Ruínas de 1,5 mil anos com inscrições bíblicas são encontradas no Egito

 

A descoberta, feita por arqueólogos da França e da Noruega, inclui destroços de três igrejas e cláusulas de monges, e revelam como era a vida monástica entre os séculos 4 a 6 d.C.

Inscrições bíblicas encontradas nas paredes de uma das igrejas (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

Inscrições bíblicas encontradas nas paredes de uma das igrejas (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

Arqueólogos da França e da Noruega encontraram um complexo em ruínas contendo inscrições bíblicas próximo a Qasr Al-Agouz, na região do oásis Bahariyya, no Egito. A descoberta, de mais de 1,5 mil anos, revela os bastidores da vida monástica na localidade entre os séculos 4 a 6 d.C.

Parte do complexo foi descoberta originalmente em 2020, mas o achado só foi anunciado neste sábado (13), pelo Ministério Egípcio de Antiguidades. Em uma publicação no Facebook, a pasta informa que o local é composto por vários edifícios de basalto, rocha e tijolos de barro.

Ao todo, são “seis setores contendo as ruínas de três igrejas e cláusulas de monges” cujas “paredes ostentam grafites e símbolos com conotações coptas [cristãs-egípcias]”, conforme descreve na postagem Osama Talaat, chefe de Antiguidades Islâmicas, Coptas e Judaicas do ministério.

Ruínas cristãs descobertas no Egito  (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

Ruínas cristãs descobertas no Egito (Foto: Divulgação/Ministério Egípcio de Antiguidades)

De acordo com o chefe da expedição arqueológica, Victor Ghica, no ano passado os pesquisadores já tinham encontrado 19 estruturas nos seis setores, além de uma das três igrejas esculpida em uma rocha. As paredes do templo religioso tinham inscrições e passagens bíblicas em grego, o que revela “a natureza da vida monástica na região”, segundo o especialista.

Além disso, os arqueólogos detectaram resquícios do antigo refeitório de uma das igrejas, além da residência onde ficavam os monges e seus vários quartos. Mas as descobertas não pararam por aí: eles também acharam objetos da época como peças de cerâmica com escritos gregos, além de antigos textos em grego.

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