Em suas últimas escavações no sítio arqueológico de Qumran, o Dr. Oren Gutfeld da Universidade Hebraica de Jerusalém, encontrou pontas de flechas e lanças, panelas de cozimento inteiras, ferramentas feitas de ossos, pedaços de papiro e tiras de couro, que eram usadas para amarrar cobertas de linho.
Segundo o arqueólogo. esses são grandes sinais de que a caverna 53 ainda esconde muitos manuscritos importantes. “Todos esses achados nos mostram que pessoas que viviam seis mil anos antes de Cristo já usavam essas cavernas”, disse.
“Só na caverna número 4 de Qumran, foram encontrados cerca de 15 mil fragmentos”, lembrou. As imagens dos fragmentos recém-descobertos foram apresentadas na segunda edição do Congresso Internacional de Arqueologia Bíblica, que está acontecendo na UNASP, em São Paulo, desde o dia 15.
Gutfeld compartilhou sobre as dificuldades em realizar o trabalho no local, famoso por causa dos pergaminhos conhecidos como Manuscritos do Mar Morto. “Por lá tem muitas atividades sísmicas. Pequenos terremotos às vezes provocam a queda de muitas pedras dos tetos das cavernas”, revela.
Entre os últimos achados estão lamparinas, pratos e tigelas rituais. “Ficamos surpresos quando encontramos também restos de colchões feitos com folhas de palmeiras e restos de cerâmicas do período do segundo templo”, acrescentou.
No fundo da caverna havia uma entrada para um túnel com quatro metros de comprimento, em média. “Depois das escavações esse túnel ficou com 14 metros”, comentou.
“A princípio, não parecia haver nada de interessante por lá. Mas depois de todos esses achados, inclusive restos de pergaminho em branco, acho que em breve teremos novidades”, concluiu.
Os Manuscritos do Mar Morto são considerados os manuscritos bíblicos mais antigos do mundo. Enquanto os especialistas têm recuperado uma grande quantidade de escritos, muitos pesquisadores acreditam que há pergaminhos mais antigos à espera para serem descobertos.
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