Reflexões sobre as parábolas do REINO

por Renato Barbosa - Editor 
Jesus usou de muitas parábolas – pequenas histórias simbolizando grandes  verdades – nas suas pregações. 
Ele falava sobre o mesmo tema falando através de diferentes parábolas. Muitas vezes uma história lançava luz sobre outra tornando o ensinamento mais claro.
O Reino de Deus foi um dos assuntos preferidos nas parábolas de Cristo!
 E o que é exatamente o Reino de Deus?
 É todo local ou circunstância onde a vontade de Deus é executada, conforme a oração do Pai nosso:“…venha a nós o teu Reino e seja feita sua vontade assim na terra como nos céus…” (Mateus 6). 
Ou seja,  Jesus nos ensina a pedir que o Reino de Deus se faça presente em nossas vidas.
O capítulo 2 do livro do livro de Atos dos apóstolos informa a chegada do Reino de Deus a partir da descida do Espírito Santo no Pentecostes. O mesmo evento também marcou o início da Igreja Cristã. Assim, podemos dizer que a história da Igreja relata a implantação do Reino de Deus na Terra.
Nas suas parábolas, Jesus deixou claro que embora o Reino de Deus tenha chegado com a descida do Espírito Santo e venha frutificando ao longo da história humana, somente será consumado no fim dos tempos, quando todos os salvos estiverem reunidos. 
E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga .E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa. Marcos 4.26-29


Jesus usou a imagem de um trabalhador rural para descrever como é o Reino de Deus.

A semente é a Palavra, logo o semeador é aquele que prega o Evangelho de Jesus. O crescimento da planta é desenvolvimento da fé nos corações das pessoas e sua mudança de vida, gerando crescimento do Reino aqui na Terra. A colheita tanto é o resultado que essas pessoas convertidas geram na sociedade onde vivem, fruto das suas boas obras, como também o resultado a ser obtido por Deus no final dos tempos.
Para a planta frutificar, a semente precisa ser enterrada e morrer. É exatamente a mesma coisa simbolizada no batismo: a velha natureza humana, dominada pelo pecado, morre e “nasce” uma nova pessoa, em Jesus Cristo.
E ao agricultor, uma vez feita a semeadura, só resta aguardar as plantas germinarem. Isso quer dizer que o pregador deve passar a mensagem para as pessoas, mas a conversão não é obra dele e sim do Espírito Santo.
Jesus contou essa parábola porque seus discípulos lhe cobravam  uma ação mais concreta pois tinham a ideia errada que o Messias seria como Moisés, cabendo-lhe libertar fisicamente o povo judeu da opressão do Império Romano. Jesus veio sim libertar seu povo, mas da escravidão do pecado – seu Reino era espiritual e não material.
Essa parábola procura passar confiança para os ouvintes: o resultado final - a colheita - virá e tudo sempre irá ocorrer de acordo com os planos de Deus.  
As parábolas do fermento e do grão de mostarda nos trazem um importante ensinamento a respeito da consolidação do Reino de Deus. 

A parábola do fermento enfatiza o poder transformador da Palavra de Deus: uma pequena quantidade de fermento leveda toda a massa. Já na parábola da mostarda fala de uma semente muito  pequena que cresce até virar uma enorme árvore. O ensinamento aí é que o potencial de crescimento do Reino é gigantesco: poucas pessoas, mesmo as mais simples, dedicadas realmente a difundir a palavra podem causar um enorme impacto na sociedade. E foi exatamente isso que aconteceu na história do cristianismo.
 Em outra ocasião tratarei dos perigos para o Reino, onde Cristo nos alertou através das parábolas do joio e do trigo e da rede.

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