo Boris Ilakovac”, contou Mladen Pešić, diretor da ICUA Zadar, em entrevista a Agência Nacional de Notícias da Croácia (Hina).


Segundo o diretor, em 2017, iniciaram-se obras mais profundas na área, paralelamente à pesquisa de uma vila romana no continente, que foi significativamente danificada devido a construções modernas. “Felizmente, parte do local sob o mar está bem preservado”, disse Pešić, que também é o chefe do extenso projeto de pesquisa.