Um labirinto de templos em outros tempos brancos (hoje, meio amarelados),arcadascom inscrições em alto relevo,muralhas, estradas pavimentadas de pedras e casas… Você pensou em um sítio arqueológico naGrécia, ItáliaouTurquia? Não, este cenário é naChina. E detalhe: a 40 metros debaixo d’água.
Mergulhador contempla as figuras em alto relevo de um das construções da cidade submersa.
Conhecida como a “Atlântida da China“, em referência a lendária ilha descrita pelo filósofo grego Platão, a antigaShi Cheng(Cidade dos Leões) está submersa há 57 anos no lago artificial de Qiandao, próximo a Montanha Wu Shi(dos Cinco Leões) e a 400 kmChangai. Agora, a cidade de 600 anos se tornou um destino turístico de aventura para viajantes e mergulhadores. O mês de maio, inclusive, marca o começo da temporada de mergulhos exploratórios para conferir as espetaculares ruínas do país asiático.
A beleza dos motivos chineses que podem ser apreciados e que se mantêm intactos.
Shi Cheng foi o centro da política e da economia daprovíncia de Zhejiangpor 600 anos. Em 1959, no entanto, o governo da China construiu sua primeira usina hidrelétrica nocondado deChun’napara abastecer Changai eHangzhou. Com isso, a antiga metrópole foi afundada no Lago de Qiandao, junto com cerca de 27 aldeias e mil vilas. Por conta disso, 290 mil habitantes tiveram que migrar da região.
Ilustração mostra como era Shi Cheng, que foi o centro da política e da economia da província de Zhejiang por 600 anos.
Atualmente, aUsina de Xin’anjiangestá quase inativa e o lago perdeu seu sentido como fonte de energia elétrica. Chegou-se a sugerir que o nível do lago fosse baixado para trazer a cidade novamente à tona, mas como ela está debaixo d’água há 57 anos, especialistas creem que as construções de Shi Cheng não resistiriam à mudança do ambiente. Protegida do vento, da chuva e do sol, a “Atlântida da China” é considerada uma verdadeira “cápsula do tempo”, pois boa parte daarquiteturapermanece intacta, incluindo vigas de madeira e escadas.
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