Ruínas de Magdala - A cidade de Maria Madalena


Piso ornamentado no sítio arqueológico de Magdala, Israel, onde porto e sinagoga foram encontrados

Magdala – מגדלא em aramaico ou Migdal – מיגדל em Hebraico é uma cidade bíblica antiga localizada nas margens ocidentais do Mar da Galiléia, a personagem mais conhecida desta localidade é Maria Madalena, em Hebraico – מרים מגדלית – Miriam HaMagdalit, ou seja, Maria de Magdala.

Já havíamos publicado alguns sobre Magdala, que mesmo antes dos últimos desenvolvimentos nas expedições arqueológicas já havia dados sinais de que há muito que nos revelar a respeito do passado bíblico, da herança judaica da Terra de Israel e da sociedade dos galileus. Em nossa jornada a Magdala podemos constatar que o que conhecíamos era somente a ponta de um grande iceberg.

As pesquisas arqueológicas até hoje estão em apenas cerca de 10 por cento de tudo que pode ser escavado, mas o que já foi revelado impressiona, e segundo os arqueólogos, poderemos estar diante de grandes surpresas, além das que já tivemos.
A Sinagoga do Primeiro Século em Magdala

Esta pequena sinagoga que foi encontrada em Magdala é um excelente exemplo de como eram as sinagogas do primeiro século, pequenas e simples, porém bem adornadas. Com um Beit Midrash, o local onde era feita a leitura da Torah, um salão principal onde ocorria o parlamento da cidade, seis colunas de pedra vulcânica, o interior da sinagoga era provavelmente bem revestido de afrescos, bem típicos desta época, com uma influência clara do estilo herodiano.

Ao contrário da sinagoga em Cafarnaum, onde a parte superior foi construída séculos depois, provavelmente entre o terceiro e quarto século sobre a base de pedras vulcânica originais, esta sinagoga de Magdala é autêntica, e ela provavelmente foi cenário das pregações do Messias Yeshua, e é bem provável que foi aqui nesta cidade que ELE expulsou dela os demônios, e foi sem dúvida alguma, Maria Madalena, a mulher mais devota que seguia os passos do Mestre.
Expectativa da descoberta de uma segunda e maior sinagoga e Magdala

As sinagogas se tornaram bem comuns durante o primeiro século da era cristã, fato este que pode ser comprovado no texto a seguir:


E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
Mateus 9:35 ALMEIDA

Ainda, segundo os arqueólogos, é bem provável que esta pequena sinagoga seja uma construção mais de periferia, visto que era muito comum que as sinagogas das cidades ficassem bem no centro, não muito distante da orla, como a sinagoga de Cafarnaum, visto que ela tinha uma função naquela época mais social do que espiritual.

Se esta tese for comprovada nas próximas escavações, os arqueólogos poderão estar diante de mais uma descoberta de sinagoga em Magdala, desta vez, a mesma poderá ter muito mais detalhes, ser ainda maior e com muitos outros artefatos que nos revelarão os segredos culturais e espirituais do passado distante.
Mansões da Nobreza Judaica da Antiguidade em Magdala

Ainda em Magdala podemos ver um belo exemplo de que sempre houve uma diversidade social no Povo de Israel, no setor sudoeste da cidade até agora escavada podem ser vistas verdadeiras mansões em se tratando em relação as outras casas mais simples da cidade, que normalmente eram de um cômodo por família. Estas casas tinha um grand número de casas e estavam muito bem construídas.

A posição social dos habitantes deveria ser bem elevada, tanto pela qualidade das construções como os tipos de cômodos ali encontrados, no complexo que pode ser considerado uma espécie de condomínio da burguesia judaica, foram concentrados por enquanto quatro casas como esta, com cômodos grandes, quartos, cozinhas, e o principal, banhos rituais privados, o que demonstravam que os mesmos tinham um poder econômico elevado e poderiam estar associados com a linhagem sacerdotal.

As mansões encontradas revelam um planejamento urbano incrível, os banhos rituais estão interligados e eram alimentados pela fonte que vinha do penhasco do Monte Arbel, era suficiente para alimentar as cisternas da casas e ainda manter os banhos rituais, cercadas por uma rua bem calçada, é bem provável que a continuidade das escavações venha a revelar mais mansões como estas em direção a estrada que liga Tiberíades a Cafarnaum.

Mulheres Nobres Que Apoiaram Jesus

Nos evangelhos podemos ver claramente que além dos doze discípulos, seguiam a Jesus um certo número de mulheres, provavelmente mulheres de posses, que apoiavam o ministério do Mestre e se preocupavam com a provisão e o serviço ao mesmo tempo que desfrutavam daquilo que as supria espiritualmente, as palavras de vida eterna concedidas pelo Messias conforme descrito em Lucas.

Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze, bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens.
Lucas 8:1–3 ALMEIDA

As descobertas feitas em Magdala nos revelam que sempre, em cidades judaicas, havia uma elite, e neste caso, Maria Madalena, pode ter sido a mesma que derramou o perfume precioso nos pés do Mestre, a quantidade de perfume e o seu valor eram suficiente para manter um soldado romano por um ano de salário, e aqui podemos ver que este tipo de gente não era uma raridade no meio do Povo de Israel. A riqueza deles muitas vezes estava associada ao comércio, a industrialização de produtos, a cosmética, perfumaria, preparo de peles, tecidos e até mesmo a fabricação de pães ou a pastelaria da antiguidade.


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