Dízimos - Obrigatório ou não?


É comum as pessoas indagarem se os dízimos são obrigatórios ou não. Mas o que causa surpresa e espanto é a que a maioria delas nem sabe exatamente o que é a lei dos dízimos ou mesmo onde ele deveria ser empregado.

A análise deste assunto é um clamor de alerta para o povo de Deus, àqueles que O buscam em espírito e em verdade. Alguns questionamentos muito importantes que precisam de respostas.

Os pregadores, em sua maioria, aderiram à lei dos Dízimos e não quiseram adotar a primogenitura, a circuncisão, o sacerdócio levítica, discriminando-os sem motivos aparentes, pois todos eles foram, igualmente como o dízimo, adotados também pela Velha Aliança ( Lei Cerimonial). Seria porque o dízimo é rico e os seus irmãos são pobres?
O nosso Senhor Jesus Cristo é o ponto onde se funde a antiga e a nova aliança. A nova aliança não teve princípio no nascimento de Jesus, mas na Sua morte e Ressurreição, ela foi estabelecida na Cruz!

Deus revogou o primeiro pacto, que dependia da morte de animais, para estabelecer o segundo pacto, que dependia da morte de Cristo (Hebreus 9:15-17; 10:9 e10; I Coríntios 11:25). As normas associadas aos sacrifícios de animais e às atividades no Santuário apontavam para o maior e perfeito sacrifício que se concretizaria no Calvário.

Todas as palavras de Jesus encontradas nos quatro Evangelhos, proferidas antes de Sua morte, foram ditas durante a vigência do sistema sacerdotal levítico. Período em que a entrega do dízimo ainda era obrigatória, conforme determinava a lei cerimonial. Há poucas referências sobre o dízimo durante o desempenho do ministério de nosso Senhor Jesus Cristo e em nenhuma delas é mencionado que Jesus deu o dízimo. Como Jesus não exercia a atividade agropecuária, Ele estava isento de dizimar. Não há nenhum registro de que Ele tivesse sido acusado pelos fariseus por causa disto.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.” Mateus 23:23.
“Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e de toda hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem deixar aquelas.” Lucas 11:42.
“Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Lucas 18:12.
Em todas estas citações, o Senhor Jesus colocou a questão do dízimo numa situação secundária. Ao proferir estas palavras, Ele tinha como principal objetivo repreender os fariseus, por serem orgulhosos e por terem omitido o que era mais importante da lei: a prática da justiça, da misericórdia e da fé.

As denominações religiosas que defendem a validade do dízimo com base no que está escrito em Mateus 23:23 e Lucas 11:42, certamente não aceitariam hoje o dízimo da hortelã, do endro, do cominho, da arruda e de toda hortaliça para manterem as suas gigantescas estruturas institucionais.
Quando Abraão devolveu o Dízimo para Melquizedeque ele o fez de uma única vez, por todos nós, incluindo os próprios Levitas que nunca pagaram dízimo efetivamente. Esse dízimo de Abraão representava o sacrifício único do nosso verdadeiro e eterno Sumo Sacerdote.

Se aceitarmos o encargo do dízimo como sendo uma lei vigente, estaremos reduzindo o sacrifício do Salvador a nenhum valor. Seria igualar o sacerdócio dEle ao dos levitas que precisavam ser continuamente abastecidos para continuar realizando os sacrifícios. Aceitar a continuidade da lei do dízimo seria como aceitar a continuidade dos sacrifícios de cordeiros.

Que cada um aja segundo propuser no seu coração e com toda a alegria de ser um participante da Obra Sagrada. Que nossas dádivas sejam como as da viúva, que as deu ocultamente e de todas as suas forças.
Que ninguém se sinta no direito de criticar os que não participam financeiramente da obra, pois do Senhor é o ouro, a prata, e todo o poder para terminar a Sua Obra. Só Ele conhece os corações.

Se a obra do Senhor estivesse dependendo do Dízimo, com certeza os cofres das “casas-do-tesouro” não estariam tão estufados de reservas e o Salvador já teria voltado. Como já sabemos que não é assim, entendemos porque o homem continua coagindo o povo a dizimar e o dinheiro é parte desperdiçado e a sobra é acumulada nos “celeiros”. Eles de fato não crêem na volta do Messias e nem sofrem pelas necessidades de órfãos e viúvas, por isso tantos passam fome dentro das igrejas, enquanto os pagos pelo dízimo têm tanta abastança.


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