Investigação arqueológica e tecnológica desmente céticos minimalistas em ISRAEL

A Direção dos estudos foi feita por Prof. Israel Finkelstein, do Departamento de Arqueologia e Ancient Near Eastern Civilizações da Universidade de Tel Aviv, que conduziu a pesquisa em conjunto com Prof. Eliezer Piasetzky da Faculdade de Física e Astronomia da Universidade de Tel Aviv.
Mais uma investigação arqueológica e tecnológica surpreendente revela mais conclusões que desmentem interpretações minimalistas do contexto bíblico durante os períodos dos reinados.
Por séculos acadêmicos no Mundo e até mesmo em Israel acreditaram que somente uma pequena elite governamental ou religiosa foi a responsável pela documentação dos textos bíblicos e que a grande maioria deles teria sido escrita já no começo do período do Segundo Templo, ou seja o período de Esdras e Neemias, mas os estudos estão desmentindo esta tese.
A alegação era de que os índices de alfabetização eram baixíssimos, portanto, somente escribas reais ou sacerdotes seriam capaz de documentar os fatos durante o período dos Reis de Israel e de Judá, o que tornaria o texto bíblico o resultado de manipulação governamental ou sacerdotal, mas agora, com o relatória das investigações, o quadro que se têm revelado têm sido outro.


Os arqueólogos utilizaram um método científico e tecnológico que é utilizado em investigações criminais para determinar se um manuscrito pertence ou não a mesma pessoa, mas esbarraram no problema de que a maior parte da documentação antiga era feita em pedaços de cerâmica. Após modificação e adaptação para escanear este tipo de material, os cientistas começaram a aplicar o método de registro e comparação.

A pesquisa foi feita na Fortaleza de Tel Arad, no sul de Israel, onde foram encontrados nos anos 60 diversas inscrições em cerâmicas, conhecidas pelos arqueólogos como ostracon, eles examinaram 16 inscrições chegando a uma conclusão incrível, as inscrições foram feitas por seis pessoas diferentes. Segundo os arqueólogos, na Fortaleza de Arad viviam no final do período do Reino de Israel somente entre 20 a 30 soldados e em se tratando de registros feitos por seis pessoas diferentes demonstra que não somente os oficiais ou os escribas escreviam, mas outras pessoas com outras funções eram capazes de escrever e ler os dados que eram escritos.

Ainda segundo a pesquisa, os dados que eram escritos estavam relacionados com o armazenamento, fornecimento e entrega de produtos que estavam destinados a fortaleza e a outros postos militares na região, a grande maioria deles estavam destinados a Eliashiv Filho de Osias. Ainda, segundo a conclusão, isto indica que os judeus então tinham um alto nível de educação e alfabetização em relação ao esperado, e que outras camadas da população deveriam gozar de serviços como escolas e um sistema de educação desenvolvido.

“Agora nosso trabalho é extrapolar a partir de Arad uma pesquisa em uma área mais ampla”, disse o Prof. Finkelstein. “Adicionando o que sabemos sobre Arad para outros fortes e localidades administrativas em toda a antiga Judá, podemos estimar que muitas pessoas sabiam ler e escrever durante a última fase do período do Primeiro Templo.

“Após a queda de Judá, havia uma grande lacuna na produção de inscrições hebraicas até o século II AC, o próximo período com a evidência para a alfabetização generalizada. Isso reduz as chances de uma compilação de literatura bíblica substancial em Jerusalém, entre cerca de 586 e 200 AC. ” Sendo assim, ao contrário do que alegavam a grande maioria do acadêmicos, a maior parte dos textos bíblicos foram provavelmente escritos e concluídos ainda no período do Primeiro Templo, ou seja, pouco depois dos acontecimentos relatados na Bíblia. Mais uma vez o avanço tecnológico e a pesquisa arqueológica avançam desmoronando conclusões de antigos pesquisadores céticos que foram a opinião no mundo acadêmico até bem pouco tempo.

Fonte: Tel Aviv University – American Friends – News Room

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